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Tiger Woods: Gatorade manda jogador pro espaço

27/02/2010

Pepsi torna-se a terceira grande empresa a cancelar oficialmente o patrocínio do número 1 do mundo

Gatorade rompe contrato com golfista Tiger Woods
Tiger Woods: Pepsi retira oficialmente o patrocínio da Gatorade

Três meses depois de tirar do mercado a linha Tiger Woods da Gatorade, a Pepsi anunciou nesta sexta-feira o rompimento de seu contrato de patrocínio com o número 1 do mundo. Na mesma semana em que Woods bateu o carro na madrugada do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, a Gatorade, que pertence à Pepsi, anunciou que não mais venderia os isotônicos com a marca Tiger, mas não rompeu oficialmente o contrato, o que só foi feito agora, depois de o jogador ter aparecido em público para assumir que traía a mulher, mentia para todos e ler um pedido de desculpas.

A Pepsi, que lançou com estardalhaço a linha Tiger, numa campanha em que o jogador aparecia no espaço (foto), torna-se, assim, a terceira grande empresa a dropar oficialmente o número 1 do mundo. A primeira foi a Accenture, que rompeu o contrato alegando que Woods não servia mais para representar a marca da empresa. Como retaliação, teve Tiger marcando sua reaparição bem no meio do Accenture Match Play, o que desviou a atenção da mídia de todo o mundo e prejudicou a divulgação do primeiro campeonato da série mundial.

Cancelamentos – A segunda empresa a demitir Tiger foi a AT&T, que tirou seu logotipo da bolsa do jogador e exigiu que ele não fosse mais o anfitrião do torneio – o AT&T National, que ela patrocina na semana do dia da pátria (4 de julho). Este ano e em 2011, o torneio que fora criado para Tiger Woods, será jogado no Aronimink Golf Club, na Pensilvânia, e não no Congressional, em Washington, que está sendo reformado para o U.S. Open do próximo ano. Accenture e AT&T eram os dois únicos patrocinadores de Tiger que tem seus próprios torneios de golfe no PGA Tour.

Assim como a AT&T, outras duas grandes empresas colocaram Tiger Woods na geladeira e esperam a melhor época para anunciar que o jogador não serve mais para representá-las. A primeira é a Procter & Gamble, que retirou do ar todas as campanhas da Gillette onde Tiger Woods aparecia e anunciou que não pretende usar sua imagem novamente. A outra é a Tag Heuer, que fez o mesmo com a linha de relógios com a marca Tiger, que não são mais fabricados, e não usa mais sua imagem nas campanhas publicitárias.

Desinformação – Apesar de alguns mal-informados torcedores de Tiger recusarem-se a admitir que seus principais patrocinadores abandonaram ou estão para abandonar o barco, uma vez que os nomes das empresas que não romperam oficialmente o contrato ainda aparecem no site do jogador, Darren Rovell, o principal repórter de negócios esportivos da CNBC, postou em seu Twitter nesta sexta-feira, que a Gillette e a Tag Heuer devem seguir o exemplo da Pepsi nos próximos dias.

Permanecem com Tiger a Nike, seu principal patrocinador; a EA Sports, que já havia lançado a linha de games PGA Tour Tiger Woods 2010 quando a crise começou; e outras menos importantes em termos de dinheiro, como NetJets, da qual Tiger é acionista; a TLC Vision, que Tiger comprou quando fez a cirurgia nos olhos; e a Upper Deck, além do Tiger Woods resort em Dubai, que está com as obras congeladas pela crise econômica que abalou as finanças o Emirado Árabe.

Sumiço – Mesmo quem ainda está com Tiger prefere guardar uma cautelosa distância do escândalo. A Nike tirou toda a publicidade com o número 1 do mundo da mídia e não usou a imagem do jogador ao lançar suas últimas linhas de madeiras, teoricamente desenvolvidas com a consultoria de Tiger. De acordo com a Nielsen, uma das líderes em pesquisa de mercado e mídia, Tiger não aparece em comerciais na tevê americana desde 29 de novembro.