Tour Europeu Feminino: Luiza Altmann conquista cartão pleno para o LET de 2018 e vira profissional

20/12/2017

Como finalista da Q-School, paulista vai poder jogar muitos torneios e entrar na corrida olímpica

 

Acima, Luiza durante disputa da seletiva final. Foto:  Tristan Jones/LET

Luiza Altmann acaba de conquistar, na seletiva final do circuito, um cartão – “full member” veja carta abaixo – para jogar no Tour Europeu Feminino (LET) em 2018. Com isso, Luiza vai aguardar apenas a disputa do Sul-Americano Amador Individual, em Pilar, na Argentina, de 13 a 16 de janeiro, onde irá defender o Brasil, e em seguida iniciar sua carreira profissional na Europa, a tempo de entrar na corrida dos pontos para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que começar em julho do próximo ano.

Veja, mais abaixo: Victoria Alimonda fica sem cartão para 2018

Luiza terminou a seletiva final da Lalla Aicha Tour School, em Marrakesh, no Marrocos, que teve cinco rodadas de sábado até hoje, 16 a 20 de setembro, na 37ª colocação, com 359 (74-71-70-73-71) tacadas, uma abaixo do par. As 25 primeiras ganharam cartão para a Categoria 8. As classificadas do 26º ao 60º lugar, entram, nesta ordem, na Categoria 9b, que dá direito a jogar quase todos os torneios do próximo ano, menos os majors, que tem classificação própria; os realizados em conjunto com outros circuito, onde as vagas para o LET são mais limitadas, e os de grande premiação, onde a procura é muito maior.

Luiza entra no clima de Marakesh. Arquivo pessoal

Dificuldade – A seletiva final do LET foi jogada por 106 golfistas que se revezaram em dois campos – o Palmgolf Ourika e Amelkis Golf Club durante os quatro primeiros dias. As 60 primeiras – já com cartões do LET garantidos para 2018 – classificaram-se para a rodada final, que definiu quem ficaria em cada uma das duas categorias oferecidas e sua prioridade de inscrição dentro delas.

“Eu podia ter terminado entre as 25, mas comecei muito mal no primeiro dia porque estava nervosa”, conta Luiza, que começou com quatro bogeys seguidos no campo do Amelkis, para jogar 74, duas acima, e empatar em 68º lugar. No segundo dia, no Palmgolf, Luiza reagiu ao fazer seis birdies para jogar 71, uma abaixo e subir para o 53º lugar.

Recuperação – De volta ao Amelkis, no terceiro dia, Luiza fez sua melhor volta da semana, com cinco birdies e dois bogeys, para jogar 70 (-2) e subir para o 38º lugar. No quarto dia, no Palmgolf, Luiza jogou três abaixo de ida, com um eagle e dois birdies, para ficar entre as 25 primeiras, mas devolveu quatro tacadas na segunda metade do campo, onde fez um duplo bogey, jogou 73 (+1) e caiu para o 45º lugar; mas foi o bastante para passar o corte e já garantir o cartão para 2018.

Nesta quarta, na volta final, onde todas as 60 classificadas jogaram no Palmgolf, Luiza fez um duplo bogey no 13, seu quarto buraco do dia (começou pelo 10), reagiu com três birdies seguidos, para jogar essa metade do campo em uma abaixo e terminar com 71 (-1). Pela sua colocação, ela será a 15º jogadora em prioridade de inscrição na Categoria 9b, quase a mesma em que Miriam Nagl jogou em 2016 (9a), quando se classificou para os Jogos do Rio, ou seja, com chances de jogar muitos torneios.

Profissionalismo – Luiza diz que jogou sem olhar para o placar, e nem percebeu que estava entre as Top 25 após e metade da quarta rodada. “Eu não olhei para leaderboard até hoje, só queria jogar, conta a brasileira, que já começa a pensar na carreira profissional.

Luiza é a brasileira mais bem classificada no Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR), na 530ª colocação, bem aquém do que poderia estar se jogasse mais torneios válidos. Ela, no entanto, deu prioridade os torneios das Categorias A, Elite e Profissional, os mais difíceis, preparando-se para os novos desafios da carreira.

Os campeonatos mais fracos que Luiza jogou em seus últimos 20 torneios válidos para o WAGR, do final de 2015 até hoje, foram a Los Andes de 2016 (categoria D) e o Amador do Brasil de 2016 e Copa Oro de 2017, no Uruguai (Categoria F). Este ano jogou apenas quatro torneios os dois últimos profissionais.

Alimonda – A seletiva final do LET não foi boa para a também paulista Victoria Alimonda, aonde ela tentava reconquistar o cartão que perdeu ao terminar a temporada em 112º lugar do ranking de prêmios, com € 3,488 ganhos em nove torneios. Lovelady, que começou a seletiva em quinto lugar com uma volta de quatro abaixo no Palmgolf, foi perdendo terreno e ficou em 65º lugar, com 292 (68-77-72-75) tacadas, duas acima da linha de corte. Vicky, como finalista da Q-School que não passou o corte, está na categoria 12a, um cartão condicional com poucas chances de jogar, ainda assim nos menores torneios.

A esperança de Lovelady agora é recorrer a convites para tentar jogar alguns torneios do LET em 2018. Ela também tem chances de jogar a LET Access Series, o circuito de acesso, onde fez muitos pontos para o ranking mundial, em 2016, para se classificar para os Jogos do Rio.

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