Cientistas descobrem o segredo da longevidade: jogar golfe diminui risco de morte

22/03/2020

Estudo apresentado em conferência internacional comprova benefícios do esporte nos mais velhos

Exercícios regulares, exposição ao sol, a um ambiente menos poluído e interações sociais proporcionadas pelo golfe são todos positivos para a saúde

por | Ricardo Fonseca

Os seniores que jogam golfe regularmente têm muito o que comemorar. Segundo estudo apresentado no final de fevereiro, em Los Angeles, na Conferência Internacional da American Stroke Association, quem joga golfe tem menos chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do que os que não praticam o esporte.

A pesquisa acompanhou perto de 5,9 mil adultos de 65 anos ou mais, durante 10 anos, e descobriu que aqueles que jogavam golfe regularmente – ao menos uma vez por mês – tinham 8% menos chances de morrer por qualquer causa do que os não-jogadores. E que os riscos de morrer prematuramente diminuíam ainda mais quando a frequência do golfe aumentava.

Para o Dr. Adnan Qureshi, professor de neurologia da Universidade do Missouri, coordenador do estudo, um diferencial é que “o nível de intensidade do golfe pode ser mantido por um longo período, ajudando a manter o interesse em praticar o esporte regularmente”.

Pesquisa – Para testar se jogar golfe regularmente reduzia o risco de ataque cardíaco, derrame ou morte entre adultos idosos, os pesquisadores analisaram dados do Cardiovascular Health Study, um estudo de fatores de risco para doenças cardíacas e derrame em adultos com 65 anos ou mais. De 1989 a 1999, os participantes realizavam exames clínicos anuais e eram visitados a cada seis meses.

Depois que as visitas terminaram, os participantes foram contatados para determinar se haviam tido um ataque cardíaco ou derrame. Um total de 384 pessoas do universo de 5.900 participantes jogava golfe regularmente, o que o estudo definiu como jogar pelo menos uma vez por mês.

No período de acompanhamento, não houve diferença nas taxas de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral entre jogadores regulares de golfe, portanto, o golfe não foi considerado um fator protetor contra incidentes de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco especificamente. No entanto, ao comparar as taxas de mortalidade entre golfistas e não golfistas, os pesquisadores descobriram que os golfistas tinham uma taxa de mortalidade 8% mais baixa (de todas as causas) do que os não golfistas.

Atividade – Embora jogar golfe não demonstre reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame, o golfe como fator de proteção contra o risco de morte prematura é uma opção de atividade adequada para adultos idosos devido ao seu baixo impacto e natureza descontraída, disseram os autores.

“Devido à sua natureza social e ritmo controlado, as pessoas geralmente mantêm a motivação e a capacidade de continuar praticando o esporte, mesmo em idade mais avançada e após sofrer ataque cardíaco ou derrame”, disse Qureshi.

“Embora caminhar e fazer jogging de baixa intensidade possa ser um exercício comparável, eles não têm a empolgação competitiva do golfe”, diz o especialista. “Exercícios regulares, exposição ao sol, a um ambiente menos poluído e interações sociais proporcionadas pelo golfe são todos positivos para a saúde”.

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