20/01/2016
Stadium Course, de Pete Dye, excluído logo após sua estreia, em 1987, volta ao circuito
Acima, paisagens do Stadium Course, com destaque para o 17 (foto maior); abaixo, Luca Lee treinando no campo de Pete Dye. com o amigo Kevin Na
por: Ricardo Fonseca
Não bastasse a pressão de enfrentar dez dos 50 melhores profissionais do mundo em seu primeiro torneio no PGA Tour, em 2016, um Pro-Am onde jogará cada dia ao lado de um amador diferente, o brasileiro Lucas Lee ainda terá o desafio de jogar num dos campos mais difíceis do mundo, o PGA West TPC Stadium Course, um design de Pete Dye que o público deverá amar ver na televisão, mas que os profissionais odeiam. Usado pela primeira e última vez em 1987, entre os três campos do rodízio do CareerBuilder Challenge, o Stadium Course foi banido do PGA Tour por pressão dos profissionais, que o achavam complicado e injusto demais. Retorna 29 anos depois, para uma das três rodadas antes do corte e como sede da volta final, domingo.
O Golf Channel transmite os quatro dias de torneio, ao vivo, para toda a América Latina, das 17 horas às 21 horas.
Há três décadas, o conceito de “Stadium Course”, introduzido por Pete Dye, foi uma revolução, uma vez que ele permite ao público uma melhor visão de todo o percurso (daí o nome de estádio). Um bom exemplo disso é o campo de Búzios, que Pete Dye projetou e começou a construir e Dan Blankenship, seu shaper na época, concluiu, dando início à sua carreira solo de designer. Do morro central do campo de Búzios, tem-se visão de praticamente todo o campo. Muitos campos de Dan no Brasil, como o Alphaville Graciosa, no Paraná, tem essa característica. Dye respondeu na época a seus críticos com uma frase famosa: “O golfe não é um jogo justo, por que então construir um campo justo?”.
Risco a cada tacada – O problema para os profissionais no Stadium Course é que eles são obrigados a pensar a cada tacada nesse par 72 de 7.113 jardas, caprichosamente movimentadas do tee ao green, e avaliar se aceitam o risco oferecido pelo design de procurar as melhores linhas para atacar cada buraco, todas perigosamente perto de grandes problemas. Quem não conseguir a jogada pretendida, vai pagar, muitas vezes caro demais. A máxima que não se ganha, mas se pode perder um torneio num único buraco se aplica bem aí.
Dye caprichou nos três buracos finais, pares 5, 3 e 4, como preferem muitos arquitetos. No buraco 16, par 5 de apenas 560 jardas, chamado de “Falha de San Andreas” em homenagem ao encontro de placas tectônicas que ameaça engolir a Califórnia, a linha mais curta, pela esquerda do dog-leg, coloca em jogo duas enormes e profundas bancas. O 17, par 3 de 165 jardas carinhosamente chamado de “Alcatraz”, é uma ilha defendida apenas por um por bunker na linha de jogo. Jogar para a bandeira deixa pouca margem de erro. E o 18, par 4 de 435, o “Coliseu” outro dog-leg para a esquerda, tem água do tee ao green e quatro grandes e ameaçadoras bancas à direta da raia estreita. A única alternativa é bater um ótimo drive e depois flertar com a água no segundo tiro.
Lucas – O brasileiro vai ter um refresco nos dois primeiros dias. Na quinta, Lucas joga no último grupo, às 10h30 locais (16h20 no Brasil), pelo tee do 10, no La Quinta Country Club ao lado do empresário William Lauder. Sexta é a vez de o brasileiro encarar o percurso de Jack Nicklaus Tournament Course, que também volta ao rodízio este ano (saíram o Palmer Private e o Nicklaus Private). Lucas sai às 10 horas pelo tee do 1 com o esquiador mexicano Mark Montoya. Sábado é a vez do Stadium Course, saindo pelo 10 às 9h30, com do financista Stuart Katzoff. Se passar o corte, volta ao Stadium Course no domingo, único campo que deverá aparecer na televisão (Golf Channel ao vivo para o Brasil).
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