Ranking olímpico começa com Adilson dentro e Mickelson fora

22/07/2014

Lista feita às pressas decepciona, mas mostra quem jogaria se o Golfe 2016 fosse hoje

 

Sem imaginação, ranking da IGF repete Ranking Mundial Oficial, masculino, e Rolex Ranking, feminino

por: Ricardo Fonseca

O primeiro ranking olímpico divulgado esta semana pela Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) mostra Adilson da Silva como o único brasileiro que se classificaria por méritos próprios para a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016, e que jogadores importantes dos EUA, como Phil Mickelson, Jordan Spieth e Rickie Fowler estariam fora da lista.

O último dos 60 homens seria o belga Thomas Pieters, número 290 do ranking mundial de golfe, enquanto a lista feminina se encerraria na suíça Fabienne In-Albon, a 59º da lista, já que a 60ª vaga estaria reservada para uma brasileira, uma vez que nenhuma profissional do país tem pontos para o ranking mundial. Nesse caso, Victoria Lovelady, embaixadora Nespresso do golfe brasileiro, que joga como estreante no Ladies European Tour (LET), ficaria com a vaga por indicação por ser a única profissional brasileira no ranking mundial.

Problemas – Anunciado na semana passada, durante o British Open, e publicado no final desta segunda-feira, o ranking olímpico da IGF tem toda a cara de ter sido feito às pressas, pois sequer leva em conta a opção de cada jogador sobre qual país defender, como no caso de Rory McIlroy, que aparece como norte-irlandês, caso em que jogaria pela Grã Bretanha, e não defendendo a Irlanda, como ele já se decidiu e anunciou cumprindo exigência da própria IGF.

Outra deficiência do ranking da IGF é que ele mostra as mesmas posições do ranking mundial de golfe, sem pontuação, considerado apenas o limite de quatro jogadores por país entre os 15 primeiros, e dois por país, a partir daí, desde que a nação ainda não tenha atingido ainda este número. Para isso seria muito melhor usar o próprio ranking mundial, destacando apenas quem estaria ou não classificado.

Outro problema é que o ranking da IGF, por ser um extrato do ranking mundial, leva em conta pontos que não valerão mais na hora de decidir os jogadores olímpicos. Pelas regras aprovadas pelo Comitê Olímpico Internacional e anunciadas oficialmente, apenas os pontos marcados a partir dos torneios da semana passada em diante valerão para definir os jogadores olímpicos, dentro de dois anos (104 semanas, ou dois anos, corridos).

Luta por vagas –
O limite de quatro jogadores por país, desde que estejam entre os 15 do mundo, afetaria esta semana apenas os EUA, que tem sete jogadores entre os Top 15 do ranking mundial de golfe. Se os Jogos Olímpicos fossem hoje, Bubba Watson, Matt Kuchar, Tiger Woods e Jim Furyk seriam os representantes americanos, ficando de fora Phil Mickelson, que talvez não chegue lá, e Jordan Spieth e Rickie Fowler, que quase certamente estarão.

Fosse o ranking calculado apenas com os pontos realmente válidos, acumulados desde o British Open, os quatro americanos seriam Fowler, Furyk, Justin Johnson e Ryan Moore que pontuaram ao terminar entre os 15 primeiros em Royal Liverpool. E Adilson da Silva não estaria na lista, mas sim Fernando Mechereffe, 10º colocado no torneio da semana passada e único brasileiro hoje com pontos válidos para os Jogos Olímpicos, se bem que ficando com a 60ª vaga, reservada para o Brasil.

Seis por meia dúzia – Ou seja, a IGF pisou na bola ao trocar seis por meia dúzia e perder a oportunidade de mostrar a disputa por vagas de forma muito mais interessante, como uma corrida somatória de pontos para o Golfe 2016, e não apenas copiar mal copiado o que já está no ranking mundial. Fizesse desta forma inovadora, ao final de dois anos os rankings convergiriam, mas até lá saberíamos como anda a disputa real dos profissionais para representar seus países no Rio de Janeiro, em 2016.

 

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