Rocha aposta em novo equipamento e menos torneios para voltar ao PGA

11/02/2014


Brasileiro estreia no Web.com, na Colômbia, com 11 novos tacos na bolsa e nova bola


Rocha: novo equipamento, calendário enxuto e equipe campeã ao seu redor no golfe de 2014
Rocha: novo equipamento, calendário enxuto e equipe campeã ao seu redor no golfe de 2014

por: Ricardo Fonseca

Uma conversa com Adam Scott, com quem jogou em novembro, na World Cup de Golfe, ajudou o brasileiro Alexandre Rocha a decidir jogar menos torneios na temporada de 2014 do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, na qual estreia esta semana disputando os US$ 750 mil em prêmios do Pacific Rubiales Colombia Championship, de quinta a domingo, no Bogotá GC, em Bogotá. Dos 21 torneios da temporada regular, que distribui 25 cartões para o PGA Tour, Rocha vai jogar apenas 15, além dos quatro da série final, onde outros 25 cartões estarão em disputa.

“O Adam Scott joga poucos torneios por ano e quando eu perguntei por que, ele me disse que um calendário curto não só o mantem descansado todo o ano como também o deixa animado para jogar cada vez que entra em campo”. conta Rocha. “Gostei da ideia e adotei”, resume o jogador revelado no São Fernando GC, de Cotia (SP), que é o segundo brasileiro mais bem colocado do ranking mundial de golfe praticamente na zona de classificação para participar da volta do golfe aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Calendário – “Jogarei apenas 15 eventos na temporada normal mais os quatro finais, para um total de 19, nunca jogando mais que três eventos em seguida”, diz Rocha, que vai jogar sua segunda temporada no Web.com Tour e que, em 2013, deixou escapar por pouco a reconquista do cartão para o PGA Tour. “A única exceção será no final, quando, se necessário, jogarei o último evento da temporada normal e os quatro torneios finais em seguida, num total de cinco de uma vez”, explica o brasileiro.

Rocha já vem jogando menos desde a pré-temporada. Pela primeira vez na vida passou seis semanas seguidas sem tocar num taco de golfe, só voltando aos treinos dia 8 de janeiro, após retornar aos EUA das férias que passou no Brasil, ao lado dos pais. Em seguida, Rocha passou três dias no centro de testes da TaylorMade em Carlsbad, Califórnia, acompanhado do seu treinador, Jason Birnbaum.

Equipamento – No primeiro dia de testes Rocha reviu seu swing, fez alguns pequenos ajustes e começou a testar as duas novas bolas da TaylorMade, lançadas este ano, a Tour Preferred X e a Tour Preferred. “Levei umas cinco horas testando as duas bolas com auxílio do Trackman, e utilizando desde todos os tacos, do lob wedge ao driver”, lembra Rocha. “Descobri que a Tour Preferred era muito melhor para mim que qualquer outra bola que já havia usado antes”, conta.

Uma vez escolhida a bola, Rocha começou a testar os novos ferros, madeiras e híbridos com a bola que vai usar em 2014. “Esse processo levou o segundo dia inteiro e, no final, optei pelos novos ferros Tour Preferred MB, a madeira 3 SLDR e o novo driver JetSpeed”, conta o brasileiro. “Só mantive meu híbrido, o putter e meus dois wedges”, resume Rocha, que começa o não com 11 tacos novos na bolsa e uma bola nova.

Controle de qualidade – O terceiro dia foi usado por Rocha para, juntamente com Birnbaum, e traçar o plano para 2014. “Definimos no que trabalhar no swing, como fazer isso, quantos torneios jogar e onde e depois fomos ao driving range e começamos a estabelecer um sistema de segurança através de diversos testes e exercícios, que faço diariamente”, conta. “O objetivo é neutralizar a inconsistência que demonstrei o ano passado, uma espécie de controle de qualidade”.

Rocha ficou um mês e meio sem jogar, mas desde o meio de dezembro vem fazendo um trabalho físico com o que ele chama de “melhor treinador do mundo”, que além de outros trabalha com Justin Rose, Hunter Mahan e Graeme DeLaet. “Estou numa rotina puxada de aquecimentos de 40 minutos, todos os dias, e de sessões de academia de 45 minutos, quatro vezes por semana”, conta Rocha. “A diferença está sendo incrível, pois apesar de que não se notar uma mudança visível em minha aparência, ainda, tenho muito mais mobilidade, velocidade, equilíbrio, energia e concentração”, anima-se o brasileiro. “Ganhei 6 mp/h (10 km/h) de velocidade no swing até agora, o que se traduz em 12 a 18 jardas a mais de distância, dependendo do taco”.

Equipe campeã – O time de Rocha não para por aí. Além de seu treinador de swing, Jason Birnbaum, considerado um dos melhores jovens instrutores nos EUA pela Golf Digest; e de Dr. Craig Davies, como preparador físico, ele está trabalhando com James Sieckmann, considerado o melhor treinador de jogo curto entre os jogadores do PGA Tour. “O time que tenho ao meu redor é hoje um dos melhores do mundo”, avalia Rocha.

O brasileiro também está animado por ter mantido os patrocinadores que o apoiam desde que chegou ao PGA Tour, em 2011. Rocha volta a jogar com apoio da TaylorMade e Adidas, além de manter a Krown (Concord Group) e a Hugo Boss e de ainda estar negociando um novo patrocínio que deve ser anunciado até a etapa paulista do Web.com Tour, na segunda semana de março, no São Paulo Golf Club.

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