PGA Tour muda antidoping, inclui testes de sangue e irá revelar uso de “drogas recreacionais”

20/06/2017

Novas regras valem a partir de outubro e podem ser decisivas para o golfe olímpico

 

Depois de dez anos, realizando um teste antidoping “meia-boca”, que deixava de fora drogas que realmente podem fazer a diferença no golfe, como o Hormônio de Crescimento Humano (HGH), e passando a mão na cabeça de quem era pego por uso de maconha e cocaína – e foram vários casos vasados – o PGA Tour decidiu mudar radicalmente sua política antidoping, acatando integralmente o que exige a WADA – Agência Mundial Antidoping – e o espírito olímpico. E isso começa a valer já em outubro, quando começa a temporada 2017/2018 do PGA Tour.

A primeira grande mudança é a introdução dos exames de sangue, únicos que podem detectar uma série de substâncias, como o HGH, que se suspeita ser a principal droga em uso no golfe. Até agora, só eram feitos exames de urina, que não podiam identificar o HGH, entre outras drogas da moda no esporte. A segunda mudança importante é que a partir outubro quem for pego por uso de “drogas recreacionais” – entenda-se maconha e cocaína, principalmente – vai continuar a ser punido com suspensão, mas o PGA Tour passará a tornar públicos todos os dados da punição e os motivos, o que nunca aconteceu antes. Patrocinadores costumam não gostar de ter seu nome associado a atletas assim.

Sem exceções – O PGA Tour também irá revisar a lista de substâncias banidas para incluir “todas as substâncias e métodos atualmente proibidos pela WADA”, além de adicionar três novas categorias de drogas na sua lita de “exceções para uso terapêutico”. O PGA Tour, no entanto, manterá reservadas as punições que não se referem a doping, como multas e suspensões (mais comuns do que se imagina) por “conduta não profissional”.

“Apesar de estarmos extremamente satisfeitos com os resultados do programa antidoping do PGA Tour até essa data, acreditamos que essas mudanças são prudentes na medida em que promovem nossos objetivos de proteger o bem-estar de nossos membros e melhor fundamentar a integridade do golfe como esporte limpo”, disse o comissário da PGA Tour, Jay Monahan, em comunicado.

Jogos Olímpicos e Tiger – A decisão do PGA Tour acontece em dois momentos importantes. Primeiro, o golfe acaba de ser indicado pelo Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) para continuar a ser esporte olímpico nos Jogos de 2024, que serão disputados em Paris, ou em Los Angeles (em 2020 o golfe já estava garantido). A decisão, no entanto, ainda terá que ser ratificada pelo membros do IOC, na 130ª Assembleia Geral da entidade, dia 13 de setembro, em Lima, no Peru, quando também será conhecida a cidade sede. E sempre houve críticas à política antidoping frouxa do PGA Tour.

O segundo, mas relacionado ao primeiro, é o caso de Tiger Woods, que repercutiu muito mal junto aos membros do COI, pela suspeita de Tiger, que já havia se internado para tratar do vício em Vicodin (hidrocodona), em 2010, ter sido preso dirigindo sete anos depois sob a influência desta mesma droga, sem nunca ter parado de tomá-la. Nesse período Tiger jogou regularmente e ganhou torneios e nunca foi pelo em exames antidoping do PGA Tour. Agora, a festa acabou para todos.

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