British Amateur vai ser jogado com a regra “bate quem está pronto”, e não quem está mais longe

24/02/2017

Slumbers, executivo-chefe do R&A, insiste em combater jogo lento e critica Day, o nº 1 do mundo

 

 

Martin Slumbers, executivo-chefe do R&A: disposto a modernizar o jogo de golfe de uma vez por todas

por Ricardo Fonseca

Depois de lançar em maio passado um manual para combater o jogo lento, com normas já adotadas com sucesso pela Golfing Union of Ireland e no Irish Close Championship, o R&A, sob o comando do revolucionário executivo-chefe Martin Slumbers, decidiu adotar oficialmente a iniciativa “ready golf”, nas duas rodadas de stroke play (depois o torneio passa a match play) do British Amateur, de 19 a 24  junho, no Royal St George’s GC. “Ready golf” nada mais é do que determinar que quem estiver pronto para jogar bata na bola, independente do quem estiver mais longe da bandeira.

As Regras de Golfe determinam que, no stroke play, quem fez o menor resultado no buraco anterior tenha a “honra” da primeira tacada e que quem estiver mais longe da bandeira, no campo, jogue primeiro (Regra 10-2 Stroke Play), mas não há penalidade caso isso aconteça, com uma rara exceção que dependeria de interpretação do Comitê. Veja que há casos diferentes, com jogar no green com outra bola já em movimento (Regra 16-1f), ou jogar fora da ordem em um foursome stroke play (Regra 29-3), ou ainda em match plays individuais (Regra 10-1 Match Play), onde o adversário pode exigir que quem jogou fora de ordem refaça a jogada, na ordem correta, mas ainda assim sem penalidade.

Respeito – Na notícia antecipada pelo The Scotsman, Martin Slumbers insiste que jogadores como o australiano Jason Day, nº 2 do mundo, precisam respeitar o jogo de golfe. Isso por causa da declaração de Day, um profissional às vezes por demais lento, que disse este ano que não me importa muito em acelerar o jogo e que ele iria treinar ou pensar quantas vezes sentir ser necessário antes de bater na bola.

“Quando chega ao nível profissional o jogador passa a ser referência e modelo para os mais jovens que querem ser saudáveis, fortes, em forma e ter a habilidade de seus ídolos”, observa Slumbers. “Mas parte do exemplo a ser dado é respeitar o ritmo de jogo e não tenho dúvidas que isso influencia as novas gerações”.

Etiqueta – Sobrou para Day e para o americano Pat Perez que em mais de uma oportunidade, no na volta final do Genesis Open, domingo passado, em Los Angeles, não se preocupou em gritar a advertência “fore” e acabou acertando um torcedor na cabeça com um drive desgovernado. “A segurança do público é parte da etiqueta de nosso jogo”, sentenciou, sem entrar no mérito de multas e suspensões para esse tipo de profissional, o que deixa a critério de cada circuito.

“Valores como integridade e respeito fazem o golfe diferente de muitos outros esportes”, diz Slumbers. “Para mim, etiqueta é um assunto tão importante quanto todas as 34 Regras”.

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