Federação Paulista de Golfe completa 50 anos como a maior entidade estadual do golfe brasileiro

07/03/2023

Fundada em 8 de março de 1973, a FPGolfe reúne a maioria dos campos e dos golfistas do país

A Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) completa 50 anos em 8 março de 2023, uma marca histórica para a entidade e para o golfe no estado de São Paulo e no Brasil. Fundada em 1973, a FPGolfe é a maior entidade estadual desse esporte no país, reunindo quase metade dos clubes da modalidade (48) e dos golfistas brasileiros federados (4.212), com objetivo principal promover, organizar e desenvolver a prática do esporte no estado. Existe ainda um grande número de praticantes de golfe não federados, números que estão sendo atualizados pelo Censo do Golfe Brasileiro, que será concluído em breve.

Ao lado, de cima para baixo: a evolução dos logos da FPGolfe; a Ata de Fundação da entidade; o driving range e o campo do Honda Golf Center; vista do Sapezal Golfe Clube – FPGolfe; o logo e uma turma do Golfe Nota 10; Ademir Mazon lançando o Mulheres & Golfe e a primeira turma a se formar no programa; os campeões do Golfe Solidário Brasil e os alunos do Golfe Chave para o Futuro

Desde a sua fundação, a FPGolfe, que além de 46 clubes no estado de São Paulo, acolhe ainda o Poços de Caldas Golfe Clube, de Minas Gerais, e da Associação Terras de Golfe, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por estarem em estados limítrofes, tem se empenhado em incentivar a prática do golfe na região, seja por meio da organização de torneios e campeonatos, da realização de cursos e clínicas para jogadores iniciantes, avançados e profissionais de golfe, ou ainda investindo na manutenção de campos de golfe. Em 2023, o calendário da FPGolfe reúne o recorde de 67 competições, sendo 23 delas Abertos dos clubes filiados, e 12 valendo para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR).

História – A FPGolfe foi fundada em 8 de março de 1973, aproveitando que a administração da Associação Brasileira de Golfe (ABG) fora transferida para São Paulo, que já era o estado com o maior número de clubes de golfe no Brasil. Participaram da fundação da FPGolfe o Guarapiranga Golf & Country Club; o Clube de Campo de São Paulo; o São Paulo Golf Club; e o São Fernando Golf Club, que estiveram presentes na assembleia, além de Guarujá Golf Club; PL Golf Club; Internacional Golf Clube; Club de Golf de Campinas; Santos Golf Club; Bastos Golf Club; Arujá Golf Club e Clube de Golfe Santa Rita (hoje Associação Esportiva São José).

A Federação Rio-Grandense de Golfe (FRGG) foi fundada em 13 de outubro de 1966. Seguiu-se a FPGolfe, em 8 de março de 1973. Para atender às exigências da legislação esportiva do Brasil, a Federação de Golfe do Rio de Janeiro foi transformada, em 1976, na Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ), um ano depois da fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. Com isso, atingiu-se o mínimo de três federações exigidas por lei para que a ABG pudesse se transformar, no mesmo ano, na Confederação Brasileira de Golfe (CBGolfe).

A CBGolfe substituiu a Associação Brasileira de Golfe, criada em 1958 para que o Brasil pudesse participar do primeiro Campeonato Mundial de Golfe por Equipes (World Amateur Team Championship), o Troféu Eisenhower, em St Andrews, na Escócia. Graças a essa iniciativa, o Brasil e os Estados Unidos são os únicos dois países que estiveram presentes em todos os mundiais, a mais importante competição amadora de golfe do mundo. O Brasil já foi terceiro colocado tanto no Troféu Eisenhower, masculino, como no Troféu Espírito Santo, competição feminina do Mundial, criada em 1964.

