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Nikkei de Golfe do Brasil: duelo de líderes

07/11/2010

Oda, o nº 1 do Brasil, e Tsukazan, o nº 1 de S. Paulo, dominam torneio da colônia japonesa

Guilherme Oda: uma tacada na frente de Ivan Tsukazan no torneio de golfe da colônia japonesa

Guilherme Oda, o número 1 do ranking brasileiro, líder com 75 tacadas, e Ivan Tsukazan, o número 1 do ranking paulista, segundo colocado com 76, prometem um duelo de gigantes na decisão do 40º Campeonato Nikkei de Golfe do Brasil, neste domingo, no Arujá Golf Club, em Arujá (SP). Os dois foram os melhores entre os cinco jogadores que conseguiram terminar abaixo de 80 nesta sábado, na rodada de abertura do torneio da colônia japonesa no Brasil.

Luiz Miyagi, do Arujá, com 78 tacadas, e Oscar Oshii, do Pará, com 79, a boa surpresa do torneio até agora, completam o grupo dos líderes neste domingo, onde o sol promete substituir o dia de muita chuva que atormentou a vida dos 231 golfistas da colônia japonesa que disputam seu maior torneio. Roberto Oya, do Amazonas, outra grata surpresa, jogou 79 e está empatado em quarto lugar. Ele vai jogar ao lado do paranaense Enzo Miyamura (80), de Marcos Tubosaka, do Arujá (81), e de Toshio Tsukazan, de Santos, tio de Ivan (83).

Destaques – Oda, de Bauru, que venceu dois torneios nacionais este ano, acaba de representar o Brasil no Mundial Amador e volta a jogar pelo país na Copa Los Andes, no final do mês. Tsukazan vem de duas vitórias e um vice-campeonato em torneios do ranking paulista e de uma vitória e um vice-campeonato no ranking nacional.

Entre as mulheres, Silvia Sawada, do Arujá, jogou 79 para liderar com duas de vantagem sobre Ruriko Nakamura, do Lago Azul, a número 2 do Brasil e número 1 de São Paulo, favorita ao título, que jogou 81 e está empatada em segundo com Hiromi Suzuki, do Paraná. Miki Kojima, do PL, jogou 88 para ficar em quarto e completar o pelotão feminino.

Importância – Com mais de 3 mil jogadores, os descendentes de japoneses formam a maior e mais importante colônia do golfe brasileiro. Eles são particularmente importantes nas federações de São Paulo, Paraná (que tem um nikkei, Arata Hara, na presidência da federação estadual) e do Norte, tanto em número de jogadores, como no de clubes que comandam, muitos criados e mantidos pelas próprios nikkeis.

Nikkei é a denominação dada em língua japonesa (日系) para os descendentes de japoneses nascidos fora do Japão ou para japoneses que vivem regularmente no exterior.
O termo reúne os isseis (imigrantes japoneses), os nisseis (filhos de japoneses), os sanseis (netos de japoneses) e os yonseis (bisnetos de japoneses). No Brasil, onde a colonização japonesa começou oficialmente em 1908, ainda não há as demais gerações: gosseis (trisanetos), rokusseis (tetranetos), e shichisseis (pentanetos de japoneses).

Categorias – O 40º Nikkei de Golfe do Brasil reíune cinco categorias masculinas e três femininas. Os homens disputam os troféus das categorias com handicap até 11 e de 11,1 a 21,3; a sênior até 12,9 e de 13 a 23; e a super-sênior até 32,2. As mulheres jogam na handicap até 21,5; na sênior até 26,5; e na super-sênior até 30,7.

O maior campeão da história do Nikkei do Brasil entre homens e mulheres é Priscila Iida, ex-campeã amadora e número 1 do Brasil, que hoje é profissional no Japão. Ela é a segunda brasileira mais bem colocada no ranking mundial feminino, o que a coloca como potencial candidata para defender o Brasil na volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016.