Regras: Mudanças confirmadas para 2010

01/07/2009


Circuitos profissionais
obrigarão jogadores a usar ferros e wedges com restrições nos grooves, a partir
de 1º de janeiro


por: Ricardo Fonseca

Limitações nos grooves entram em vigor em 2010De nada adiantou a pressão de
última hora feita pelos fabricantes, em especial pela Ping que, aliás, já
venceu uma batalha dessas contra o PGA Tour no caso dos famosos grooves
retangulares dos Ping Eye 2. Tim Finchem, o executivo do PGA Tour garantiu
ontem, terça, na sede da entidade, que as novas regras que limitam os desenhos
dos grooves de ferros e wedges, passam a valer a partir de 1º de janeiro no PGA
Tour, através das “Condições da Competição” do circuito.

Calma! Isso nada tem a ver
com o comum mortal, que vai poder continuando seus tacos até 2026 no dia a dia
de seu clube. A critério das entidades nacionais – no caso a Confederação
Brasileira de Golfe – poderão ser adotadas “Condições da Competição” exigindo a
aplicação da nova regra já a partir de 2014, mas apenas para jogadores de alto
desempenho, ou seja, no Aberto e Amador do Brasil e, talvez, no ranking
nacional. Clique aqui para ler reportagem detalhada sobre as limitações nos
grooves e o cronograma de implantação, no canal de Regras do site.

Fabricantes – Como se vê, há muito tempo
para as mudanças e ninguém – a não ser os profissionais, é claro, vão ser
atropelados pelas novas regras, publicadas em junho de 2009. A grande gritaria dos
fabricantes e de alguns de seus patrocinados é pelo fato de que, a partir de
2010, todos os tacos já deverão ser fabricados dentro das novas especificações.

É bom lembrar que a limitação
no formato e volume dos grooves só vale para tacos com loft superior a 25º, na
prática, do ferro 5 aos wedges, não afetando drivers, putters e a maioria de híbridos
e madeiras. A idéia é tornar as tacadas a partir do rough mais difíceis, pela
dificuldade de gerar efeitos com a grama que fica entre a bola e a face do taco
no momento do impacto. Os grooves atuais, com arestas afiadas, cortam e “engolem”
a grama, facilitando a tarefa.

Tiger – Tiger aprovou a idéia, até
porque ele já vinha treinando com tacos de acordo com a nova regra. “Acho ótimo”,
diz o número 1 do mundo. “Nós tivemos bastante tempo para nos adaptar às
mudanças e todas os fabricantes já fizeram os testes dos novos modelos”,
explica.

Segundo Tiger, os novos tacos
vão mudar a forma como os profissionais atacam os buracos de par 5 ou os par 4
mais curtos, pois errar a raia vai tornar a vida mais complicada. “Vai custar
um pouco mais caro jogar do rough”, prevê o número 1 do mundo.

Tiger, na verdade, prevê que
será menos afetado pelas limitações dos grooves porque ele já usa bolas macias
para jogar, que geram mais spin do que as bolas duras. “Os caras que usam bolas
duras vão ter um processo de adaptação mais difícil”, prevê Tiger, que usou protótipos de tacos de acordo com as nvoas regras durante seu período fora das competições.

Reações – Ian Poulter, ao contrário,
escreveu em seu Twitter que “A USGA está louca por adotar a nova regra tão
rapidamente, o que vai custar milhões de dólares para as fábricas desenvolverem
novos equipamentos”, critica o inglês. “Graças à USGA e ao R&A, todos vão passar a jogar com
bolas macias”.

Para os jogadores com
handicap de dois dígitos, as novas regras pouco mudarão, agora ou em 2026. De
acordo com estudo feito pela Bloomberg News, amadores que usam os grooves do
rough, a uma distância de 100
a200
jardas, acertam os greens apenas 13,1%. A média entre os
profissionais é de 49% de acerto, ou seja, o rough quase não faz diferença para
eles hoje.

 

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