Campos próprios – Uma das grandes conquistas da FPGolfe ao longo de seus 50 anos de existência é ter dois campos de golfe próprios: o Honda Golf Center, uma escola de golfe com campo executivo de 9 buracos de par 3, iluminados, ao lado do aeroporto de Congonha, na capital paulista, com uma infraestrutura completa para o aprendizado e para a prática do esporte, incluindo bate-bola, green de treino para embocadas e áreas de treinamento para jogadores iniciantes e avançados; e o Sapezal Golfe Clube, um campo oficial de nove buracos, em Indaiatuba, a uma hora da capital, com traçado tão bonito como desafiador.

A presença de dois campos de golfe de propriedade da FPGolfe tem sido um fator decisivo para o desenvolvimento do golfe no estado de São Paulo e no Brasil. Além de permitir a realização de torneios e campeonatos de alto nível, a presença desses campos é fundamental para a formação de novos jogadores e para o aprimoramento da técnica dos golfistas experientes.

Parcerias – Além disso, a FPGolfe tem trabalhado em parceria com outras entidades e organizações para fomentar o golfe no Brasil e expandir a prática do esporte para novos públicos. Entre as parcerias destaca-se a com o Brasil Kids Golf Tour (BKGT), para crianças iniciantes a partir dos 6 anos, com quem realiza competições conjuntas com os juvenis federados (até 18 anos), alguns deles já participando até de competições nacionais; e com a Associação Brasileira de Golfe Sênior (ABGS), cujas competições são válidas para os rankings pré-sênior (40 a 54 anos) e sênior (55 anos em diante) da FPGolfe. O Brasil é o atual campeão Sul-Americano Sênior por Equipes.

Outro aspecto importante da história da FPGolfe é o seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental. A entidade tem se empenhado em promover a prática do golfe de forma responsável e sustentável, investindo em tecnologias e práticas que visam reduzir o impacto ambiental da atividade. A FPGolfe tem ainda se empenhado em várias frentes para democratizar o acesso ao golfe e a difundir seus valores e benefícios para a sociedade como um todo, fazendo demonstrações em praças, shoppings, escolas e outros locais públicos.

Golfe Feminino – Historicamente, o golfe tem sido um esporte dominado por homens, com as mulheres enfrentando barreiras culturais e sociais para entrar na modalidade. No entanto, nos últimos anos, tem havido um aumento importante na participação feminina no golfe, impulsionado em parte por esforços para tornar o esporte mais inclusivo e acessível. Exemplo disso é o retorno do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio 2016 – com competições feminina e masculina -, precedido pela criação da Federação Internacional de Golfe (IGF) e de um ranking mundial feminino profissional (Rolex Ranking). Antes disso, a presença feminina se limitava a uma diretoria do Conselho Mundial Amador de Golfe (WAGC), que deu origem à IGF. A brasileira Vicky White foi por oito anos consecutivos a presidente feminina do WAGC.

Fundada na mesma data – 8 de março – , que dois anos antes foi definida pela ONU como o Dia Internacional das Mulheres, a FPGolfe sempre dedicou especial atenção ao golfe feminino, criando, já em primeiro ano de existência, a Taça Escudo, competição interclubes por handicaps só para as mulheres, que é disputada até hoje. Também se organiza este ano, pela 46ª vez, o Interclubes Feminino Scratch do Estado de São Paulo, para as golfistas de alto rendimento.

Mulheres & Golfe – Apesar de todos os esforços da FPGolfe, a porcentagem de mulheres jogando golfe em São Paulo ainda está bem abaixo da média mundial, que, segundo a IGF é de 20%, e ainda mais distante de países como os EUA, onde há 25% de mulheres golfistas. Para reverter esse quadro, entre outras ações, a FPGolfe criou, em 2020, em parceria com o Instituto Chaves, o programa “Mulheres & Golfe – com um evento inaugural no Sapezal Golfe Clube.

Em 2022, a FPGolfe deu outro importante passo para estimular o golfe feminino, passando a oferecer um pacote de oito aulas de golfe gratuitas para as mulheres, no Honda Golf Center, com posterior utilização do Sapezal para que as novas jogadoras tirassem handicap e se federassem, sem custo inicial. O sucesso da iniciativa foi tamanho que 125 mulheres já concluíram o curso e outras 275 estão nas turmas em andamento ou inscritas para iniciar o programa.

