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LPGA Tou: transexual processa circuito e patrocinadores

13/10/2010

Lana Lawless, de 57 anos, foi impedida de disputar competição por não ter nascido mulher

Lana Lawless, ex-policial de 57 anos: exigindo na Justiça o direito de jogar golfe como mulher

Lana Lawless, uma ex-policial de 57 anos, que fez uma cirurgia de troca de sexo, em 2005, quando passou a ser oficialmente mulher, entrou esta semana com um processo contra o LPGA Tour alegando que a cláusula do circuito que exige que suas integrantes tenham “nascido mulher” viola as leis de direitos civis da Califórnia. Lana quer garantir na Justiça o direito de disputar o Long Drivers of America, competição que ela venceu em 2008, mas que a partir deste ano adotou as mesmas regras do LPGA Tour.

A transexual, que bateu um drive de 254 jardas contra um vento forte para ganhar a competição de drive mais longo há dois anos, teve sua inscrição negada por não ter nascido mulher o que, segundo ela, cerceia seu acesso e sua liberdade. O processo se estenda ao organizador, o Long Drivers of America, e a dois de seus patrocinadores, o Dick`s Sporting Goods e o Re/Max. Sobrou ainda para o CVS, patrocinador do LPGA Challenge, que começa nesta quinta-feira, em Danville, na Califórnia.

Outros casos – O processo deu entrada na United States District Court, em São Francisco, exigindo um ressarcimento por danos morais e um mandato que previna que outros transexuais sejam impedidos de jogar torneios eventos classificatórios na Califórnia. A dinamarquesa Mianne Bagger, também transexual, competiu no Women`s Australian Open de 2004 e, desde então, tem jogado torneios profissionais da Europa e na Austrália.

A regra sobre transexuais do LPGA é considerada ultrapassada por não acompanhar mudanças que ocorreram em outros esportes. Desde 2004, o Comitê Olímpico Internacional passou a admitir transexuais que tenham se submetido a cirurgia e concluído ao menos dois anos de terapia de reposição hormonal pós-operatória.A United States Golf Association (USGA), a Ladies Golf Union, da Grã Bretanha e o Ladies European Tour (LET), o similar europeu do LPGA, já permitem a presença de transexuais há anos.