Ryder Cup: feitiço vira contra o feiticeiro

30/09/2010


Mickelson defende McIlroy no bate-boca com Woods e expõe divisão do time americano


Equipe européia da Ryder Cup: unidos em defesa de McIlroy. Cortesia PGA of America
  Equipe européia da Ryder Cup: unidos em defesa de McIlroy. Cortesia PGA of America

Ao mexer com os brios de uma nação continental e com um continente de nações, a Ryder Cup muitas vezes vive clima de Copa do Mundo de Futebol, ou, pior, de eleições brasileiras, no que se refere à oportunidade de procurar atingir o oponente acima da medalhinha. Foi o que fez o capitão Corey Pavin, seguido por Tiger Woods, ao relembrar uma frase de Rory McIlroy, dita um mês antes, em que o norte-irlandês falava de seu desejo de enfrentar Tiger Woods.

Pavin levantou a bola em sua coletiva de imprensa no Celtic Manor, sede da Ryder Cup, ao dizer que todos que falaram de Tiger antes queimaram a língua, e Tiger aproveitou para chutar: “Eu também!”, disparou o número 1 do mundo, com um sorriso, quando perguntado o que achava de McIlroy dizer que esperava ter a chance de enfrentá-lo. Mas o que era apenas uma forma de colocar pressão no novato da equipe européia, ganhou uma repercussão anormal esta semana, quando a imprensa mundial, sobretudo os tablóides dos dois lados do Atlântico, ávida de sangue, não encontrava assunto nas manhãs e tardes chuvosas e tediosas de treinos em Gales.

Perucas – O time europeu veio em socorro de McIlroy, quebrando o clima tenso com uma brincadeira onde vários europeus apareceram usando perucas iguais à cabeleira do norte-irlandês, mas foi preciso Phil Mickelson para colocar fim à celeuma com uma defesa entusiasmada de McIlroy e algumas farpas para Woods.

“Ele (McIlroy) apenas sente o mesmo que qualquer outro jogador”, diz Mickelson. “Todo golfista quer desafios maiores e Tiger é o número 1 do ranking”, explica. “Ele apenas quer o mesmo que qualquer outro jogador, enfrentar o melhor e não há nisso nenhum controvérsia ou polêmica”, sentenciou.

Defesa – E foi além. “Rory é uma das pessoas mais gentis que você pode imaginar”, diz Mickelson. “Ele é um dos caras de maior classe no circuito e se dá bem com todo mundo”, explica. “Eu já joguei ao lado dele várias vezes e foi uma excelente experiência”, garante o número 2 do mundo.

Não bastasse defender o “inimigo” desta semana, Mickelson não perdeu a chance de alfinetar Woods. Perguntado sobre as chances de formar uma dupla com ele (juntos, Tiger e Phil perderam seus dois jogos na Ryder de Oakland Hills, em 2004), Mickelson não se fez de rogado. “Claro”, disse com um sorriso maroto. “A chance é muito grande de você vai ver isso na sexta-feira”, completou em tom de chacota, expondo a maior fragilidade da equipe americana: a falta de união entre suas maiores estrelas.

Fragilidade – Brincadeiras à parte Tiger Woods chega à sua sexta Ryder Cup numa posição inusitada. Pela primeira vez ele precisa mais da competição do que a competição dele. Depois de terminar a primeira temporada de sua carreira no PGA Tour sem vitórias e precisar pela primeira vez de um convite para integrar a equipe americana, Tiger necessita desesperadamente de um bom resultado para terminar o ano em alta. Além disso, Tiger, até hoje, só venceu uma Ryder Cup, em 1999, e o jejum de mais de uma década o incomoda.

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