17/12/2009
Galea responde a processo no Canadá e está sob investigação por trabalhar ilegalmente nos EUA
Anthony Galea, o médico que tratou Tiger Woods e dezenas de atletas de ponta que se recobravam de cirurgias ou contusões graves, foi indiciado formalmente pelas autoridades do Canadá, na quarta-feira, acusado de conspiração para contrabandear, vender e usar em seus pacientes, uma droga não aprovada para fins medicinais, o Actovegin. A investigação sobre Galea (clique aqui para ler mais sobre esse assunto) começou depois que um assistente seu tentou cruzar a fronteira para os EUA com drogas ilegais, levando a polícia a obter uma ordem judicial para revistar o consultório do médico, que passou um dia preso.
Mas ao mesmo tempo em que Galea responde por esses crimes no Canadá, ele está sendo investigado pelo FBI americano pelas mesmas acusações. Com um agravante: Galea reconheceu ter tratado de Tiger Woods quatro ou cinco vezes, no começo deste ano, na casa do golfista, na Flórida, apesar de não ter licença para trabalhar como médico, ao menos naquele estado americano.
Doping – O assistente de Galea foi flagrado numa revista de rotina tentando entrar nos EUA com hormônio do crescimento humano (HGH, na sigla em inglês) e Actovegin, uma droga extraída do sangue de bezerros. O HGH é uma droga legal, mas de uso restrito nos EUA e um dos principais pesadelos no combate contra o doping no esporte, uma vez que ela é proibida, mas só pode ser detectada com exames de sangue, e não nos de urina. Já o Actovegin, usado pelo médico canadense para recuperar seus clientes de cirurgias, como a sofrida por Tiger Woods, não está aprovado para uso no Canadá e é proibido nos EUA.
Galea garante que nunca usou HGH em atletas dos EUA e que o Actovegin era para uso próprio. Mas o FBI não acreditou e baseia suas investigações nas informações que obteve do computador do médico, que foi apreendido e traz o nome de dezenas de atletas de alto nível e os tratamentos a que foram submetidos. Os nomes estão sendo mantidos em sigilo, por se tratar de uma investigação em andamento, mas tem muito campeão olímpico que não anda dormindo bem.
Woods – Galea disse que começou a tratar de Woods a pedido de seus agentes da IMG (International Management Group) preocupados com a lentidão da recuperação do número 1 do mundo após a cirurgia para reconstruir um ligamento do joelho feita em 2008 e que o deixou oito meses parado. Mas a IMG nega. “Ninguém na IMG já encontrou ou recomendou o Dr. Galea, nem nunca esteve preocupado com a velocidade da recuperação de Tiger, como o Times noticiou erroneamente. O tratamento usado por Tiger é uma terapia largamente aceita e qualquer sugestão de ilegalidade é imprudente e irresponsável”, disse Mark Steinberg, agente de Woods.
Galea disse ter voado quatro ou cinco vezes para a Flórida para tratar de Woods. Nessas ocasiões, utilizou uma centrífuga emprestada de um médico local para tirar sangue de Woods, centrifugá-lo para separar as plaquetas e injetá-las de volta no local da cirurgia. As plaquetas fatores de crescimento que ajudam a cicatrizar o tecido, mas também são usadas para aumentar o desempenho de atletas injetando-as diretamente no músculo.
A partir de 1º de janeiro de 2010, a WADA, a Agência Mundial Anti-Doping passa a proibir a técnica de injeções de plaquetas em músculos, passando a admiti-la apenas para tratar juntas e tendões desde que descrevam o procedimento e o reportem à WADA.
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