Regras: R&A e USGA anunciam mudanças

17/11/2009


Nova versão das Decisões nas Regras do Golfe entra em vigor em janeiro de 2010 com pequenos ajustes


por: Ricardo Fonseca

Como acontece a cada dois anos, o livro com as Decisões nas Regras do Golfe ganha uma nova versão que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2010. A versão 2010/2011 do Decisões traz 28 novas decisões e 51 revisões que são, na verdade, uma sintonia fina do que já estava em vigor na versão 2008/2009 do livro sem mexer substancialmente na forma como o golfe é jogado.

Isso acontece porque as Regras do Golfe em si só mudam a cada quatro anos, com a próxima revisão, ainda em fase de discussão, só entrando em vigor em janeiro de 2012, quando haverá também uma nova versão de Decisões, essa sim podendo ser bem mais significativa do que a que entra em vigor em janeiro próximo.

Test-drop – Uma das novas decisões mais interessantes é a 20-2a/8 que trata do “test-drop”, ou seja, o jogador dropa uma bola para determinar onde a bola original poderá parar ao ser dropada, com o objetivo de saber se vale a pena ter alívio de uma determinada situação sem ficar numa posição ainda pior. O assunto nunca havia sido oficialmente estudado por ser apenas hipotético.

Tudo mudou quando um profissional do Tour Europeu resolveu colocar em prática o test-drop. Ele deixou sua bola original onde estava e dropou outra bola várias vezes, segundo a Regra 28c, para determinar se no caso de pedir alívio sua bola não pararia ao lado ou dentro de um arbusto.

Punição – Ao avaliar a questão, o R&A e a USGA discutiram se o test-drop seria uma violação da Regra 14-3, por usar o equipamento de maneira não-usual; se o jogador poderia ser desclassificado de acordo com a Regra 33-7, que permite ao Comitê tomar essa atitude em casos excepcionais individuais; ou se ele estaria fazendo algo similar a testar a superfície do green, proibido pela Regra 16-1d, que dá pena de perda de buraco ou de duas tacadas.

Por fim, as entidades decidiram publicar a nova decisão que proíbe o test-drop por considerá-lo contrário ao propósito e espírito das Regras. Pelo princípio da Equidade (Regra 1-4), decidiram que o jogador que fizer um test-drop incorre na perda do buraco (match play) ou em duas tacadas de penalidade (stroke play) e que a bola original continua em jogo, podendo se optar entre jogá-la ou pedir alívio e proceder como na Regra 24-2.

Medidores de distância – Outro assunto importante foi a publicação de uma carta de princípios das duas entidades sobre o uso de equipamentos eletrônicos, incluindo os medidores de distância, que o R&A e a USGA já vinham permitindo desde janeiro de 2006 desde que incluída a liberação nas Regras Locais e que os equipamentos não façam outro tipo de medições, como temperatura, inclinação do terreno ou direção e força do vento. Isso está mantido para 2010.

Houve uma explicação melhor da regra que estabelece que os aparelhos medidores de distância podem ser usados se uma regra local o permitir. Quando houver a regra local, esses aparelhos devem se limitar a mediar apenas distância e será considerado infração à regra se o aparelho tiver a capacidade de medir outras condições que afetem o jogo, mesmo que elas não estejam em uso.
Aparelhos multifuncionais, como celulares e PDAs, cuja função primária é comunicação, podem ser usados com qualquer propósito fora do golfe (telefonemas, texto e e-mails), desde que em acordo com as regras do clube ou campeonato e a decisão 14-3/16.

Clique aqui para ler, em inglês, as novas decisões e as decisões revistas, que entram em vigor em janeiro de 2010.

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