Chave para o Futuro – Além da parceria com os Kids, a FPGolfe tem um trabalho pioneiro para adolescentes, o projeto Golfe Chave para o Futuro, numa parceria da entidade com a Prefeitura de Indaiatuba, através das Secretarias Municipais de Cultura e Bem-Estar Social, da Hurra! e do Sapezal Golfe Clube, o campo oficial da FPGolfe, que hospeda a iniciativa.

Pioneiro na utilização da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte com a modalidade golfe e na criação da primeira escola de formação técnica para jovens, o projeto Golfe Chave para o Futuro objetiva a inclusão de adolescentes no mercado de trabalho, oferecendo a eles, além de aulas de golfe, cursos de formação de técnicos em manutenção de máquinas e equipamentos usados em campos de golfe, e de jardinagem, entre outros.

Alguns alunos do grupo pioneiro do Golfe Chave para o Futuro, em 2021, já foram contratados por empresas da região de Indaiatuba, onde existe uma grande quantidade de campos de polo e de golfe e muita demanda por profissionais da área. Em 2022 e 2023, o projeto Golfe Chave para o Futuro dobrou sua capacidade, passando a receber em seus cursos 200 jovens, que têm a oportunidade de encontrar no golfe o caminho para um futuro melhor.

Ação Solidária – Depois de sete anos representando o Brasil no Campeonato Latino-Americano de Golfe, que reúne 12 países da América Latina e a Espanha, no México, de 2015 a 2021, a FPGolfe estendeu a competição para todo o país, em 2022, criando, em parceria com a CBGolfe de demais federações, o Golfe Solidário Brasil. Nesse novo modelo, as seletivas nacionais passaram a arrecadar cestas básicas para as populações carentes de todo o país. Criou-se ainda um prêmio para o clube com maior arrecadação em cestas básicas, que ganhou o direito e enviar uma equipe própria, com tudo pago pelos patrocinadores, para jogar no Latino-Americano Interclubes, paralelo à competição principal.

Outros projeto de grande importância foi o Golfe Nota 10, criado na diretoria da Manuel Gama (2009 a 2013), e mantido em diretorias seguintes. O Golfe Nota 10 tornou-se um marco histórico para o desenvolvimento do golfe juvenil no Estado de São Paulo, ao levar a modalidade gratuitamente a cerca de 50 mil alunos de escolas públicas e particulares em dezenas de cidades do estado. Os jovens que se interessavam pelo esporte tinham a oportunidade de evoluir na modalidade em clubes locais, parceiros do projeto, ou no Honda Golf Center, da FPGolfe, inclusive participando de competições regionais, estaduais e até nacionais, para seguir carreira como amadores.

Outras iniciativas – Nos primeiros anos da história da FPGolfe destaca-se ainda a criação, em 1976, do primeiro Sistema de Handicap por computador do Brasil, sendo que três anos depois o sistema já estava disponível para ser utilizado por todos os clubes do estado de São Paulo. Uma modernidade que permitiu alavancar de maneira decisiva o desenvolvimento técnico do golfe em São Paulo e tornar mais justas as competições.

Em sua jornada a FPGolfe também investiu no golfe profissional, com destaque para o projeto CANCADDIE, uma competição que reunia anualmente caddies e funcionários dos clubes de São Paulo e de outros estados, dando oportunidade a todos de fazer carreira no golfe. Os três primeiros colocados dessa competição anual eram elevados a cargos de aspirantes a profissionais dos clubes. Muitos profissionais que hoje trabalham na área foram resultado deste projeto.

Presidentes –Ademir Mazon, que reassumiu a entidade, em 2023, para um segundo mandato de três anos, é o 12º presidente da FPGolfe. Muitos de seus antecessores comandaram a entidade por mais de um mandato, consecutivos ou não. Veja a lista completa:

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