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Lucky Loser: Fred Biondi recupera vaga na seletiva final para o Tour Europeu

04/11/2025

Brasileiro havia sido eliminado em um desempate de 10 jogadores por seis vagas

Fred: em busca de um tour para chamar de seu. Foto: reprodução FRI

por | Ricardo Fonseca

No tênis, onde o termo é mais comum, eles são chamados de “Lucky Loser”, algo como “perdedor sortudo”, para designar o atleta que perdeu na fase qualificatória, mas teve a sorte de entrar no torneio devido a alguma desistência na chave principal. No golfe, eles são os “alternates”, alguns com muita sorte também, como o brasileiro Fred Biondi, que perdeu a vaga na seletiva final para o Tour Europeu em um playoff entre dez golfistas pelas últimas seis vagas, mas a recuperou um dia depois, ao ser convocado como terceiro dos sete reservas que completarão a lista de 156 jogadores, após desistências de sete classificados.

No tênis, um dos mais famosos “Lucky Losers” foi o russo Andrey Rublev, hoje com 28 anos, que entrou como Lucky Loser no Croatia Open de 2017 e foi campeão de simples, a caminho de chegar ao Top 5 do mundo e ser campeão olímpico (duplas mistas) em Tóquio. No golfe, o caso mais emblemático de um alternate sortudo é o de John Daly, que era apenas o nono reserva e foi chamado às vésperas do PGA Championship de 1991, graças à desistência de Nick Price que foi acompanhar o nascimento de seu primeiro filho. Daly, que já havia voltado para casa, dirigiu a noite toda, estreou quase sem dormir e venceu seu primeiro torneio do PGA Tour, logo em um major!

Nova Chance

Para Fred Biondi, mais do que um Lucky Loser, esta nova oportunidade de ter um tour para chamar de seu pode ser de imensa importância para sua carreira. Fred estreou como profissional na metade da temporada de 2023 do Korn Ferry Tour (KFT), o circuito de acesso ao PGA Tour, vaga que conseguiu por ser o segundo colocado do ranking universitário do PGA Tour, depois de ter sido campeão individual e por equipes (Florida Gators) da NCAA. Fred jogou 9 torneios do KFT em 2023 e outros 22, em 2024, quando terminou em 117º no ranking e não conseguiu manter o cartão para jogar este ano.

Entrar para o Tour Europeu ou qualquer outro circuito de primeira linha do golfe mundial é um trabalho hercúleo. O desafio de Fred, agora, de volta à seletiva final, é jogar seis rodadas seguidas enfrentando 155 jogadores, incluindo alguns dos melhores profissionais do circuito que haviam perdido seus cartões. O torneio será jogado de 7 a 12 de novembro, de sexta-feira desta semana até a próxima quarta-feira, nos campos Lakes & Hills do Infinitum Golf, em Tarragona, na Espanha.

Desafios

O primeiro desafio dos finalistas é passar o corte após os primeiros 72 buracos (quatro rodadas, duas em cada campo), que eliminará metade dos jogadores. Todos os que garantirem vaga nas duas rodadas finais ganharão ao menos um cartão para a Categoria 21 de prioridade de inscrição. Na prática, isso dá poucas oportunidades de competir, mas pode bastar para entrar em torneios menos cotados e de menor premiação. A prioridade de inscrição nos eventos seguirá a ordem da classificação final dentro da categoria, ou seja, quanto mais perto do corte um jogador chegar, melhor.

Apenas os 20 primeiro e empatados após as seis rodadas – 108 buracos – recebem o prêmio máximo, que é entrar na categoria 18 de prioridade de inscrição do Tour Europeu, sempre seguindo a ordem da classificação final da seletiva. A Categoria 18 permite jogar mais torneios, mas não todos da temporada e nenhum dos principais do circuito. A Categoria 18 também terá reclassificações internas periódicas. Entram também nesta categoria os dois primeiros colocados dos rankings finais do PGA Tour Americas, Sunshine Tour, Japan Tour, e Korean PGA

Destaques

Fred vai enfrentar muitos jogadores experientes, como ex-campeões de torneios do Tour Europeu, como Eddie Pepperell, James Morrison, Renato Paratore, David Horsey, Justin Harding, Gonzalo Fernandez-Castaño, Marc Warren, George Coetzee, Lee Slattery e Tom Lewis. O escocês Stephen Gallacher, que acaba de completar 50 anos, também estará em campo ao lado de ex-jogadores da Ryder Cup, como Oliver Wilson, Chris Wood e Edoardo Molinari, que foi vice-capitão de Luke Donald na recente vitória da Europa