27/11/2022
Paco Casini, do Campo Olímpico, e Meidy Gama, do Gávea, foram os campeões scratch
Paco Casini recebe de Gerde Peixoto o troféu de campeão. Fotos: Thais Pastor/F2 Assessoria
Moradores da região não se recordam de uma chuva tão intensa nos últimos 20 anos como a que caiu na madrugada de sábado para domingo em Búzios e em várias cidades da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, e obrigou a cancelar a rodada final do 21º Aberto do Golfe Clube Aretê, que seria jogada neste dia 27 de novembro. Com isso, valeram os resultados do dia anterior e Paco Casini, do Campo Olímpico, e Meidy Gama, do Gávea, foram declarados campeões do torneio válido para o ranking da Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro, com pontuação reduzida para 70% do total.
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Por cerca de três horas ininterruptas caíram 178 mm de chuva, 20% do esperado para todo o mês de novembro, de acordo com os dados do medidor meteorológico do Aretê Búzios Golfe Clube. Apesar da excelente drenagem do campo, as fortes chuvas que caíram no começo da semana já haviam encharcado o solo e enchido os lagos do campo, que amanheceu com áreas importantes cobertas por água, impedindo o jogo. O torneio foi encerrado com a entrega de prêmios e sorteios, seguido de um almoço de confraternização na sede do golfe.
Nasce um campeão – O resultado mais comemorado da semana foi o do pré-juvenil Paco Casini, do Campo Olímpico de Golfe, de apenas 15 anos, jogou 72 tacadas, o par do campo, para ser campeão do Aberto, e isso num dia com muito vento, onde nenhum outro golfista conseguiu quebrar as 80 tacadas. Foram quatro birdies, dois em cada metade do campo, incluindo um espetacular no 9, onde bateu madeira para deixar a bola a dois metros da bandeira, contra dois duplos bogeys, um no 3 onde errou o green e deu três putts, e outro no 13, com bola na água, que recuperou com birdies no 16 e no 18.
“Meu objetivo é ir estudar nos EUA e virar profissional” conta Paco, de pais franceses, que nasceu em Cabo Frio, aprender golfe com o profissional Vitor Pessanha, do Aretê, onde fez carreira, antes de mudar para o Rio de Janeiro e passar a defender o campo olímpico. “O que busco no meu golfe é a consistência que tive na volta de ontem, batendo bem os drives e tiros para a bandeira, e precisão em cima dos greens”, diz o número 2 do ranking fluminense e juvenil número 1 do estado.
Superação – A vitória de Meidy Gama, do Gávea, no feminino, também foi destaque pela superação da atleta tailandesa, que mora há 20 anos no Rio. Ele sofreu múltiplas fraturas na perna esquerda, num acidente em viagem para Bali, e teve que colar 24 pinos na perna. Foram 12 meses de recuperação, oito deles em Bali, antes que pudesse viajar de avião sem risco de uma complicação. “Eu renasci para o golfe” comemora Meidy, que achou que nunca mais jogaria, mas foi campeã scratch com 89 tacadas, e com handicap índex até 16, com 87. Pouco antes, ela venceu o Aberto do Gávea.
Outro destaque do Aberto do Aretê foi a categoria de handicaps índex mais altos, de 22,1 a 29,3, que teve um pódio que só o golfe pode proporcionar. Venceu o cirurgião Clênio Basílio, de 66 anos, do Aretê lidera com 74 tacadas, seguido por Eudes Filho, de 11 anos, do Gávea, com 79, uma diferença de 55 anos entre eles. Terceira geração de uma família de golfistas, Eudes filho começou a jogar golfe por iniciativa própria, há dois anos, durante a pandemia, pedindo para acompanhar o pai em seus treinos do Campo Olímpico, único que permanecia naquele tempo. Luciano Fidelis, do Morro do Chapéu, ficou em terceiro, com 80.
Mais premiados – Deivid Oliveira, da Federação do Rio, vice-campeão em 2022, terminou num distante segundo lugar da categoria scratch, com 80 tacadas. Na classificação por handicaps índex até 8,5, venceu Carlos Smith, do Aretê, com 72 tacadas. Feliz Broden, também do Aretê, foi o vice com 76, seguido por Gabriel Fernandez, do Itanhangá, com 78.
Na 8,6 a 14, Flavio Costa, do Japy, venceu com 71 tacadas, seguido por Paulo Armani, da Federação Baiana, Capixaba e Mineira de Golfe, vice-campeão com 74 tacadas, mesmo resultado de José Fragoso, do Aretê, que ficou em terceiro nos critérios de desempate. Na 14,1 a 22, só deu Aretê. Carlos Peychaux venceu com 69 tacadas, seguido por Pedro Duncan, com 72, e Nadimo Nakhle, também com 72.
Feminino – Na categoria feminina com handicap índex até 16 venceu Katia Spolavori, do Gávea, com 97 tacadas. Na 16,1 a 29,3, Cecilia Miranda, do Aretê, foi campeã, com 78, seguida de perto por Silvia Campos, do Terras Selvagem (MS), com 79, e por Mirtis Barros, do Amazon (PA), com 80.
Houve ainda uma categoria para iniciantes, disputada nos seis buracos de par 3 do campo executivo, dentre do driving range. Gillis Bernardini venceu com 19 tacadas, seguido por Murilo Kioroglo, com 22; Raphael Celano, com 24; e Maria Eduarda Neres, com 34. Após o jogo eles tiveram uma clínica com os profissionais Vitor Peçanha, Luis Menezes e Juscelino Teixeira.
Premiação – A cerimônia de premiação foi comandada por Sebastião Neres, da Neres Sports, designer responsável pela modernização e reforma do campo projetado por Pete Dye, e administrador do Golfe Clube Aretê Búzios. Os prêmios foram entregues por Gerde Peixoto, diretor técnico da FGERJ, que representou a entidade; Felix Broden, capitão do clube; Vitor Pessanha, head pro do Aretê; e Thereza Brandão, do Gávea, que premiou a categoria feminina.
Patrocínio – O 21° Torneio Aberto do Golfe Clube Aretê Búzios teve patrocínio Master de Craft Engenharia e patrocínios de Town Maker Desenvolvimento Imobiliário e de Prêmio Empreendimentos. Os apoiadores foram Prefeitura de Búzios; Confederação Brasileira de Golfe; Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro; Grupo HR; Rain Bird; Hotel Aretê Búzios; Villa Rasa; Quadrant; Masterplan; Casa das Pedras; Casa Búzios – Residências, Parque & Beach Club; e A Concept – Hotel e spa. A realização foi do Clube Aretê Búzios. A organização é do Golfe Clube Aretê Búzios e da Neres Sports.
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