PGA Tour: DeChambeau vence e muda o golfe com drives destruidores e precisão nos putts

06/07/2020

Nem Tiger, nem Rory, em ninguém antes foi o melhor nas estatísticas de tee e green

 DeChambeau domina o Boston GC com seu novo conceito de golfe, Foto: Stacy Revere/Getty Images

por | Ricardo Fonseca

O Bryson DeChambeau da Era da Covid-19, que ganhou 18 quilos para aumentar de maneira assustadora a potência de seus drives, saiu de um déficit de três tacadas para vencer por três de vantagem no Rocket Mortgage Classic, encerrado neste domingo, em Detroit. Bateu drives de 363 e 364 jardas nos primeiros quatro buracos, sua média oficial (medida em dois buracos) foi de 350,6 jardas, e a média de todos os drives de 329,8. Isso inclui o drive de 367 jardas no buraco final, para fazer seu terceiro birdie consecutivo jogar sete abaixo, sua melhor volta da semana e vencer pela sexta vez no PGA Tour em três anos, com 265 tacadas (66-67-67-65), 23 abaixo do par.

A média oficial de drives de DeChambeau (350,6 jardas) é a maior já medida desde que o sistema ShotLink, do PGA Tour, começou a ser usado, em 2003, superando o recorde anterior de 341,5 jardas que Tiger Woods estabeleceu no The Open de 2005, em St. Andrews. Como resultado, DeChambeau liderou as estatísticas de tacadas ganhas a partir do tee (6,672), na soma das quatro rodadas. Mas o mais surpreendente é que ele também foi o melhor no quesito tacadas ganhas com o putter (7,831 em todo o torneio), algo nunca conseguido antes pelo mesmo jogador em uma vitória, pelo menos desde que isso começou a ser medido, há 17 anos.

Virada – DeChambeau – como ele mesmo havia previsto – destruiu o percurso desenhado pelo mestre Donald Ross, a quem pediu desculpas antecipadas por passar de voo por todas as suas cross bunkers. Depois de começar o dia perdendo por três, DeChambeau fez quatro birdies nos primeiros sete buracos e fechou a rodada com três birdies seguido, para impedir qualquer reação de Matthew Wolff, líder da véspera, que jogara no grupo final, atrás do seu. Um desempenho que fez até esquecer seu destempero, sábado, com um cinegrafista que insistiu em gravar sua reação negativa após jogar numa banca.

O título, seu primeiro desde o Shriners Hospitals for Children Open de 2018, em Las Vegas, foi seu sétimo Top 10 consecutivo, incluindo os quatro torneios desde que o PGA Tour voltou à ativa após três meses parado por causa da pandemia de Covid-19. O título o fez saltar do décimo para o sétimo lugar no ranking mundial (OWGR) desta semana, já perto de seu melhor, o quinto lugar a que chegou após a vitória anterior.

Emoção – “Foi uma vitória emocionante para mim”, disse o vencedor, carinhosamente apelidado de Kraken em homenagem ao lendário monstro marinho do folclore nórdico, que esmagava navios com seus tentáculos. “Eu realmente fiz algo diferente, pois mudei de corpo, mudei minha ideia sobre o jogo e consegui uma vitória enquanto jogava um estilo de golfe completamente diferente”, avalia DeChambeau, que ainda deu seu apoio aos manifestantes do Black Lives Matters (Vidas Negras Importam), cujas palavras de ordem gritadas além dos portões podiam ser ouvidas dentro do campo. “Eu amo que estejam expressando sua opinião”, disse DeChambeau. “E eles merecem fazê-lo.”

Matthew Wolff terminou em segundo, com 268 (69-64-64-71), 20 abaixo, duas à frente de Kevin Kisner, terceiro com 270 (65-69-70-66), 18 abaixo. Em quarto, com 272 (-16) empataram quatro jogadores: os ingleses Danny Willett (71-68-67-66) e Tyrrell Hatton (68-67-69-68), o canadense Adam Hadwin (67-69-69-67) e Ryan Armour (69-64-67-72). Webb Simpson, que empatou em oitavo, com 273 (68-64-71-70) foi outro único Top 10 a subir no ranking mundial desta semana, passando do sexto para o quarto lugar.

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