Luiza Altmann estreia nesta 6ª feira como profissional, de olho nos Jogos de Tóquio 2020

07/02/2018

Brasileira tem vaga assegurada em 4 dos próximos 5 torneios do Tour Europeu Feminino

 

Luiza Altmann treina na Austrália: maior esperança de renovação do golfe profissional brasileiro destaca-se por seu talento e beleza

por Ricardo Fonseca

A paulista Luiza Altmann, de 19 anos, faz sua estreia profissional de sexta a domingo desta semana, 9 a 11 de fevereiro, como uma das novas integrantes do Tour Europeu Feminino (LET, na sigla em inglês) e como a maior promessa de renovação do golfe brasileiro no circuito mundial. Luiza, que estreou em competições no Golfe Nota 10, da Federação Paulista de Golfe e depois seguiu carreira nos EUA, vai disputar o Canberra Classic, no Royal Canberra Golf Club, na Austrália, com US$ 118 mil em prêmios, graças a um convite dos organizadores.

Apesar de Luiza ter conquistado um cartão integral para o LET, com boa prioridade de inscrição, nas seletivas do circuito, os quatro primeiros torneios da temporada são jogados na Austrália, com um terço das vagas reservado para as jogadoras locais. Com isso, ela não teve chances de jogar no primeiro, o Oates Vic Open, o de maior premiação (US$ 511 mil), mas conseguiu convites dos organizadores para o torneio desta semana e para o quarto torneio, o Nsw Women’s Open, de 1º a 3 de março, com US$ 118 mil.

Mais torneios  e Tóquio 2020 – Luiza ainda tem chances de jogar no Australian Ladies Classic, de 22 a 25 de fevereiro, outro de premiação alta (US$ 275 mil), se tiver uma boa colocação esta semana, ou se conseguir um dos dois convites dos organizadores que ainda não foram destinados. Depois, ela já tem vaga direta assegurada no South African Women’s Open, de 8 a 10 de março (US$ 167 mil), e no Lalla Meryem Cup, de 19 a 22 de abril, no Marrocos (US$ 555 mil).

Para Luiza, assim como para todos os profissionais do circuito mundial, a parte mais importante do calendário começa no segundo semestre, quando começa a corrida olímpica de dois anos, que irá definir as 60 jogadoras que poderão participar dos Jogos de Tóquio 2020. Como a paranaense Mirian Nagl abandonou a carreira, e a paulista Victoria Alimonda não conseguiu renovar seu cartão do LET para 2018, as duas brasileiras que foram ao Rio 2016 estão fora desse grupo, o que faz de Luiza a maior esperança do Brasil de ter uma jogadora em Tóquio.

Dificuldades – Estrear como profissional nunca é fácil. Afinal, não se conhece os campos, a pressão é grande e ainda é preciso jogar nos piores horários, como esta semana, quando Luiza joga na primeira turma do dia, às 7h30, pelo tee do 1, ao lado da espanhola Eun-Jung Ji Kim e da chinesa Isabela Rong Ji. No sábado, o mesmo grupo é o primeiro da rodada da tarde, saindo às 12h30, pelo tee do 10. Além disse, apenas as 60 primeiras e empatadas passam o corte para disputar os prêmios em dinheiro na rodada fina, domingo.

O nível das adversárias também é altíssimo. A Dame (o equivalente a Sir) inglesa Laura Davies encabeça a lista, seguida por três Top 10 do ranking do LET em 2017: as inglesas Georgia Hall (nº 1) e Mel Reid (7) e a americana Beth Allen (2). Há ainda a escocesa Catriona Matthew, campeã British Open de 2009, ano em que venceu também o torneio não oficial do LPGA Tour do Brasil, e outras oito ex-campeãs no LET, além de mais 25 Top 50 do ranking do LET de 2017.

Mais destaques – Um dos grandes destaque é ainda a coreana Ji-Yai Shin, de 29 anos, ex-número 1 do mundo e campeã em Canberra em 2013, um dos 49 títulos que conquistou em 12 anos. de carreira, entre eles dois majors. Depois de uma virose que a deixou fora de boa parte da temporada de 2017, ela estreou no Tour Japonês Feminino (JLPGA), venceu duas vezes e foi a quinta do ranking do ano passado, a despeito de ter perdido os dez primeiros torneios do ano.

E há ainda Cheyenne Woods, sobrinha de Tiger Woods (é filha de Earl Dennison Woods Jr., meio-irmão de Tiger e Susan Woods), que apesar de ter vencido apenas dois torneios em cinco anos de carreira, o último no LET, em 2014, sempre é atração por onde passa. Cheyenne também joga no LPGA Tour onde tenta ser a primeira negra (afro-americana, como eles preferem) a vencer.

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