Rocha luta o dia todo, mas não passa corte em Pebble Beach

13/02/2011


Bogey no penúltimo buraco tirou brasileiro da decisão do torneio do PGA Tour


Rocha: tudo ou nada no buraco final pode ter lhe custado o segundo prêmio em dinheiro no PGA Tour
   Rocha: tudo ou nada no buraco final pode ter lhe custado o segundo prêmio em dinheiro da temporada

por: Ricardo Fonseca

O profissional paulista Alex Rocha lutou como um leão neste sábado, deu boas tacadas, chegou perto, muito perto, mas não conseguiu passar o corte do Pro-Am de Pebble Beach, torneio do PGA Tour que termina neste domingo, na Califórnia. Depois de jogar os primeiros 16 buracos em uma abaixo do par, o que o colocava na 54ª colocação, Rocha fez um bogey no buraco 8, seu penúltimo do dia, que o tiraria do torneio. No tudo ou nada, fechou a rodada com um duplo bogey, mas aí, não valia mais nada. Ou quase.

O dia começou festivo para o grupo de Rocha, com o público no primeiro tee cantando “Parabéns a Você” para David Dube, o amador canadense que formou dupla com Rocha e completou 47 anos neste sábado. Mas, no campo de Pebble Beach, o terceiro do rodízio antes do corte, as coisas foram mais difíceis para Rocha, que começou a volta com uma abaixo no total, em 62º lugar e portanto uma além da linha de corte, que deixarias apenas os 60 primeiros e empatados disputar o prêmios de R$ 6,3 milhão, sendo US$ 1,13 milhão para o campeão, neste domingo, novamente em Pebble Beach.

Susto – Rocha jogou para par nos quatro primeiros buracos, mesmo tendo errado a raia do 11, seu segundo buraco do dia. No 14, o primeiro par cinco do dia, começaram os problemas de Rocha, que bateu um bom drive, fez um lay-up para 100 jardas antes da bandeira, mas errou o green pela esquerda com a terceira e só entrou com a quarta, mesmo assim para ficar a sete metros da bandeira. Dois putts lhe custaram o primeiro bogey do dia e a queda para perto da 80ª colocação.

O brasileiro não desanimou e continuou correndo atrás do resultado que precisava para passar seu segundo corte em três torneios. No 15, Rocha ficou curto do green, mas quase embocou de fora. Ele ainda jogou para birdie nos quatro buracos seguintes, mesmo batendo o primeiro putt de longe. Rocha só retornou ao jogo no buraco 2, um par 5, onde entrou com a segunda no green e fez birdie para voltar ao par do campo na rodada e uma abaixo no torneio. Mas ainda não bastava, com o corte previsto em uma abaixo.

Virada – Nos três buracos, seguintes Rocha voltou a jogar para birdie, sempre deixando perto seus putts de 5 a 6 metros de distância. No buraco 6, o último par 5 do dia, Rocha deixou a segunda 22 jardas antes do green, tocou a terceira a um metro da bandeira e fez o birdie que o deixava com duas abaixo no total, o suficiente para garantir a vaga. Ele era o 54º colocado neste momento.

Mas depois de errar um putt de quatro metros para birdie no buraco 7, toda a luta do dia foi por água abaixo no buraco seguinte, o oito, um par 4 de 418 jardas em curva para a direita, onde o mar invade a linha da raia e obriga a colocar a bola antes dele, a umas 170 jardas da bandeira. Rocha bateu um drive perfeito, na esquerda da raia, onde tinha um bom ângulo para entrar no green, mas deixou a segunda curta, a 17 jardas no buraco. Seu terceiro tiro parou cedo demais, a três metros da bandeira, e ele não embocou o putt para salvar o par. Bogey que o tirava mais uma vez da linha de corte.

Desespero – Na base do tudo ou nada, Rocha fechou o dia com um duplo bogey no 9, onde forçou as duas primeiras tacadas, caiu na banca à esquerda do green, saiu mal para a grama alta, ainda antes do green, entrou com a quarta e não embocou de três metros de distância. Um duplo-bogey que lhe deu uma volta de 74 tacadas, duas acima do par, e adia até dentro de suas semanas, no México, seu sonho de voltar disputar uma final do PGA Tour.

O curioso é que embora o corte tenha sido definido para os 60 primeiros e empatados, o par no último buraco colocaria o brasileiro oficialmente entre os que passaram o corte e lhe daria seu segundo prêmio em dinheiro, embora não lhe desse o direito de jogar neste domingo. Isso, porque, o corte oficial de 70 e empatados só foi reduzido para o número mais perto de 60 por causa das condições especiais desse Pro-Am, que só tem corte após três rodadas, mas não tira os direito dos que ficaram na posição seguinte a seu prêmio. Trata-se mais uma vez do limbo daqueles jogadores que passam o corte mas não jogam no final de semana, os MDF (Made the Cut but Did not Finish), o que já aconteceu com Rocha em sua estréia no circuito, no Havaí.

Título – Mesmo jogando mal neste sábado, as 71 tacadas, uma acima do par, do americano Steve Marino no campo do Monterey, bastaram para que ele continuasse a ser líder isolado do torneio, com dez abaixo do par e uma à frente de Jimmy Walker, que jogou 63 no Monterey, e de Bryce Molder, que marcou 68 (-4) no Spyglass Hill. D.A. Points vem outra atrás depois de jogar 71 em Pebble Beach.

Phil Mickelson, número 4 do mundo e três vezes campeão em Pebble Beach, fez três birdies nos cinco buracos finais para jogar 69 em Pebble Beach e subiu para o 11ºlugar, a cinco tacadas do primeiro colocado e a quatro dos vice-líderes. O australiano Geoff Ogilvy, ex-campeão do US Open, e Mark Wilson, que vem de duas vitórias nos três últimos torneios, estão entre os que não passaram o corte. Jeff Maggert, que vinha de voltas de 75 e 74 tacadas, tocou 62, oito abaixo, no campo do Monterey e passou o corte raspando.

  • Onde Jogar

    Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços

  • Turismo

    Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course

  • Golfe 2016

    Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50


  • Newsletter

    Golfe.esp.br - O Portal Brasileiro do Golfe

    © Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados