Brasileiro Juvenil: Andrey tem última chance para conquistar vitória que lhe escapou, em 2018

23/07/2019

Choi defende título ganho de virada, mas Gui e Matheus prometem ser fortes adversários

por | Ricardo Fonseca

Brasileiro mais bem colocado do ranking mundial amador de golfe (WAGR), o gaúcho Andrey Xavier, do Belém Novo, entra em campo nesta quarta-feira, 24 de julho, no Clube Curitibano, em Quatro Barras (PR), tentando encerrar a carreira juvenil com o título de campeão brasileiro da categoria, que perdeu de forma surpreendente para Thomas Choi, do São Paulo GC, em 2018, depois de iniciar a volta final líder por seis tacadas. O torneio que termina na sexta-feira, 26, vale para o WAGR, rankings nacionais juvenis e rankings estaduais até 18 anos.

No feminino, sem a bicampeã Lauren Grinberg, que já não é mais juvenil, a coreana Isu Choi, do Terras de São José, é favorita para levar os dois títulos, pré-juvenil e juvenil, enfrentando várias brasileiras, incluindo Fernanda Lacaz, do São Fernando, líder do ranking nacional adulto; Meilin Hoshino, número 1 do ranking brasileiro juvenil, que busca também o bicampeonato pré-juvenil, e Ana Sung Marques, do Arujá, a juvenil número 2 do Brasil, entre outras.

Equilíbrio – No masculino, há equilíbrio entre quatro jogadores, a começar por Andrey, que liderou do ranking nacional adulto por um ano, até perder o posto, há 15 dias, para Daniel Kenji Ishii, no Amador do Brasil. Andrey foi campeão pré-juvenil em 2016, mas ficou longe de repetir o feito em seu primeiro ano como juvenil, em 2017, no Clube de Campo, quando não foi nem Top 10 no torneio ganho por Lucas Park, do Paradise. E, em 2018, no Terras de São José, jogou 69 e 68 tacadas nos dois primeiros dias para chegar à decisão ganhando por seis, mas marcou 78 na volta final e ainda perdeu por duas para Choi.

Andrey vem de uma vitória no Juvenil de Inverno de São Paulo, um título que o redimiu de apresentações aquém de seu talento no Amador do Brasil (8º) e Sul-Brasileiro (9º), entremeados por um vice no Aberto do Gávea, onde jogou 65 (-4) na volta final. Choi, que emagreceu 15 quilos recentemente e ainda luta para reencontrar seu swing, venceu o Aberto do Guarapiranga, domingo passado, num playoff, mas não faz uma boa apresentação desde o vice-campeonato na Faldo Series.

Outros favoritos – Com os protagonistas do último ano fora de sua melhor forma, um dos que emerge como favorito para vencer no Curitibano é Gui Grinberg, campeão brasileiro pré-juvenil de 2017 e 2018, que estreia como juvenil este ano, em boa fase. Além de vencer o Aberto do PL e a Faldo Series, ele foi vice no Bandeirantes e terceiro no Juvenil de Inverno e já tem oito Top 5s em dez torneios do ranking mundial que jogou no Brasil, em 2019. Gui é o terceiro brasileiro do ranking mundial e terceiro do ranking nacional. Em ambos, Andrey é o único juvenil à sua frente.

O grupo de favoritos tem ainda Matheus Park, do Paradise, que tenta repetir o título do irmão Lucas (2017), credenciado pela vitória no Aberto do Gávea, onde jogou 64 na estreia, e por um vice no Juvenil de Inverno. Em dez torneios do ranking mundial que jogou no Brasil em 2019, Matheus foi sete vezes Top 5, mas tem ainda resultados importantes fora do país, como o título do Campeonato Provincial Juvenil, na Argentina, e um quinto lugar na Copa de Oro, forte torneio adulto do Uruguai. E fechou 2018 vencendo o Doral-Publix Junior Classic, nos EUA.

Mais destaques – Entre os que tentam surpreender os favoritos destacam-se Pedro Marchioni, do São Paulo, que perdeu para Choi, domingo, no desempate no Guarapiranga; Arthur Locoman, que tem a vantagem de jogar em casa; João Vitor Toledo, de Brasília; Lucas Steinhoff, do São Paulo; Tomas Afonso Ribeiro, do Terras de São José; Victor André dos Santos, do Alphaville; e Sebastian Thrane, do Clube de Campo, que joga seu último torneio antes de mudar para os EUA.

Entre os pré-juvenis, categoria onde também há grande equilíbrio, Renato da Silva Filho, que joga em casa, vem em boa fase e terá como principais adversário, Marcos Park, o mais novo dos irmãos do Paradise; Nick Song, do São Fernando; e Pedro Pelicioni, do Ipê, com Wesley Gabriel Bairros, de Livramento, e Deivid de Oliveira, de Vitória, correndo por fora. Na até 13 anos, jogada em tees mais à frente, Pedro Miyata, do São Fernando, e João Pedro Bossetto, do Paradise, são alguns dos destaques.

Feminino – Entre as meninas, duas das favoritas ao título são pré-juvenis: a coreana Isu Choi, que nos últimos cinco torneios do ranking mundial, venceu dois (Faldo e etapa do Lago Azul do Tour Nacional Juvenil), e foi vice em dois (Bandeirantes e Juvenil de Inverno); e Meilin Hoshino, campeã brasileira pré-juvenil de 2018, que além do título principal busca o bicampeonato na categoria.

Entre as juvenis, Fernanda Lacaz, do São Fernando, chega como número 1 do ranking nacional adulto, posto que conquistou pelos descartes das demais, mesmo sem jogar no Amador do Brasil. Ana Sung Marques, do Arujá, a juvenil número 2 do país é outro dos destaque, ao lado das cariocas Maria Emília Pereira, do Itanhangá, campeã brasileira pré-juvenil de 2017, e Beatriz Junqueira, também do Itanhangá, que perdeu para Maria Emília há dois anos.

Entressafra – Com três dos favoritos– Andrey, Choi e Matheus – jogando seu último ano de juvenis, a categoria de base masculina do golfe brasileiro está para viver uma entressafra, como já acontece no golfe feminino e como se depreende pela pequena quantidade de competidores. Entre meninos e meninas juvenis e pré-juvenis, serão apenas 49 jogadores em campo na maior competição do Brasil até 18 anos, com 34 meninos e 15 meninas, metade deles de São Paulo. Haverá mais 14 golfistas de até 13 anos em campo, mas é pouco.

Outro fator preocupante é que o Rio Grande do Sul, que produziu em seus programas de base os juvenis que dominaram o topo do ranking nacional juvenil por quase quatro anos – Herik Machado e Andrey Xavier –, estará representado apenas por três meninos (um é uruguaio) e nenhuma menina nos torneios acima de 13 anos. Com isso, não participa da Copa Juventude, torneio por equipes entre federações, formadas por uma menina e dois meninos. Competem apenas times de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, estado que tem apenas dois meninos e quatro meninas em campo. O Paraná, inscreveu 15 jogadores com mais de 13 anos no torneio

Incentivo – Felizmente, projetos de incentivo à formação de novos jogadores como o Golfe Nota 10, da Federação Paulista de Golfe, de onde saíram alguns participantes deste Brasileiro Juvenil; o Brasil Kids Golf Tour, organizado por Felipe Almeida; e o Corujinha, que tem Pedro Costa Lima, o Pepê, no comando, estão para lançar uma safra de dezenas pré-juvenis nos próximos anos. Há ainda projetos semelhantes no Rio Grande do Sul, de onde saíram Herik e Andrey, no Paraná, e em alguns clubes.

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