Depois de decidir contra a entrada de mulheres e perder o British Open, Muirfield faz nova votação

17/02/2017

Capitão e diretoria do clube escocês recomendaram unanimemente e aceitação de mudança

 

 

Muirfield: ou muda, ou perde seu lugar no golfe moderno

por Ricardo Fonseca

Depois de votar contra a mudança nos estatutos, para permitir a aceitação de mulheres como sócias do clube, hoje exclusivo dos homens, e, em represália, ser retirado pelo R&A do rodízio para sediar o British Open, o mais antigo major do golfe mundial, os sócios de Muirfield, na Escócia, campo que pertence à The Honourable Company of Edinburgh Golfers, foram convocados para voltar novamente a questão. Os 616 sócios se manifestaram nos últimos dias, mas o resultado só será conhecido em meados de março.

Tanto o atual capitão, como o capitação eleito para sucedê-lo e toda a diretoria do clube apoiam unanimemente que as mulheres passem a ser aceitas no clube, através de comunicado oficial enviado para os sócios e tornado público. Para mudar o estatuto são necessários dois terços dos votos. Na eleição anterior chegou-se perto, mas 36% foram contra a presença das mulheres.

Sede do Open – Muirfield já foi sede do British Open 16 vezes, entre 1892 e 2013, mas está proibida de receber um dos torneios do Grand Slam do golfe mundial, por determinação do R&A, que não admite realizar eventos dessa importância em clubes onde a misoginia seja uma política oficial, em pleno século 21.

Martin Slumbers, executivo chefe do R&A, que organiza o British Open, já avisou que a entidade deverá voltar a considerar Muirfield como sede o major no futuro, se houve uma mudança na política do clube e mulheres passarem a ser admitidas.

Tóquio na berlinda – A discriminação contra as mulheres não é um mal que atinge apenas a Escócia. O Kasumigaseki Country Club, em Kawagoe, Saitama, na Japão, escolhido como sede do golfe para os Jogos de 2020, também tem a mesma política machista e está ameaçado de perder o evento. O Comitê Olímpico Internacional já avisou que não admitirá o clube caso ele não mude sua política que não permite às mulheres serem membros plenos do clube e de jogar nos domingos.

Em janeiro, o Japan Golf Council deu um ultimato ao clube e já se prepara para achar nova sede para o golfe olímpico se não houver a mudança exigida pelo COI. O governador de Tóquio, Yuriko Koike, também exige a mudança para confirmar o clube, fundado em 1929, nos Jogos de 2020.

Novo campo ollímpico – Hiroshi Imaizumi, gerente geral do Kasumigaseki, diz que o clube está propenso a mudar: “Eu penso que nos devemos nos adequar a nosso tempo”, disse. Mas como está demorando muito para haver uma decisão, o Japan Golf Council já está vistoriando o Wakasu Golf Links, um campo público na Baia de Tóquio, para receber o golfe olímpico.

 

 

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