15/12/2009
O médico canadense Anthony Galea, especialista em medicina esportiva que tratou de uma centena de atletas nos Estados Unidos, incluindo Tiger Woods (foto), está sendo investigado pelo FBI por fornecer drogas ilegais para seus clientes. Segundo o The New York Times, que revelou a história nesta segunda-feira, a investigação começou depois que Galea foi preso dia 15 de outubro, em Toronto, pela polícia canadense, duas semanas depois de sua assistente ter tentado atravessar a fronteira com drogas utilizadas para doping, entre elas hormônio do crescimento humano e Actovegin, extraído do sangue de bezerros. Usar, vencer ou importar Actovegin é proibido nos EUA.
Galea diz que começou a tratar Tiger Woods a pedido de seus agentes da IMG (International Management Group), que estariam preocupados com a lentidão da recuperação do número 1 do mundo após a cirurgia no joelho, feita em junho de 2008. Galea confirmou ao FBI que voou pelo menos quatro ou cinco vezes para encontrar Tiger em sua casa em Windemere, na Flórida, em fevereiro e março deste ano, e lhe aplicar uma terapia pioneira de reposição de plaquetas.
Hormônio do Cresimento – Galea ganhou fama entre os atletas de elite por acelerar sua recuperação pós-cirurgica ou mesmo evitar as cirurgias usando uma técnica de substituição sanguínea conhecida como terapia do plasma rico em plaquetas e outras técnicas experimentais em joelhos, cotovelos e tendões de Aquiles. O médico confessou que prescreveu hormônio do crescimento humano para inúmeros pacientes durante a última década, mas garante que nunca ministrou a droga em atletas profissionais.
Procurado pelo The New York Times para confirmar a história, Mark Steinberg, o agente da IMG que cuida da carreira dos Estados Unidos, respondeu por e-mail: “Eu posso pedir encarecidamente a vocês que não publiquem essa história? Se Tiger NÃO (grifo dele) não está implicado, e não estará, vamos, por favor, dar um tempo para o garoto.” O The New York Times publicou a reportagem e o e-mail.
Computador – O médico, que trata de dezenas de jogadores da N.F.L. e medalhistas olímpicos, está sendo investigado também pela Real Polícia Montada do Canadá por contrabando e propaganda de drogas que não foram aprovadas para venda, bem como conspiração criminal. O advogado de Galea nega tudo, diz que os medicamentos eram para uso do próprio médico, mas seu cliente decidiu colaborar com as investigações depois que seu laptop foi apreendido.
Segundo fontes do The New York Times, o FBI está baseando suas investigações em informações médicas encontradas no computador de Galea sobre muitos atletas profissionais que ele trata. Os nomes desses atletas não foram revelados. Galea confirmou que prescreve hormônio do crescimento humano para pacientes com mais de 40 anos, para aumentar sua força e para combater a fadiga.
Doping – A prescrição a droga é legal no Canadá, mas nos EUA só pode ser usada em casos muito específicos, o que não inclui a recuperação de cirurgias ou contusões. A WADA (Associação Mundial Anti-Drogas, na sigla em inglês) baniu os hormônios de crescimento humano, apesar de não poder testar seu uso porque é necessário um exame de sangue.
Galea garante que não usou Actovegin para tratar Tiger Woods ou outro atleta americano, apenas os canadenses. E assegura que nunca ministrou o medicamento junto com as injeções de plasma enriquecido. O médico diz que no caso do golfista, ele usou uma centrífuga emprestada de um médico de Orlando para retirar sangue de Woods, centrifugá-lo, coletar o plasma com plaquetas concentradas e injetar uma pequena quantidade diretamente no joelho esquerdo do jogador.
Woods – Galea diz que trocou mensagens de texto com Woods após o British Open, em julho, quando seu joelho teria começado a incomodá-lo novamente, justamente quando Woods não passou num major pela segunda vez na carreira. Em outubro, Woods reclamou novamente de dores no joelho, mas o médico diz que não voltou a vê-lo por causa das investigações.
Um dos remédios que a polícia confirmou que Woods tomara no dia do acidente de carro, em novembro, era o Vicodin, que tem como princípio ativo a hidrocodona, um narcótico com propriedades analgésicas utilizado para dores fortes.
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