05/07/2014
Auxiliares dos jogadores exigem plano de saúde, aposentadoria e direito a publicidade própria
Steve Williams: ostentando seu próprio patrocinador, a Valvoline, nos torneios de golfe do PGA Tour desde os tempos de Tiger Woods
Pela primeira vez na história do PGA Tour está sendo obrigado a negociar com os caddies de seus profissionais reunidos em uma associação e não está sabendo como lidar com isso. Criada na virada do ano, a Association of Professional Tour Caddies (APTC), que representa a maioria dos caddies do circuito tem uma série de reivindicações que não estão sendo atendidas e fizeram um ultimato ao PGA Tour. Os caddies exigem desde planos de saúde e aposentadoria ao direito de ter seus próprios patrocinadores e é para já.
A primeira reunião entre a APTC e o PGA Tour foi em 20 de janeiro, em La Jolla, na Califórnia, os caddies sentem que estão sendo “enrolados” pelos dirigentes do PGA Tour, que estariam propensos em ir adiando soluções. Por causa disso, a APTC escreveu uma carta que foi apresentada a Tim Finchem e ao Player Advisory Council durante o Quicken Loans National, o torneio que tem Tiger Woods como anfitrião.
Obstáculos – “A APTC tem trabalhado incansavelmente para elaborar uma estrutura mutuamente benéfica para os caddies e para o PGA Tour com o objetivo de atingir seus fins, apoiando o circuito e, mais importante, os seus jogadores” defende a carta dos caddies. “No entanto, só temos encontrado obstáculos e falta de compromisso do Tour”, diz a carta que teve uma cópia vazada para a imprensa. Ty Votaw vice-presidente executivo e de assuntos internacionais do PGA Tour teria declinado de comentar a carta dos caddies quando procurado pelos jornalistas.
Os caddies reclamam na carta que tem recebido informações contraditórias do PGA Tour e que seus representantes disseram a princípio que os caddies, como os jogadores, tinham o direito de ter seus próprios patrocinadores. Mais tarde, o PGA Tour teria imposto restrições aos caddies.
Patrocinadores – De acordo com a dos caddies, teria sido proibido que eles tivessem patrocinadores que conflitassem com os patrocinadores do PGA Tour, o que, alegam, não é exigido dos jogadores. Os caddies lembram que Lee Westwood, por exemplo, tem patrocínio da UPS, que é claramente conflitante com a FedEx, maior patrocinadora do circuito.
Além disso, o PGA Tour teria feito um acordo com a Nature Valley que inclui o “pool de caddies”, destinando a eles US$ 500 mil, distribuidos conforme o desempenho dos seus jogadores. “Os caddies não foram ouvidos nesse acordo de exclusividade”, diz a carta da APTC. “Por essas ações o Tour tem impedido que os caddies participem das negociações”, denunciam os caddies, que propuseram que o PGA Tour pagasse 10 milhões por ano destinado a um plano de seguro e aposentaria em troca de usar os patrocinadores do Tour nos jalecos, mas não obtiveram resposta a sua reivindicação.
Ele pode – Ter seus próprios patrocinadores nunca foi empecilho para alguns caddies, como Steve Williams, que tanto em seus anos com Tiger, como agora, com Adam Scott, que nunca teve problema para estampar o logo da Valvoline, seu patrocinador, na camisa, nem mesmo no Masters, onde resquícios do racismo do Sul dos EUA ainda exigem que todos os caddies joguem com macacões brancos cobrindo todo o corpo. Tanto com Tiger, como com Scott, ao chegar ao green do 18 Steve retira seu macacão para mostrar o patrocinador.
Mesmo quando não eram reunidos em uma associação como agora, os caddies já conseguiram importantes vitórias no PGA Tour, como o direito de usar bermudas, como os caddies do LPGA Tour já vinham tendo. O PGA Tour cedeu o permitiu, embora aos profissionais do circuito, bem como de outros grandes Tours do mundo, ainda seja exigido calça comprida dos jogadores, já que consideram um crime mostrar a perna dos atletas de um esporte oficialmente olímpico desde 2009. Outros circuitos profissionais já liberaram bermudas há tempos, antecedendo-se ao que parece inevitável.
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