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Médico de Tiger Woods indiciado por doping

19/05/2010

Anthony Galea pode ser condenado a 28 anos de prisão por ministrar drogas a atletas

Anthony Galea: médico de Toger Woods é indiciado por doping e pode ter tratado outros golfistas
Anthony Galea: médico de Tiger Woods é indiciado por doping e pode ter tratado outros golfistas

O médico canadense Anthony Galea que cuidou da recuperação do joelho de Tiger Woods após a cirurgia de reconstrução de um ligamento, feita em junho de 2008, foi indiciado nessa terça-feira acusado de ministrar tratamento ilegal a jogadores profissionais de futebol americano, com uso de drogas não aprovadas, incluindo HGH, o hormônio do crescimento humano. Se condenado, Galea pode pegar 28 anos de prisão e ser multado em milhões de dólares.

O processo contra Galea se iniciou quando um assistente seu tentou cruzar a fronteira dos Estados Unidos, vindo do Canadá, com uma pasta, em nome do médico, contendo drogas proibidas nos EUA. Galea foi preso pelos federais e confirmou em depoimento que tratava de muitos atletas nos EUA, incluindo Tiger Woods, apesar de não ter licença para exercer a medicina em solo americano.

Plasma – Woods confirmou que foi tratado por Galea, mas apenas para receber um tratamento conhecido como “terapia de plasma enriquecido”, ou “blood spinning”, que consiste em retirar o sangue do paciente, centrifugá-lo e re-injetar o plasma, agora com as plaquetas concentradas, no local da lesão. Para isso, Galea alugou uma centrífuga de uma clínica em Orlando.

Galea garantiu que o tratamento de Woods se resumiu a isso, mas não explicou porque se arriscou em trabalhar ilegalmente nos EUA se a “terapia de plasma enriquecido” é uma técnica tão banal, que pode ser feito em casa com equipamento alugado. Atleta e médico garantiram que o tratamento, que além do joelho teria sido aplicado também no tendão de Aquiles, se repetiu seis vezes, no começo de 2009, antes de Woods voltar a competir.

Conspiração – Woods não foi citado no processo criminal federal contra Galea, aberto pela procuradoria de Buffalo, em Nova York, mas garantiu “total cooperação” com as investigações. Além do HGH, Galea é acusado de ter ministrado uma droga proibida nos EUA, o Actovegin, de comércio ilegal e conspiração para enganar os Estados Unidos.

De acordo com documentos revelados pela The Associated Press, os clientes de Galea incluíam três jogadores da National Football League, um dos quais teria recebido do médico, em sua residência, dois kits de HGH, e outro injeções de Actovegin. As acusações de tratamento ilegal em atletas da Major League Baseball e em profissionais de golfe, incluindo Woods, ainda estão sendo investigadas. Pode sobrar para mais gente.

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