The Players: três latinos desafiam o green-ilha do buraco 17 do TPC Sawgrass

11/03/2019

Emiliano Grillo e Jhonattan Vegas já sabem o que os espera. Abraham Ancer estreia

por | Ricardo Fonseca* – foto | Stan Badz/Getty Images

Nenhum jogador, nem mesmo Tiger Woods, pode dizer que se sente confortável ao jogar o temido buraco 17 do TPC Sawgrass, sede do The Players Championship, considerado o “quinto major” do PGA Tour, que será jogado de quinta a domingo desta semana, 14 a 17 de março, com a maior premiação da temporada regular do circuito, US $12,5 milhões de bolsa, sendo US$ 1,98 milhão para o campeão. Afinal, o green-ilha que é o cartão postal e símbolo da dificuldade do TPC Sawgrass, pode se transformar numa armadilha mortal que já fez o troféu do The Players mudar de mãos a dois buracos do final.

Não é só aquele imenso lago e a água intimidadora que fez o buraco 17 ter a fama que tem. O público se aglomera lá para ver o desespero dos profissionais que acertam a água, e se diverte em abrir contagem, em coro, para lembrar às vítimas mais recentes quantas bolas o lago já engoliu. E não adianta tentar não pensar nele. Da raia do 16 já se escuta nitidamente o barulho da torcida, que reverbera no corpo e se faz sentir no estômago de cada um dos jogadores, fazendo-os antever o que os aguarda.

Sensação única – “Na verdade não existe sensação como a de chegar ao green do 16, virar o olhar para a direita e ver a grande quantidade de público que se aglomera em volta do 17” diz o venezuelano Jhonattan Vegas, do trio de latinos que estará jogando lá esta semana. Ele e o argentino Emiliano Grillo já são veteranos no TPC Sawgrass, enquanto o mexicano Abraham Ancer estará jogado no torneio de Ponte Vedra Beach, na Flórida, pela primeira vez.

“Também há a parte divertida” diz o venezuelano. “Enquanto alguns podem começar a sentir os nervos, há toda uma energia positiva que emana desse público”, explica Vegas, que já enfrentou o buraco 17 do TPC Sawgrass 20 vezes, fazendo três birdies, cinco bogeys e um duplo bogey, para um acumulado de quatro acima do par e uma média de 3,2 tacadas. Vegas já tem um Top 10 no The Players – seu único top 40 – feito em 2012, quando jogou par-bogey-birdie-par no 17.

Latinos – Os 13 latinoamericanos que já jogaram no Tha Players  acumulam um total de 16 acima do par, média de 3,06 tacadas. Do total de 199 vezes em que jogaram o buraco 17, fizeram 39 birdies e 37 bogeys ou pior. O melhor desempenho entre todos é do mexicano Esteban Toledo, que jogou 20 vezes no 17, fez seis birdies e um só bogey e soma cinco abaixo, com média de 2,75 tacadas.

O argentino Emiliano Grillo jogou lá dez vezes e soma três abaixo, com três birdies e nenhum bogey. Os também argentinos Andrés Romero (duas abaixo em 22 rodadas) e Eduardo Romero (uma abaixo em quatro rodadas), são os únicos outros latinoamericanos que ostentam soma abaixo do par no temido buraco. “Bati um gap wedge e, apesar de um pouco de vento, acertei a distância com precisão”, conta Grillo, ao lembrar seu birdie de 2017. “Tudo o que precisei fazer foi apontar um pouco à direita e embocar o putt para birdie”.

Desastre – Quem não tem boas recordações do 17 é o argentino Angel Cabrera, que soma seis acima em 36 rodadas, com sete birdies, seis bogeys e um desastre. Ou seja, teria jogado bem lá se não fosse um sextúplo bogey-9, na primeira volta de 2012. Os outros recordes negativos dos sul-americanos são do argentino José Cóceres (5 acima em 13 rodadas) e do paraguaio Carlos Franco (5 acima em 26 rodadas).

    Veja o resumo do desempenho dos Latinoamericanos no buraco 17

* Com informações de Gregory Villalobos/PGA Tour LA

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