Síndrome do Brasil: a ameaça nuclear e o golfe

15/03/2011


Catástrofe paralisa calendário feminino no Japão e coloca mundo de sobreaviso


Terceira explosão na usina atômica de Fukushina: solidariedade e apreensão
Terceira explosão na usina atômica e o anúnico do cancelamento do golfe: apreensão

por: Ricardo Fonseca

Lançado em 16 de março de 1979, o filme “The China Syndrome” (Síndrome da China, em português), com Jane Fonda, Jack Lemmon e Michael Douglas, mostrava a história fictícia em que um acidente numa usina nuclear nos EUA ameaçava derreter o núcleo com o combustível atômico que, uma vez iniciado o processo, afundaria hipoteticamente sem parar até atravessar todo o planeta e atingir o país antípoda (diametralmente oposto), no caso a China do nome do filme. Exatamente 12 dias depois de o filme estrear aconteceu o acidente com a usina nuclear Three Mile Island, da Pensilvânia, que por pouco não toma proporções catastróficas.

No caso do Japão, onde a ameaça de derretimento dos núcleos de três usinas nucleares de Fukushima Diichi, os antípodas somos nós, brasileiros, justamente o país onde existe o maior número de japoneses vivendo fora do Japão e onde a colônia japonesa é responsável – sem exagero – por quase um terço do golfe brasileiro. A Associação Nikkei de Golfe do Brasil tem 3.500 associados, mais de um terço dos jogadores que disputam competições regulares no país. O Portal Brasileiro do Golfe se solidariza com o povo japonês nesse momento difícil, em especial com os golfistas nikkeis, que vivem momento de angústia e preocupação, muitos ainda à espera de notícias de seus parentes e amigos.

Cancelamentos – Com o nordeste do Japão arrasado pelo maior terremoto da história daquele país e pelo tsunami cujas imagens ainda nos assombram, quase todas as competições esportivas daquele país foram paralisadas, incluindo o milionário Japan LPGA Tour, que já cancelou os torneios de Kochi, na semana passada, e de Kagoshima, que começaria nesta sexta-feira (veja aviso no site do JLPGA, ao lado). O calendário masculino só tem seu primeiro evento marcado para abril, em Mie, mas não há clima nem para discutir o que fazer. Os principais golfistas do Japão já estavam jogando nos EUA quando houve o terremoto. Com milhares de mortos e centenas de milhares de pessoas ainda sem água, luz e comida, não há clima para mais nada a não ser tentar socorrer as vítimas e ajudar a iniciar a reconstrução do país.

Como se não bastasse tanta tragédia, a ameaça nuclear parece cada vez mais forte e preocupante, desta vez não apenas para os japoneses, mas para toda a humanidade, com a atmosfera democraticamente lembrando que não existem fronteiras no mundo real. Fomos alertados por Three Mile Island, podíamos ter aprendido com Chernobyl, mas os erros continuam. Hegel ensinou que a história sempre se repete. Marx emendou, lembrando que a história acontece como tragédia, e se repete como farsa. Só nos resta esperar.

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