Andrey, Herik, Lauren e Duda recolocam brasil no Campeonato Mundial Amador de Golfe

03/07/2025

Homens ficaram com a segunda vaga das Américas; mulheres garantiram a última posição

por: Ricardo Fonseca

Desde 1958, data da criação do evento, até 2022, o Brasil foi a única nação, além dos Estados Unidos, a participar de todas as edições bienais do Campeonato Mundial Amador de Golfe por Equipes (WATC), ou seja, jogou 32 vezes seguidas no Troféu Eisenhower, masculino, e 29 vezes no Troféu Espírito Santo, feminino, que só foi criado em 1964. Isso mudou em 2023, após uma alteração no regulamento que reduziu pela metade o número de participantes do WATC e deixou o Brasil fora da disputa dos dois troféus, em Abu Dhabi.

Agora, graças a quatro talentosos golfistas – Andrey Xavier, Herik Machado, Lauren Grinberg e Maria Eduarda Rocha – o Brasil está de volta à competição mais importante do golfe mundial, que será jogada no Tanah Merah Country Club, em Singapura de 1 a 4 de outubro, para as mulheres, e de 8 a 11 de outubro, para os homens. Participam do Mundial 36 equipes masculinas e 36 femininas, sendo que têm vaga garantida o país sede e os Top 10 do ano anterior. As demais vagas são preenchidas conforme a soma das posições dos dois melhores jogadores de cada país no ranking mundial, respeitando um mínimo de três países por continente, valendo o ranking atualizado no dia 2 de julho.

Masculino – Com Andrey em 38º lugar no Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e Herik em 53º, o Brasil classificou-se na segunda vaga das Américas com um agregado de 91. Os EUA, campeões do ano anterior, já estavam, na chave. A terceira vaga das Américas ficou para a Guatemala (135 na soma dos dois melhores do ranking). Bolívia (139), Colômbia (179), México (246), Canadá (261), Argentina (287) e Panamá (335) entraram, pela ordem, nas vagas remanescentes. O total de países das Américas (9) só perde para o da Europa (14), com a Ásia em terceiro (7).

O ranking combinado de Andrey e Herik (91) é tão espetacular que coloca o Brasil em quinto lugar entre os 149 países filiados à Federação Internacional de Golfe (IGF). Essa soma de rankings só é superada pela dos EUA, que têm os dois melhores jogadores do WAGR (3), África do Sul (36), Inglaterra (55) e Escócia (69). EUA e África do Sul classificaram-se para o WATC por terem terminado entres os Top 10s em 2023, e Inglaterra e Escócia por terem os dois melhores rankings agregados no preenchimento das 18 vagas restantes para o total de 36.

Feminino – Entre as mulheres o Brasil passou o corte “raspando” ao ficar com a 36ª e última vaga, com os rankings combinados de Lauren Grinberg (306) e Maria Eduarda Rocha (328), soma de  634. As três vagas das Américas ficaram para EUA e Canadá, ambos Top 10 em 2023, e para a Colômbia de Maria Jose Marin (5) Silvia Escalante (115), que tem soma de 120.

Os demais países das Américas classificados no feminino são México (soma de 143), Chile (242) Peru (286) e Bolívia (510). O continente com mais países classificados para o Troféu Espírito Santo é a Europa (13), seguido por Ásia (9) e Américas (8). A regra de três países por continente só gerou uma aberração, Guam, do Oceania, cuja soma de rankings é de 4.358. Austrália e Nova Zelândia foram Top 10 em 2023. O mesmo aconteceu no masculino onde Guam soma 1.995.

Outras mudanças – Com o cancelamento – por causa da pandemia – do Mundial de 2020, previsto para Hong Kong, sede posteriormente alterada para Singapura, a competição só voltou a ser jogada em 2022, em Paris. Depois, o WATC foi antecipado em um ano e disputado em Abu Dhabi, em 2023. A partir daí a competição passou a ser jogada apenas em anos ímpares, para evitar coincidir com os Jogos Olímpicos. A edição seguinte já está marcada para 2027, em Marrocos.

Outra mudança importante – também visando reduzir custos – foi a redução de quatro para três integrantes por país, tanto o masculino como no feminino, introduzida a partir de 2014, no Japão. Valem para a competição por equipes os dois melhores resultados entre os três de cada time. Antes disso, cada país jogava com quatro jogadores, valendo os três melhores resultados de cada dia.

Recordes brasileiros – O Brasil já foi duas vezes medalha de bronze em mundiais. Primeiro no Troféu Eisenhower de 1974, no Campo de Golf Cajuiles, no La Romana, na República Dominicana, jogando com Jaime Gonzalez, Priscillo Diniz, Ricardo Rossi e Rafael Navarro e tendo Jesse Rinehart Jr. como capitão. Os EUA venceram e o Japão foi vice, apenas três tacadas à frente do Brasil. Jaime Gonzalez, foi o campeão individual, empatado com o americano Jerry Pate, que viria a ganhar o U.S. Open de 1976, dois anos depois.

O Brasil também foi medalha de bronze no Troféu Espírito Santo, em 1976, no Vilamoura Golf Club, em Algarve, Portugal, jogando com Beth Nickhorn, Maria Alice Gonzalez, Laura dos Santos e Yolanda Figueiredo, que acumulou o posto de capitã. O Brasil perdeu apenas para os EUA, o campeão, e para a França, que terminou em segundo lugar.

Recordes individuais – O Brasil tem ainda dois recordistas em participações em Mundiais: Beth Nickhorn , que esteve 13 vezes no Troféu Espírito Santo como jogadora e mais uma como capitã; e Roberto Gomez, que participou 12 vezes como jogador, além de outras duas como capitão. Desta forma, Beth e Gomez dividem a honra de ter representado o Brasil 14 vezes na mais importante competição do golfe amador mundial.

 

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