Tour Europeu tenta trazer o golfe para o século 21 sendo “ambicioso e agressivo” em 2017

14/12/2016

Rolex Series subsidiada, novo patrocinador, novos formatos e dress code liberal são apostas do circuito

 

Keith Pelley: apostando alto para reverter curva e fazer golfe europeu crescer a partir de seu circuito profissional

por Ricardo Fonseca

Quando o canadense Keith Pelley assumiu o cargo de executivo chefe do Tour Europeu, em Agosto de 2015, o circuito estava numa situação de insolvência. Perda de torneios e de patrocinadores, diminuição das bolsas de prêmios e debandada geral dos melhores profissionais para os EUA deixavam o segundo maior circuito profissional do mundo mais perto do fundo do peço do que da luz no fim do túnel da combalida economia europeia.

Pelley demorou um pouco a tomar as rédeas, lançou ideias de modernização ao vento, mas começou mostrar a que veio no final da temporada, em Dubai, quando anunciou a criação da Rolex Series, sete torneios com premiação mínima de US$ 7 milhões – que não inclui os quatro majors nem os quatro torneios dos World Golf Championships, a série mundial, que já pagam mais do que isso. Um total de 15 torneios de primeira grandeza capaz de conter a evasão dos novos talentos e até trazer os antigos de volta ao velho continente.

Millennias – As ideias que Pelley foi lançando ao vento chocaram alguns, mas foram sendo assimiladas. Profissionais jogando de bermudas; campeonatos noturnos em campos iluminados valendo para o ranking europeu; campeonatos de seis buracos, idem; dress code relaxado, ou liberal, se preferirem, e investimento pesado na mídia social, aonde estão os jovens, os Millennials, a Geração Y que nasceu nos anos 80 em diante, cresceu no mundo digital e representava, em 2012, um quinto (20%) da população mundial.

Pelley sabe que tem que virar o jogo a qualquer custo e, sabe-se agora, apostou pesado para criar a Rolex Series – um patrocinador que já era parceiro de longa data do Tour Europeu. Pelley admitiu que alguns dos eventos da série, provavelmente BMW PGA Championship, Dubai Duty Free Irish Open e Aberdeen Asset Management Scottish Open, serão subsidiados pelo Tour Europeu para pagar os US$ 7 milhões em prêmios, ou seja, o dinheiro sairá mais dos cofres do circuito do que da Rolex. Ele ficou de dar detalhes em breve, dizendo que a única forma de mudar era sendo “ambicioso e agressivo”.

Novo patamar – Seja de onde venha o dinheiro, para os profissionais o Tour Europeu já mudou de patamar. E a propaganda positiva começa s surtir efeito, com Pelley trazendo seu primeiro novo patrocinador para o circuito, o Rocco Forte Hotels, rede de hotéis de luxo ao redor do mundo, com escritórios em Londres, Roma, Frankfurt, Moscou, Madrid, Nova York e Los Angeles. Eles irão patrocinar um novo evento do Tour Europeu, em 2017, o Rocco Forte Open, na Sicilia, de 18 a 21 de maio.

Pelley também não desistiu e está mais perto de uma solução de criar uma parceira estratégica com o Tour Asiático, de quem o Tour Europeu já é “sócio” há vários anos. Já são 48 torneios no calendário de 2017, num circuito que há muito extravasou a fronteira europeia e hoje tem eventos na África, Ásia, Oriente Médio e Oceania, além de EUA e México, se considerarmos os majors e torneios da série mundial.

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