PGA Tour: trazendo os executivos de volta aos negócios

08/02/2010


Empresas sócias do “Tour Club” presenteiam convidados com passes para acesso a áreas restritas


A sede do Augusta National é um templo sagrado para quem ama o golfe
    Sede do Augusta National: acesso restrito a poucos, mas liberado para os membros do Tour Club

Colocar seu logotipo em tendas de hospitalidade dos torneios de golfe dos Estados Unidos, onde convidados tem acesso a comida e bebida farta, entre outras regalias, tornou-se um risco para muitas empresas nos tempos bicudos da crise financeira mundial. Um exemplo é o banco Northern Trust, que há um ano recebeu pesadas críticas por ter organizado festas suntuosas para empresários, em Los Angeles, na semana de seu torneio de golfe, depois de ter recebido gorda ajuda em dinheiro do governo federal.

Outros, com o Wells Fargo, que comprou o banco Wachovia na iminência de quebrar, preferiu nem colocar seu nome no evento que patrocina até 2014, o Quail Hollow Championship em Charlotte, na Carolina do Norte. Afinal, o banco passava por uma grande reestruturação, com demissões em massa, e mimar executivos com festas e investir milhões de dólares num torneio de golfe, apesar de rentável para a instituição, era difícil de explicar em meio à caça às bruxas.

Solução criativa – O PGA Tour sentiu o golpe, uma vez que a venda de tendas de hospitalidade era uma importante fonte de receitas para a entidade. Mas encontrou a solução. O Northern Trust Open, encerrado neste domingo, foi o primeiro torneio onde passou a funcionar o novo Tour Club, uma nova forma dos VIPs voltarem aos torneios de golfe. O Tour Club, oferecido pelo PGA Tour, permite que empresas mandem seus executivos, clientes e convidados aos torneios de golfe, onde eles tem acesso às áreas restritas, como a sede do clube e outras dependências que onde antes só entravam jogadores, imprensa e dirigentes. Algo como ter acesso aos boxes na Fórmula-1.

A brincadeira não sai barata. A adesão custa de US$ 200 mil a US$ 690 mil e as anuidades começam em US$ 123 mil, dependendo do número de passes livres recebidos. “No final, o Tour Club custa mais barato do que manter uma cabine de luxo num estádio de beisebol ou futebol”, compara Ben Addoms, o executivo que comanda a novidade.

Regalias – As grandes corporações que aderirem ao programa podem receber até 100 passes de livre acesso, que valem para o PGA Tour, Champions Tour e Nationwide Tour. Com esses crachás, os convidados podem circular dentro das cordas que limitam o acesso aos lugares mais desejados dos torneios de golfe. Só não vale dentro das cordas que limitam a área de jogo, onde só fotógrafos e cinegrafistas credenciados tem acesso.

Na semana do Northern Trust Open havia apenas oito desses felizardos, mas o número deve crescer rapidamente. O grupo tomou café da manhã na sede do Riviera Country Club, andou pelo centro de imprensa e descansou na tenda de hospitalidade do próprio PGA Tour. Depois, alguns foram acompanhar o torneio, enquanto outros preferiram jogar golfe num campo privado anexo.

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