Profissionais: seletiva do PGA Tour LA, no Rio de Janeiro, atrai apenas quatro brasileiros

29/01/2019

Pedro Nagayama é o único amador entre eles. Herik Machado é a ausência mais sentida

Pedro Nagayama comemora vitória no Aberto do São Fernando em 2018. Foto: Ricardo Fonseca/F2 Comunicação

por: Ricardo Fonseca

A degradação do golfe profissional brasileiro chegou a tal ponto que apenas quatro brasileiros se interessaram por participar da primeira seletiva para o PGA Tour Latinoamérica da história do circuito a ser disputada no Brasil, uma oportunidade única para quem está querendo começar no profissionalismo ou dar um novo rumo à sua carreira profissional. A seletiva, no Campo Olímpico de Golfe, no Rio de Janeiro, começa hoje, terça-feira, 29 de janeiro, e termina sexta-feira, 1º de fevereiro.

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Estarão em campo 81 jogadores de 15 países, sendo que apenas o primeiro colocado da seletiva ganhará um cartão com isenção completa, ou seja, poderá jogar todos os torneios do ano. Os 11 classificados do 2º ao 12º lugar após os 72 buracos ganham o direito de jogar todos os torneios do primeiro semestre, mas precisarão ter bons resultados para confirmar seu cartão para a segunda metade do ano. Haverá ainda cartões condicionais – com baixíssima prioridade de inscrição – para quem ficar do 13º ao 35º lugar e empatados.

Brasileiros – Dos quatro brasileiros, apenas um, o paulista Pedro Nagayama, do São Fernando, é amador. Dos três profissionais brasileiros em campo, um é novidade nas seletivas, Axell dos Santos, do Fazenda da Grama – que no PGA Tour LA aparece com os nomes do meio, Axell Gustavo Balestre – um golfista talentoso que há tempos sonha com uma oportunidade iniciar a carreira competitiva fora do Brasil.

Os outros dois já foram membros do PGA Tour LA: Gustavo Teodoro, do Ipê GC, de Ribeirão Preto, que jogou alguns torneios do segundo semestre de 2018 com um cartão condicional, que perdeu, e o paulista Felipe Navarro, que teve o cartão em 2013, depois de ter ficado em quinto na seletiva da Argentina, mas não jogou a temporada com problemas no cotovelo. Navarrinho voltou ao circuito, via Série de Desenvolvimento, em 2014, quando jogou 12 torneios, passou o corte em seis, teve dois Top 25 e perdeu o cartão. Não tentou mais entrar no PGA Tour LA até agora.

Ausência – A grande ausência é a do gaúcho Herik Machado, que todos esperavam que virasse profissional depois do Latin America Amateur Championship, o LAAC, que dava vaga para o Masters. Herik começou a volta final do LAAC 2019 em quinto lugar, antes de terminar em 15º. Ele disse que pretendia jogar na seletiva do Campo Olímpico, mas perdeu a inscrição, sem entrar em detalhes. A inscrição para a seletiva custa US$ 2 mil (quase 8 mil reais) apenas para tentar a sorte. Se passar, cada torneio fora do Brasil pode custar de US$ 1 mil a US$ 2 mil de despesas, dependendo do país. Sem patrocinador ou família abastada, fica difícil tirar os pés do Brasil.

Herik diz que não desistiu do profissionalismo e que pretende jogar algumas seletivas de segunda-feira do circuito. Teme-se que ao esperar mais um ano para entrar em algum circuito, acabe perdendo o seu momento ideal de virar profissional de competição, como aconteceu com talentos do tipo André Tourinho, que depois de ser tricampeão do Amador do Brasil, em 2015, virando o jogo sobre o então juvenil chileno Joaquin Niemann, ficou três anos sendo “enrolado” para permanecer amador, com “salário” em dólar, servindo de garoto propaganda do golfe brasileiro pré-olímpico, incentivado por um dirigente e por um “coach” inglês de triste memória.

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