Aberto do Brasil: colombiano Marcelo Rozo vence no colapso de Alexandre Rocha

24/09/2018

Rafa Becker (foto) termina em quarto e marca seus primeiros pontos para os Jogos de Tokio 2020

Rafa Becker: marcando seus primeiros pontos na classificação para os jogos de Tokio 2020. Foto: Enrico Berardi/PGA Tour

Líder desde o segundo dia, quando jogou uma volta recorde de 61 tacadas, o profissional paulista Alexandre Rocha deixou escapar o título do 65º JHSF Aberto do Brasil, encerrado neste domingo, 23 de setembro, na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz (SP). Com Rocha errando mundo no final e caindo para oitavo lugar, o destaque brasileiro foi Rafa Becker, patrocinado pela Copag e Sligo, que terminou em quarto lugar e marcou seus primeiros pontos para o ranking mundial que valem para a classificação para os Jogos de Tokio 2020.

Vindo de três meses de inatividade e de quase dois de tratamentos de tração na coluna, para aliviar a pressão de vértebras, Rocha não havia passado o corte na semana anterior, no outro torneio do PGA Tour Latinoamérica, o São Paulo Golf Club Championship, mas vinha batendo muito bem na bola, tanto antes como depois de assumir a liderança isolada após 36 buracos. Campeão do Aberto do Brasil em 2015, no Rio de Janeiro, Rocha começou a volta final vencendo por duas tacadas e com poucos adversários a ameaçá-lo.

Tropeço – Assim mesmo fazendo um birdie solitário no buraco 2 e mais 12 pares, Rocha vinha controlando a liderança até Rozo, que jogava três grupos à sua frente, jogar seis abaixo nos primeiros dez buracos e encostar na liderança. Rozo fez um birdie no 16 e o placar ainda não mostrava o jogo empatado, quando Rocha errou o green do 14 e fez seu primeiro bogey, para ficar uma tacada atrás do colombiano, que chegaria a 20 abaixo com novo birdie no 17, para ser campeão com 264 (69-67-65-63) tacadas, 20 abaixo do par.

Rocha, por sua vez, bateu a primeira tacada no buraco 16, mas sua bola sumiu e ninguém conseguiu encontrá-la. O brasileiro ainda salvou um bom bogey nesse buraco, mas chegou ao tee do 17 perdendo por duas. Foi aí que ele se complicou para valer. Passou o green com a segunda e errou a tacada de volta duas vezes e ainda deu três putts, para fazer um triplo bogey-7 e perder mais do que o torneio, pois caiu para oitavo lugar e sequer conseguiu pontuar para o ranking mundial (apenas os sei primeiros e empatados marcam). Rocha terminou em oitavo com 269 (67-61-66-75) tacadas e a segunda pior volta final entre os 60 jogadores que passaram o corte.

Brasileiros – O australiano Harrison Endycott (69-65-66-65) e o americano Chase Hanna (64-67-65-69) empataram em segundo, com 265 (-19), seguidos por Rafael Becker, em quarto, com 267 (67-69-63-68). Esta foi a segunda fez que Becker pontua para o ranking mundial em 2018, mas a primeira desde que a corrida olímpica para os jogos de Tokio 2020 começou em 1º de julho de 2018. Becker havia começado a rodada empatado em terceiro e perdeu uma posição. Ainda assim marcou 1,62 ponto para o ranking mundial e subiu 249 posições para ser o 1.139º do mundo esta semana.

Rodrigo Lee, que como Becker é membro do PGA Tour LA, começou o dia em oitavo, mas perdeu seis posições para terminar em 14º, com 271 (66-67-67-71) tacadas, 13 abaixo. Felipe Navarro ficou em 33º, com 277 (72-68-71-66), e Rafa Barcellos em 41º, com 279 (68-72-68-71). Os outros 17 brasileiros que participaram do torneio não passaram o corte.

Becker passou a ser agora o brasileiro mais bem colocado no ranking do PGA Tour LA, em 23º lugar, com US$ 26,5 mil ganhos em 10 torneios. Rocha vem em 26º, com US$ 24,3 mil, em sete torneios. E Rodrigo em 31º, com US$ 21,4 mil em 10 torneios. Os cinco primeiros no final da temporada ganham cartões para o Web.com Tour.

59, o número mágico O Aberto do Brasil foi marcado pela volta de 59 tacadas, 12 abaixo do par, que o canadense Drew Nesbitt conseguiu na sua segunda rodada, completada sábado, num dia em que fez quatro eagles, sendo um deles um hole-in-one no buraco 2, outro num par 4 e dois em pares cinco, além de cinco birdies e um bogey.

O recorde do Aberto do Brasil, no entanto, foi apenas igualado, uma vez que a marca pertence ao sul-africano Gary Player, que foi o primeiro golfista da história a jogar 59, justamente na conquista de seu segundo título do Aberto do Brasil, em 1974, no Gávea (ele venceu também em 1972). Gary Player jogou 59 no campo de par 69 do Gávea, ou seja 10 abaixo, com um eagle, nove birdies e um bogey. Nesbitt jogou 12 abaixo.

O feito de Nesbitt repercutiu no mundo todo e só não foi manchete nos sites de golfe porque Tiger Woods roubou a cena ao vencer o Tour Championship neste domingo, encerrando um jejum de cinco anos, feito que promete mudar mais uma vez o rumo do golfe mundial.

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