LAAC: Andrey Xavier comanda melhor desempenho brasileiro da história do torneio

21/01/2019

Após dois vices e um 3º lugar, mexicano Alvaro Ortiz finalmente vence e ganha vaga no Masters

Andrey Borges jogou 66 na volta final para ser o melhor brasileiro do torneio, em quinto lugar. Foto: Enrique Berardi/LAAC

por: Ricardo Fonseca

Enquanto o mexicano Alvaro Ortiz comemorava o título e a vaga para o Masters, depois de três anos “batendo na trave”, a delegação brasileira também tinha muito que comemorar ao terminar o Latin America Amateur Championship (LAAC), neste domingo, 20 de janeiro, no remodelado campo do Teeth of the Dog, na Casa de Campo, em La Romana, na República Dominicana, com o melhor desempenho do país na história do torneio amador mais importante do continente ao superar, como grupo, o terceiro lugar do carioca Andre Tourinho no LAAC inaugural, em 2015, na Argentina.

Coube ao gaúcho Andrey Xavier, do Belém Novo, a honra de ser o melhor brasileiro do placar final, ao jogar duas voltas de seis abaixo e terminar em quinto, com 281 (74-66-75-66) tacadas, sete abaixo no total. O paulista Fred Biondi, radicado nos EUA, que no segundo semestre estreia na equipe do Gators, da Universidade da Flórida, ficou em sexto, com 282 (72-73-66-71), seis abaixo, depois de ter começado a volta final em quinto, mas a três tacadas do líder.

Outros brasileiros – O gaúcho Herik Machado, do Belém Novo, que começou o dia empatado com Fred em quinto, depois de ter feito dois eagles seguidos e igualado a melhor volta do torneio no sábado, também sentiu o gosto de ter a chance de lutar pelo título no domingo, antes de acabar empatado em 15º, com 286 (72-74-65-75) tacadas, duas abaixo. O paulista Pedro Nagayama, do São Fernando, também passou o corte, mas terminou em 44º, com 298 (75-69-75-79). Os outros dois brasileiros – jogaram os seis mais bem colocados no ranking mundial, em outubro – não passaram o corte: o alagoano Tiago Lobo (77-73), que não passou por uma, e o carioca Daniel Kenji Ishii (74-77).

Enquanto Fred, de 18 anos, já tem a carreira encaminhada na universidade, Andrey, de 17 anos, sonha em chegar lá após uma semana que ele define como “incrível”, mesma tendo em mente manter a calma, sem almejar metas impossíveis. “bati muito bem na bola em dois dias e meu plano agora é praticar muito, melhorar meu ranking mundial e fazer faculdade nos Estados Unidos”. Já Herik, de 20 anos, irá tentar o profissionalismo jogando a seletiva para o PGA Tour Latinoamérica, de 29 de janeiro a 1º de fevereiro, no Campo Olímpico do Rio de Janeiro.

Vitória – Infelizmente nenhum dos brasileiros conseguiu acompanhar o ritmo de Alvaro Ortiz que jogou cinco abaixo nos sete buracos finais para despachar os adversários e vencer com 274 (66-72-70-66) tacadas, 14 abaixo. Além da vaga no Masters ele ganhou o direito de jogar no British Amateur e no U.S. Amateur, além de entrar direto na seletiva final do US Open e do British Open, mas não deverá jogar nenhum dos quatro, pois planeja virar profissional logo após Augusta e seguir os passos do irmão, que chegou ao PGA Tour em 2015, depois de vencer três torneios do Web.com Tour em 2014.

Ortiz, de 23 anos, perdeu o título do LAAC de 2018 para o chileno Joaquin Niemann, na época número 1 do mundo, que jogou 63 na volta final, e tinha sido derrotado no ano anterior por outro chileno, Toto Gana, em 2017. Em 2015, na Argentina, empatou em terceiro com Tourinho. Nesses quatro anos (em 2016 foi desclassificado por um erro no cartão), o mexicano foi líder do LAAC por sete vezes, a última neste domingo.

Destaques – O vice-campeão Luis Gagne, de 21 anos, da Costa Rica, que empatou como o melhor amador do U.S. Open de 2018, melhorou duas tacadas a cada dia do torneio para ficar em segundo com 276 (72-70-68-66), 12 abaixo, a duas tacadas do campeão. Ele até teve chance de forçar um playoff, mas fez bogey no 17 – seu primeiro desde o buraco 8 do segundo dia -, quando precisava de birdie. Gana foi o jogador mais bem ranqueado em campo (37º do WAGR – Ranking Mundial Amador de Golfe) e vinha de um segundo lugar, na semana anterior, no Sul-Americano Amador.

Luis Fernando Barco, campeão amador do Peru e do México, em 2018, tentava ser o primeiro peruano a vencer no LAAC. Ele foi o único a jogar as quaro voltas abaixo do par, mas terminou apenas em terceiro, com 279 (69-69-71-70), nove abaixo, cinco atrás do campeão. O chileno Toto Gana, campeão em 2017 ao derrotar Ortiz no playoff, desta vez terminou em quarto, com 280 (73-70-71-66) tacadas, oito abaixo, ao ser o terceiro a jogar 66, o segundo melhor resultado da volta final. O melhor foi de Chris Nido, de Porto Rico, que fez o terceiro 65 do torneio, para somar duas abaixo e empatar em 15º com Herik, que jogou 65 no sábado. O outro 65 foi do peruano Julian Perico no segundo dia (25º, com 290).

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