25/09/2016
Depois de vencer nos dois últimos anos, brasileiros foram apenas coadjuvantes no campo olímpico do Rio
por Ricardo Fonseca | foto: Enrico Berardi/PGA Tour
Mesmo fazendo sua única volta acima do par na semana, em um domingo chuvoso, no campo olímpico de golfe, no Rio de Janeiro, o argentino Jorge Fernandez-Valdes (foto) fez 17 pares e um bogey para jogar 72 e vencer o 63º Aberto do Brasil, torneio do PGA Tour Latinoamérica, a terceira divisão do PGA Tour. Os paulistas Rodrigo Lee e Rafa Becker, os únicos entre 32 brasileiros a passar o corte, se deram a chance de conseguir um resultado mais importante depois de boas voltas no sábado, mas terminaram apenas como coadjuvantes do torneio que distribuiu US$ 175 mil em prêmios.
Rodrigo, que jogou 73 na volta final, duas acima, com três bogeys e um birdie solitário, perdeu três posições para terminar em 17º, com 288 (78-70-67-73), quatro acima no total. Becker, campeão do Aberto do Brasil de 2014, fez dois birdies, mas também um duplo bogey e cinco bogeys, para terminar com 293 (71-78-68-76), nove acima. Alexandre Rocha, campeão em 2015, não pode vir defender o título por estar lutando por um cartão para o PGA nessas semanas. Pela primeira vez desde 2013, o Brasil não retém o título de seu maior torneio.
Campeão rebaixado – Jorge Fernandez-Valdes , de 24 anos, que venceu com 280 (69-69-70-72) tacadas, quatro abaixo, jogou as três últimas temporadas do Web.com Tour, mas este ano não conseguiu terminar entre os 75 primeiros do ranking e, com isso, além de perder seu cartão, não pode jogar nos Finals, onde estão em jogo 25 cartões para o PGA Tour. Pela terceira vez em quatro anos Valdes vence no PGA Tour LA, depois de ter sido campeão do Mundo Maya Open de 2013 e do Aberto de Chile, de 2014. Ele deve jogar o final de temporada do PGA Tour LA para garantir um cartão do circuito antes de tentar voltar ao Web.com Tour, pela Q-School.
Houve um tríplice empate no vice-campeonato, com 282 tacadas, duas abaixo, entre o chileno Guillermo Pereira (73-72-66-71), o canadense Corey Conners (72-69-72-69) e o americano Brad Hopfinger (68-73-68-73). Ninguém mais terminou abaixo do par entre os 57 jogadores que passaram o corte. Os americanos Nathan Lashley (70-78-69-68), Weston Payne (69-76-69-71) e Paul Apyan (66-74-70-75) empataram em quinto, com 295, uma acima, completando a lista de jogadores que pontuaram para o ranking mundial de golfe (seis primeiros e empatados).
Só dois jogadores quebraram as 70 tacadas com o tempo ruim: Conners e Lashley, esse com a melhor volta da rodada final. O argentino Leandro Marelli e o mexicano Jose de Jesus Rodriguez completaram os Top 10, empatados em oitavo, com 286, duas acima do par.
Condições brutais – As condições brutais do campo, com a chuva constante e várias áreas de transição alagadas, fez com que apenas seis jogadores terminassem a volta deste domingo abaixo do par. Nos primeiros dias, com muito vento e 115 jogadores em campo, foram 15 e 14 voltas, respectivamente, no vermelho. No sábado, em condições melhores e já com 57 jogadores em campo após o corte, foram 22.
Nas três primeiras rodadas o melhor cartão foi de 66 tacadas: (R1) Paul Apyan, (R2) José de Jesús Rodríguez e (R3) Guillermo Pereira, Marcelo Rozo e Gerardo Ruiz. No domingo Nathan Lashley foi o melhor, com 68. Houve apenas três rodadas sem bogeys na semana: uma na sexta-feira, de Eric Steger (70), e duas no sábado, de Patrick Newcomb (67) e Seth Fair (68).
As médias de tacadas ante do corte foram 76,113 e 76,033 (mais de cinco acima do par). Após o corte, apenas com os melhores em campo, jogou-se quase o par em média no sábado – 71,245 (+0,245) – e quase duas tacadas e meia pior no domingo – 73,877 (+2,877).
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