Golfe 2016: antidoping antecipa definição dos golfistas olímpicos em dois meses

20/01/2016

Quem não se submeter às regras da Wada, mais severas que as do PGA Tour, até 6 de maio, não joga no Rio

 

Quem não aceitar os testes de urina e sangue aleatórios ou dirigidos, com resultados positivos tornados públicos, estará fora dos Jogos do Rio 2016

por: Ricardo Fonseca

Embora a lista dos 120 jogadores – 60 homens e 60 mulheres – que irão participar do golfe nos Jogos do Rio 2016 só deva ser conhecida em 11 de julho, de acordo com o ranking mundial, a exigência para que os golfistas aceitem oficialmente o programa antidoping olímpico obrigará todos os interessados em jogar no Brasil a tomar oficial sua intenção até o dia 6 de maio. Nessa data termina o período para a adesão formal às regras da Wada, a Agência Mundial Antidoping, muito mais severas que as adotadas pelo PGA Tour.

Quem não oficializar sua adesão até 6 de maio, não poderá participar da volta do golfe aos Jogos Olímpicos. E não se trata de uma formalidade. A exigência dos exames pode afastar vários jogadores, sobretudo aqueles que têm aparecido na imprensa nos últimos meses, como sendo secretamente punidos pelo PGA Tour pelo uso de “drogas recreacionais”. Dustin Johnson, qua appós um antidoping em meados de 2014 se afastou “voluntariamente” por três meses, para tratar de “questões pessoais”, é um desses casos. Sob a Wada, todos os testes que derem positivo serão tornados públicos.

Regras – Nas últimas semanas, o PGA Tour tem enviado e-mails aos jogadores que podem se classificar para o Golfe 2016 explicando a necessidade de aderir ao “Registered Testing Pool” até 6 de maio, 13 semanas antes da competição. Isso implica que os golfistas terão que se submeter às mesmas regras dos demais atletas olímpicos, sendo automaticamente obrigados a cumprir com o código mundial, porque o torneio no Brasil será operado sob a política antidoping a Federação Internacional de Golfe (IGF), que é compatível com a da Wada.

Isso significa que os golfistas terão de fornecer o seu paradeiro a qualquer dia e hora para coleta de material para exames de urina e sangue. E que caso alguma amostra dê positiva, ela será tornada pública. A política atual do PGA Tour é a de não revelar detalhes de quaisquer substâncias proibidas encontradas, a menos que elas sejam consideradas drogas que melhoram o desempenho. Punições por uso recreativo de drogas (cocaína e maconha incluídos) não são tornados públicos pelo PGA Tour e apenas três jogadores do circuito foram punidos pelo o uso de drogas que melhoram o desempenho desde 2008.

Igualdade – Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (IOC) já explicou o assunto em detalhes: “Os golfistas terão as mesmas condições de todos os demais atletas. Haverá testes aleatórios e haverá teste por escolha, nos padrões olímpicos, durante todo o período que antecede a competição e durante os Jogos. Isso significa que, por exemplo, que os primeiros colocados serão testados e que haverá testes aleatórios e orientados durante o período Olímpico. Todos têm de aceitar isso.”

O diretor geral da Wada, David Howman, já havia criticado a falta de transparência na política antidoping do PGA Tour, afirmando que o Tour Europeu tem testes mais rigorosos que os americanos. No entanto, Tim Finchem, comissário do PGA Tour, defende o programa da entidade: “O programa antidoping que temos é o melhor no nosso esporte a nível mundial”.

Comunicado – A IGF já se manifestou publicamente com o seguinte comunicado: “O golfe olímpico irá operar sob a política antidoping da Federação Internacional de Golfe, que é compatível com a da Wada. Ela entrará em vigor 13 semanas antes dos Jogos Olímpicos do Rio. A partir de 6 de maio de 2016 e até o término dos Jogos Olímpicos, haverá um conjunto de testes registado, criado e gerido pela IGF, e atletas do sexo masculino e feminino do golfe estarão sujeitos a ambos, testes de urina e sangue, para substâncias na lista proibida da Wada.”

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