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Jogos do Rio 2016: após 83 semanas ininterruptas, Adilson perde vaga por mérito próprio

29/02/2016

Gaúcho continua no ranking olímpico de golfe, na vaga reserva ao Brasil como país sede

Adilson: 84 semanas no ranking olímpico, sem ficar fora uma semana sequer desde que a corrida para o Rio 2016 começou em julho de 2014

por: Ricardo Fonseca

Ao não passar três cortes consecutivos e deixar de pontuar para o ranking mundial na última semana por apenas uma tacada – somou 282 (72-67-73-70) tacadas, seis abaixo do par, para terminar em 29º lugar no Perth International, na Austrália, onde 28 jogadores marcaram pontos – o profissional gaúcho Adilson da Silva acabou perdendo a vaga por mérito próprio para os Jogos do Rio 2016, que ele mantinha havia 83 semanas ininterruptas, desde que a corrida olímpica começou. Na prática, nada muda, já que como melhor brasileiro do ranking Adilson ainda aparece em 60º lugar na lista, na vaga reservada ao país sede.

Adilson, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que aparece esta semana em 364º lugar e ainda tem boa vantagem sobre Lucas Lee, o segundo brasileiro do ranking mundial, na 409ª colocação, foi superado por Mardan Mamat, de Singapura, agora 336º do ranking mundial de golfe, que deu um salto de 49 posições depois de ter terminado em oitavo em Perth, no mesmo torneio que o brasileiro disputou. Mamat, cujo país não tem ainda nenhum jogador no ranking olímpico, teria direito à vaga não fosse a reserva para o país sede.

Miriam – No feminino, pela segunda semana consecutiva, a paranaense Miriam Nagl está classificada por mérito próprio para o Rio 2016, sem necessidade da vaga reservada ao Brasil. Miriam, que já esteve nesta situação, classificada por mérito próprio, no começo da corrida olímpica, no segundo semestre de 2014, manteve-se no ranking até julho de 2015, mesmo tendo parado um ano para ter filho. Nos Jogos do Rio, o golfe terá 60 homens e 60 mulheres, com limite de dois por país, ou quatro, desde que estejam todos entre os 15 primeiros do mundo. A uma vaga reservada ainda para cada continente, mas nunca necessidade de usá-las.

Pouco depois de voltar a jogar ela perdeu o posto por mérito próprio, continuando em 60º lugar, na vaga do Brasil, até ser superada no ranking mundial de golfe por Victoria Lovelady, que ocupou a vaga brasileira até fevereiro, quando Miriam ficou em décimo lugar na Nova Zelândia e recuperou o posto de melhor brasileira e a vaga por mérito próprio de uma só vez. Ambas não passaram o corte no torneio da última semana, na Austrália, e mantiveram suas colocações no ranking: Miriam em 482º lugar e Lovelady em 491º.