29/02/2016
Ao superar Sergio Garcia, australiano encerra longo jejum e volta a vencer com putter curto
Scott, dez torneios depois de voltar ao putter curto, ele tem oito Top 10, 18 rodada sem jogar acima do par e, finalmente, o primeiro título com esse taco desde 2010
por Ricardo Fonseca
O título do Honda Classic, conquistado neste domingo, fez muito mais do que dar ao australiano Adam Scott o prêmio de US$ 1,1 milhão e recolocar o ex-número nos Top 10 do ranking mundial de golfe. Scott provou a si mesmo e ao mundo que é capaz de vencer sem o putter longo que usou por cinco anos, até as tacadas ancoradas serem proibidas, a partir deste ano. Tendo o putt curto como principal arma, Scott venceu o duelo contra o espanhol Sérgio Garcia, que começou o dia empatado com ele em primeiro, sem nunca deixar a liderança do torneio no difícil Champion course do PGA National, em Palm Beach Gardens, na Flórida, e seu temido Bear Trap, a sequência do 15 ao 17 onde poucos passaram incólumes.
Veja, abaixo, o vídeo com os melhores momentos da rodada
Scott, de 35 anos, que conquistou o seu único major no Masters de 2013 e chegou a número 1 do mundo pela primeira vez ao ganhar no Colonial, em 2014, não vencia um torneio desde então. Nesse período, viu os meninos de 20 e poucos anos brilhar. Jordan Spieth ganhou oito títulos, Rory McIlroy sete, Jason Day cinco e Rickie Fowler dois, 22 no total, enquanto ele despencava no ranking mundial e deixava as manchetes e as listas de favoritos.
Volta ao topo – Esse foi o primeiro título de Scott com um putt curto desde o Singapore Open de 2010. No Match Play Championship daquele ano ele passou a usar o putter longo, com o ponta encostada no peito, e fez história em sua vitória no Masters, quando se tornou o quarto jogador em seis majors a vencer com um putt ancorado. Apesar de ter vencido 18 títulos ao redor do mundo com o putter convencional, incluindo o The Players Championship e o Tour Championship, todos se lembravam dele com o “vassourão” na mão. Pouco importa que em 2004 Scott tenha sido o número 1 em “strokes gained”, à frente de Tiger Woods, Brad Faxon e Steve Stricker, antes de o PGA Tour começar a divulgar essa estatística.
Depois de passar para o putter longo, em 2011, Scott teve rápido sucesso, sendo campeão do Bridgestone Invitational e vice no Masters. Dois anos depois, vestiu a jaqueta verde ao embocar um putt de quatro metros para superar Angel Cabrera no playoff, a caminho de ser o número 1 do mundo. Seu declínio no ranking coincidiu com seu casamento com Marie Kojzar, ex-namorada de infância, em 2014 e o nascimento de sua filha, Bo Vera Scott, um ano depois. Também trocou de caddies duas vezes nesse período.
Duelo – A volta final do Honda foi um duelo com Garcia, apesar de Justin Thomas e Blayne Barber terem chegado a duas tacadas da liderança, antes de sucumbirem no final. Barber não fez um birdie sequer nos últimos sete buracos. Thomas um duplo bogey da banca do 17. Ambos empataram em terceiro, quatro tacadas atrás de Scott. Fowler, que foi líder dos dois primeiros dias sem um bogey sequer, começou perdendo por cinco e não deu sinal de vida, terminou em sexto, seis atrás, empatado com Vijay Singh, atrás ainda de Graeme McDowell, que somou quatro abaixo.
Enquanto Garcia abria o torneio com dez pares seguidos, Scott se impunha com birdies no 1 e no 5. Ele cedeu o empate com bogeys seguidos no 9 e 10, mas Garcia fez bogey no 11 para voltar a ficar uma atrás. Birdies de Scott no 12 e de Garcia no 13, mantiveram a situação. Ambos sobreviveram ao 15, que abre o Bear Trap, e fizeram bogeys juntos no 16. Garcia entregou o título ao fazer novo bogey no 17. No 18, par 5 atacável, Scott optou por fazer layup, chegar ao green com a terceira e depois de Garcia fazer birdie só precisou empurrar a bola para vencer por uma.
Página virada – Scott jogou agora dez torneios com o putter curto, desde a Presidents Cup, e fez oito Top 10s, com 18 rodada seguida sem jogar acima do par. Finalmente para ele e para a imprensa mundial, a troca dos putters deixou de ser assunto.
Jason Dufner jogou 75 na volta final, caiu para o 61º lugar no Honda, mas isso bastou para ficar entre os Top 10 da Fedex Cup e garantir vaga no Cadillac, torneio da série mundial, no Doral, na próxima semana. Também jogarão no Doral via Top 10 da Fedex, Graeme McDowell, Fabian Gomez e Smylie Kaufman.
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