Cadillac: entenda o que uma vitória hoje pode significar para Woods

10/03/2013


Mesmo vencendo por quatro, vento e G-Mac podem ser o maior problema neste domingo


Tiger: mais recordes pessoais em busca do primeiro título da série mundial de golfe desde 2009
Tiger: mais recordes pessoais em busca do primeiro título da série mundial de golfe desde 2009

por: Ricardo Fonseca

Depois de fazer mais sete birdies neste sábado e ampliar sua vantagem na liderança do WGC – Cadillac Championship, da série mundial, de duas para quatro tacadas sobre o norte-irlandês Graeme McDowell, o G-Mac, Tiger Woods, que soma 18 abaixo em três dias (66-65-67), ficou muito perto de seu 76º título do PGA Tour, seu quinto em 12 meses e comemorou dois novos recordes pessoais: 24 birdies e apenas 74 putts, suas melhores marcas da carreira em quaisquer 54 buracos.

Mas o mais importante para Woods será interromper um recorde negativo que vinha sendo difícil para ele aceitar. Woods dominou os World Golf Championships, os torneios da série mundial, desde que eles começaram a ser jogados, entre 1999 e 2000, de forma quase absoluta. Venceu 15 dos primeiros 27 primeiros que disputou e chegou a 16 desses títulos em 30 torneios, quando venceu o Firestone pela sétima vez, em 2009, média de mais de uma vitória a cada dois torneios, algo nunca visto na história do golfe profissional. Só que, desde então, não conquistou mais nenhum WGC e está há dez torneios da série mundial sem vitórias (dos últimos 14, ele não jogou quatro).

Majors – Esta série negativa só perde para a de majors, onde após 14 títulos em 12 anos, Tiger empacou. Seu último título foi no US Open de 2008, há quase cinco anos, período em que o jogo do homem que foi número 1 do ranking mundial de golfe por quase 10 anos (faltou uma semana), nunca voltou ao patamar de 2000, considerado por ele e pelo mundo como seu melhor ano. Em 2000, Woods venceu três majors, a caminho de completar o Tiger Slam, com o Masters de 2001. Assim foi uma surpresa para todos quando Tiger afirmou, a um mês do Masters, que não quer voltar a ser o jogador de 2000.

Disse, fez uma pausa, e explicou: “Eu quero ser melhor”. Esse foi o ponto alto da entrevista à imprensa pós-jogo, onde Tiger lamentou o drive enroscado no alto de uma palmeira no buraco 17, que lhe custou o segundo bogey do dia. E teve sorte, já que um árbitro, usando binóculos, conseguiu identificar a marca da bola de Tiger presa no alto da árvore, um risco preto sobre as palvaras impressas no equador da bola, o que permitiu ao jogador declarar a bola injogável e dropar a um taco de sua projeção vertical sobre o solo, ou invés de ter que declarar a bola perdida e voltar ao tee, perdendo tacada e distância.

Recordes – A série mundial é importante, mas vencer torneios como esses, com apenas 65 jogadores em campo, ainda que sejam os melhores do ranking mundial de golfe, nunca foi a prioridade de Tiger. Ele os soma junto com os demais, em busca do recorde de 81 vitórias de Sam Snead no PGA Tour. O que faz a diferença para ele desde que olhava para a lista dos 18 títulos de Jack Nicklaus em sua parede, na infância, só os majors. E na sua conta, lhe faltam no mínimo cinco.

Recorde impressionante mesmo é o de número de vitórias de Tiger quando chegou à volta final liderando um torneio do PGA Tour: das 41 vezes em que isso aconteceu, venceu três. E só uma vez na carreira perdeu quando liderava por mais de uma tacada. Foi em 2010, no Chevron World Challenge, no campo do Sherwood, no torneio extraoficial para 18 jogadores, em benefício de sua fundação, onde liderava por quatro e permitiu que ninguém menos que G-Mac lhe toma-se o título no playoff.

G-Mac – É claro que G-Mac, que soma 14 abaixo (66-67-69) sabe que repetir o feito esta semana será difícil com Tiger jogado de forma tão sólida. Mas não impossível. O norte-irlandês, que fez dois eagles em sua volta de sábado, uma delas de fora do green para tirar Phil Mickelson do pelotão, conta com a previsão de vento forte neste domingo, no Doral, para ter uma chance. “Em condições calmas, com Tiger jogando approaches precisos e embocando do jeito que está, basta jogar algo em torneio de 68, para ser campeão”, diz G-Mac. Mas o vento pode tirá-lo da zona de conforto e dar uma chance aos demais.

Não há muitos “demais”. Além de G-Mac, que fez um duplo bogey em sua volta, para ficar quatro tacadas atrás, há Mickelson, que perde por cinco (67-67-69 = -13), também com um duplo bogey no sábado. Há um ano, jogando a volta final com Woods, Mickelson jogou 64 para ficar com o título de Pebble Beach. E ele já venceu este ano.

Putts – Phil vem empatado em terceiro com Steve Stricker (67-67-69), o homem que pode ter recolocado Tiger no prumo. Afinal foi Stricker, considerado o melhor do circuito com um putter nas mãos, quem, na quinta-feira, antes da rodada de abertura, deu uma aula de 45 minutos que deixou os putts de Tiger fazerem todo esse estrago no torneio.  

Todos os demais, incluindo os quarto empatados em quinto, com 11 abaixo – Sergio Garcia, Michael Thompson, Charl Schwartzel e Keegan Bradley – estão muito longe para sonhar com uma reação. Mesmo havendo, além de Tiger, outros cinco campeões de majores entre os nove primeiros colocados.

McIlroy – Rory McIlroy, o número 1 do ranking mundial de golfe, que vem enfrentando seus demônios desde que trocou todo seu equipamento por modelos Nike, seu novo patrocinador, no final do ano, continua a dar sinais de recuperação. Ele fez um bogey e um duplo bogey nos cinco primeiros buracos, mas reagiu com seis birdies, cinco deles em apenas seis buracos da segunda volta, para jogar 71, sua segunda volta abaixo do par do ano. É pouco. Mas o jogo está voltando, bem a tempo do Masters.

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