Poderá Hideki Matsuyama tornar-se o primeiro oriental a ser número 1 do mundo?

07/08/2017

Depois de sua impressionante vitória do Bridgestone, o céu é o limite para o japonês de 25 anos

 

Aos 25 anos, o japonês Hideki Matsuyama chegou onde nenhum outro oriental jamais esteve. Depois de ter galgado o posto de número 2 do mundo com seu vice-campeonato no US Open, dois meses atrás, ele perdeu uma posição nas semanas seguintes, e está mais perto do que nunca de voltar a ser o segundo melhor profissional do mundo após sua impressionante vitória no Bridgestone Invitational, domingo, no Firestone CC, onde jogou 61 na volta final para igualar o recorde da competição e ser campeão por cinco tacadas de vantagem nesse torneio dos World Golf Championship (WGC), a série mundial, que reúne apenas os melhores de todos os circuitos profissionais do mundo.

Quando terminou o jogo com três birdies consecutivos, para marcar 61, Matsuyama sabia muito bem que estava fazendo história. Afinal, o recorde do campo, de 61 tacadas, havia sido estabelecido por Tiger Woods, em 2013, quando jogava ao lado do japonês. No melhor estilo de Tiger, Matsuyama fez um eagle e sete birdies, sem um bogey sequer, para vencer pela terceira vez na temporada do PGA Tour e assumir a liderança da FedexCup, a corrida pelo título de melhor jogador do ano dos EUA, que termina em setembro.

Majors – Matsuyama nem teve tempo de comemorar e já viajou para Charlotte, na Carolina do Norte, onde disputa de quinta-feira a domingo, 10 a 13 de agosto, o PGA Championship, quarto e último major da temporada, no campo do Quail Hollow. No ano passado, Matsuyama terminou em quarto lugar no PGA Championship, seu sexto Top 10 em majors, lista que subiu para 7 no US Open. Agora, o ídolo do golfe japonês já acumula cinco Top 10 nos últimos dez majors.

Mesmo com a vitória no Firestone, Matsuyama permanecer como número 3 do mundo, mas está apenas 0,06 pontos atrás de Jordan Spieth, o número 2. Isso significa que basta terminar à frente do americano para voltar a ser o segundo do ranking mundial de golfe. Infelizmente para Matsuyama, mesmo que ele vença seu primeiro major, o japonês não poderá superar na próxima semana a Dustin Johnson, o número 1 do mundo, que abriu uma margem segura ao vencer o British Open. Mas o título deixaria Matsuyama muito perto desse feito histórico para o golfe oriental.

Recordes – Quando tinha apenas 21 anos e ainda estava terminando os estudos, Matsuyama, que vinha de dois títulos seguidos do Asia-Pacific Amateur Championship (2011 e 2012), venceu dois torneios do Tour Japonês e foi vice em outros dois, num período de cinco semanas, para ser o primeiro estreante a terminar o ano como o número 1 do ranking de seu país.

O japonês viria a conseguir feito ainda mais impressionante na virada de 2016 para 2017, já como membro do PGA Tour. Nas últimas cinco semanas do ano passado, ele venceu quatro vezes (duas no Tour Japonês e duas do PGA Tour), além de amealhar um vice-campeonato no circuito americano. Esse intervalo incluiu seu primeiro título dos WGC, o HSBC Champions, na China, que ele venceu por sete tacadas de vantagem.

Número 1 – Matsuyama ainda abriu 2017 com um vice-campeonato no SBS Tournament of Champions, no Havaí, antes de vencer novamente, quatro semanas depois, no Phoenix Open. Ou seja, em nove torneios seguidos, venceu cinco e foi duas vezes vice-campeão.

Com os pontos acumulados nesses torneios, somados ao vice-campeonato do US Open, Matsuyama teve a primeira chance de sua vida de ser número 1 do mundo. Mas o único corte que perdeu no ano, em Los Angeles, o recolocou na fila de espera. Justo neste momento, Dustin Johnson despontava. DJ venceu em Los Angeles para chegar o nº 1 do mundo naquela semana e ganhou ainda os dois torneios seguintes, ambos da série mundial (Mexico Championship e Dell Technologies Match Play).

Modéstia – Como todo bom japonês, a modéstia fala mais alto quando cabe a Matsuyama falar de seu próprio jogo. Ele não considera que esteja ainda no nível de Spieth, Johnson, Rory McIlroy ou sequer de Jason Day. “Não venci um major ainda e tenho muito trabalho a fazer”, avisa Matsuyama, com uma ressalva. “Isso não quer dizer que eu não tenha a confiança para chegar lá”. É esperar para ver.

Em tempo

A ESPN do Brasil não renovou contrato e não mostrará o PGA Championship este ano. O Golf Channel Latinoamérica, tampouco mostra o último major do ano no Brasil. Mas ainda vai dar para ver as rodadas do final de semana. Em breve explico.

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