19/01/2016
O bom swing exige que vários aspectos físicos e técnicos estejam em perfeita harmonia
por: Deborah Nespolo*
O golfe é um esporte ímpar. A consonância entre natureza, campo, estratégia, concentração, movimento proporciona uma experiência única e rica de percepções e sensações. Essa concordância dos elementos também está no swing. Movimento de complexa biomecânica, em que vários aspectos físicos e técnicos são solicitados e devem estar em perfeita sintonia, como em uma orquestra, resultando em um movimento fluido, consistente, e harmônico. Quando uma das habilidades estão precárias, o swing sai todo desafinado.
Qualquer golfista que tenha participado de uma aula já experimentou a frustação de não conseguir movimentar o corpo e o taco da forma pedida pelo instrutor. Em geral, essa incapacidade de seguir instruções não ocorre por falta de vontade do jogador, mas é consequência direta da condição física atual do golfista.
O equilíbrio entre mobilidade e estabilidade articular, é peça chave para ter um swing eficiente. O swing requer esse perfeito balanço, pois sua biomecânica de geração de força depende da transferência de energia do chão até a cabeça do taco, através do segmentos corporais. As diferentes partes do corpo funcionam como um sistema de elos em cadeia, por onde a energia ou força gerada por uma parte do corpo (ou elo) pode ser transferida sucessivamente ao elo seguinte.
A coordenação ótima (timing) desses segmentos corpóreos e seus movimentos possibilita a transferência eficaz de energia e potência pelo corpo acima, deslocando-se de um segmento corpóreo ao seguinte. Cada movimento subsequente tem origem a partir do movimento e energia do segmento anterior. O resultado dessa transferência e somatório é o que determina a velocidade da cabeça do taco. Quando há uma debilidade na cadeia cinética do corpo, a energia produzida pelos membros inferiores é incapaz de ser transferida de modo eficaz o core e membros superiores.
As principais características que devem ser treinadas para a aptidão física no golfe são mobilidade, estabilidade, equilíbrio, consciência corporal, força e potência. A ordem em que esses componentes específicos são treinados e tão importante quanto os próprios componentes. A progressão correta de exercícios proporciona um treinamento mais eficaz e diminui o risco de lesão. Treinar potência antes de obter mobilidade adequada aumenta risco de lesões, por exemplo.
Estabilidade é a capacidade de um segmento ou articulação manter-se inalterado ou alinhado na presença de forças externas ou mudanças. Trabalha-se músculos específicos de estabilização como transverso do abdômen, multífidos, glúteo médio. Esses músculo proporcionam sustentação para o movimento.
Mobilidade é a capacidade da articulação se mover na sua amplitude normal de movimento, possibilidade o sequenciamento da geração de força do swing. Mobilidade de coluna, quadril, tornozelo, por exemplo, são imprescindíveis para o golfista. A falta de mobilidade adequada resulta em um swing pouco eficiente e pode gerar lesões.
Uma base sólida de mobilidade e estabilidade é essencial para desenvolver um corpo verdadeiramente bem preparado para o swing.
*Deborah Nespolo é fisioterapeuta da Academia GolfRange Campinas, o mais equipado centro de treinamento de golfe do Brasil
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