Golfe se prepara para o fim das quarentenas, com regras adaptadas para evitar o contágio

26/03/2020

Jogo que já é bem seguro por si só, pode se tornar à prova da Covid-19 com alguns cuidados

Invenção dos golfistas da Austrália para evitar tocar com as mãos em copos e hastes de bandeiras

Obs.: Essas são apenas sugestões, uma coletânea de soluções adotadas em todo o mundo. Clubes poderão usá-la ou não ou tomar outras providências.

Sugestões? Envie para mim, por favor.

 

por | Ricardo Fonseca

Para alívio dos viciados em golfe – todos os que jogam, não é verdade? – que já começam a sentir os sinais de abstinência, as quarentenas, medidas de restrição de contato social, não irão durar para sempre. Em semanas, os campos de golfe do Brasil começarão a ser liberados para o golfe recreativo pois, felizmente, este é um dos esportes mais seguros de ser praticado numa pandemia como a da Covid-19.

Se não estamos jogando não é por cauda do contato entre jogadores ou entre jogadores e caddies, que pode ser 100% evitado, mas sim para atender as regras de isolamento social (melhor seria dizer isolamento pessoal, pois socialmente todos interagimos pela internet). Essas restrições existem para proteger todos os envolvidos no funcionamento de um clube e contribuir para o achatamento da curva de contágio, mantendo o pico de emergências dentro da capacidade instalada de atendimento hospitalar.

Solução alternativa adotadas no campos públicos co complexo de Pinehurst

Contágio – Clubes já mantêm um mínimo de funcionários para impedir que os campos se degradem, mantendo os integrantes dos grupos de risco (60 anos ou mais e portadores de doenças crônicas) afastados do trabalho. Para que os clubes funcionem o suficiente para jogar, bastam mais alguns funcionários. Em alguns clubes, inclusive, esses funcionários, ou parte deles, moram em alojamentos, sem necessidade de se expor em transportes coletivos.

A maior ameaça do contágio numa rodada de golfe, acontece ao manusear bandeiras, rastelos, trocar cartões, entregá-los a um funcionário, em carts compartilhados e ao pegar a bola dentro do buraco. E com o lixo que você gera. Veja que o fim das quarentenas não é o fim da transmissão do vírus e todos os cuidados devem ser mantidos. Felizmente tudo isso pode e ser evitado. E ideias criativas não faltam. Vejam algumas delas.

Antes de mais nada Antes de entrar no campo lave cuidadosamente as mãos, com água e sabão, como você a cada instante é ensinado na tevê e, se possível, leve álcool em gel no campo para higienizar as mãos durante o jogo.

Ao sair do campo, lave novamente as mãos ou uso o álcool gel para higienização. Proteja a si mesmo, aos funcionários do campo de golfe e a sua família.

1) Lixo – Leva lenços de papel descartável para casos de espirro ou tosse ocasionais, dobre-os após o uso e dispense em um saco plástico, um lixo portátil, onde deve ser colocado também garrafas de bebidas, papeis de lanche e pontas de cigarro (apagadas, né?). Ao sair do clube leve o seu saco de lixo com você

Bateu no copo, está embocada. Vamos para o próximo! Adotado no Richter Park Golf Course, em Connecticut

2) Bandeiras e bolas embocadas Graças às novas Regra do Golfe não é necessário mais manusear as bandeiras. Mas ao pegar a bola dentro do buraco, pode-se ter contato com a vara da bandeira e do copo, o que pode tornar esses objetos fonte de contaminação, o que precisa ser evitado. Além disso, não é necessário trocar o buraco de lugar; pode ficar lá por um bom tempo. Pelo menos por enquanto evite pegar a bola com o cabo do taco, pois você toca nele com as mãos e pode encostá-lo no copo ou na vara.

2.1) Uma solução para evitar contato com o copo e a vara é impedir que a bola entre no buraco. Há duas formas de fazer isso: uma colocando um pedaço de espuma (aquela dos macarrões de piscina, como na foto de abertura, para impedir que a bola caia e possa ser retirada sem contato algum.

2.2) Em vez da espuma, pode-se usar um pedaço de cano de PVC ou coisa semelhante.

2.3) Outa opção é furar o buraco mais curto de modo que o copo fique uns centímetros acima da superfície. Bateu no copo, está embocada. Isso para tacadas mais longas, né? As de perto estão dadas, como costume.

2.4) E pode-se simplesmente jogar sem bandeiras. Muitos clubes nos EUA fizeram ou fazem isso. Sem mudar os buracos de lugar, melhor ainda. Acredite que é fácil se adaptar a isso.

3) RastelosSolução simples: elimine os rastelos! Deixem as bancas sem rastelos. Rastele com os pés o melhor que puder e vamos em frente.

4) Carts Não pode jogar a pé? Nem nove buracos? Então use o cart sozinho, não esquecendo de higienizá-los (volante, bancos, botoneiras, correias para prender bolsas etc.) com álcool em gel. Pegue o cart na garagem e devolva no local, ligando o carregador para os elétricos, sem depender de um funcionário para isso. Não use o cart em dupla, a não ser que seja uma pessoa da mesma família – seu companheiro ou filho – que more com você. Mesma regra dos elevadores residenciais.

5) Cartões Anote seu cartão e leve para casa. Não é preciso nem recomendado trocar cartões. Cada jogador anota o seu resultado e o do parceiro, para validação. Se o clube não tiver um sistema de recebe-los digitalmente, fotografe o cartão e mande para o responsável pelo lançamento, com cópia para o parceiro. Ou nem mande! Handicap com regras adaptadas é discutível. Veja o que seu clube recomendará.

6) Twosomes Mais seguro – e rápido – do que jogar em grupos de três ou quatro, é sair em grupos de dois, ou sozinho, se for o caso. E, claro, manter distância de dois metros do parceiro, sem apertos de mão, abraços e beijos.

7) Caddies Isso também vale para os caddies: distância de dois metros. Se levar caddie, ele deve ir munido de álcool em gel para higienizar as bolas e a bolsa após o jogo. Tacos, pegue e guarde você mesmo. Se preferir não levar seu caddie, veja que ele depende desse dinheiro para viver. Tente manter a remuneração ou colabore com as “vaquinhas” que os clubes estão fazendo para esse fim;

8) Driving Range Nos clubes, esquece! Aqueça as articulações antes do jogo e vá para o campo. Nessa situação o clube não precisa ter um driving range funcionando para evitar que as bolas de treinos sejam manuseadas.

Se for o caso de seu negócio foi um driving range, escola de golfe, e não de um clube, local de treino, a coleta das bolas tem que ser feira sem contato com as mãos dos funcionários e, mesmo assim, as bolas e baldes (sobretudo as alças) higienizados, como se faz com carrinhos de supermercado.

Importante! Se não estiver se sentindo bem, ou se estiver febril, com tosse, coriza, dores no corpo – falta de ar e cansaço, nem se fala – seu lugar não é num campo de golfe! Fique em casa, em isolamento, inclusive da família, e procure orientação médica virtual, como quase todos os convênios oferecem hoje.

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