Brasileiro Juvenil tem emoção até o final com Jinbo Ha e Lauren Grinberg vencendo no desempate

23/07/2016

Andrey Xavier Borges e Ana Beatriz Cordeiro vencem na pré-juvenil com grande vantagem

 

Lauren e Jinbo com os troféus de campeões brasileiros juvenis para os quais eram favoritos, mas que só conquistaram no playoff. fotos: Gustavo Garrett/CBG

por Ricardo Fonseca

internas br jvDepois de começar a volta final ganhando por cinco tacadas, o coreano radicado em São Paulo Jinbo Ha precisou fazer um birdie no buraco final e ainda contar com um bogey do adversário, para conseguir levar o jogo para o playoff, onde só conquistou o título de campeão brasileiro juvenil ao fazer um birdie no terceiro buraco do desempate jogado sempre no traiçoeiro par 5 do Alphaville Graciosa, em Pinhas (PR), que tem água em quase toda a sua lateral direita e já arruinou o título de muita gente, como fez nesta sexta-feira com o gaúcho Rohan Boettcher, que havia virado o jogo ainda no buraco 13, para fazer sua melhor volta da semana e chegar ao 18 vencendo por duas.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo, Andrey e Ana Beatriz com os troféus de campeões brasileiros pré-juvenis; Jinbo Ha comemora biride do título; Ana Beatriz; Andrey, Lauren e Boettcher

Quando todos acreditavam que Jinbo caminharia tranquilo para uma vitória de ponta a ponta, Boettcher, revelado em Santa Cruz do Sul (RS), mostrou por que o golfe é um dos esportes mais emocionantes do mundo. O menino que fez carreira tendo como exemplo o golfista Adilson da Silva, que começou a carreira no mesmo Santa Cruz Country Club, e escolheu Tiger Woods como a ser igualado, mostrou por que é considerado um dos maiores talentos do golfe brasileiro.

Boettcher fez três birdies nos primeiros sete buracos e mais três até o 13, para chegar a seis abaixo e passar à frente de Jinbo, que sentiu a pressão do título e vinha apenas no par do campo, com um birdie e um bogey. Jinbo ainda fez um bogey no 16 para ficar duas atrás, até arriscar tudo no 18, onde fez birdie para voltar ao par do campo e chegar ao playoff com o bogey de Boettcher. Após empatarem novamente nas duas primeiras tentativas, Jinbo finalmente fez o birdie que fez de um coreano o novo campeão brasileiro juvenil.

Comemoração – “Costumo jogar muito bem aqui no Alphaville, mas joguei mal na volta final”, reconhece Jinbo, que nasceu na Coréia do Sul, veio morar no Brasil como seus pais, vive em Campinas (SP) e defender o Terras de São José, em Itu. “Estou muito feliz com a vitória”, disse o campeão, que alia um talento natural para o golfe como um disciplina férrea de treino e de jogo, com o objetivo de virar profissional e fazer carreira nos EUA.

Jinbo Ha foi campeão com 205 (68-65-72) tacadas, 11 abaixo do par, mesmo total de Rohan Boettcher (68-70-67). Ulisses Junior, que jogava em casa, ficou em terceiro com 214 (72-70-72), duas abaixo, depois de quase perder o lugar no pódio para Victor Costa Pinto, de São José dos Campos, que fez bogey nos dois buracos finais para cair para quatro lugar com 216 (73-72-71–216), o par do campo, empatado com Daniel Celestino (71-73-72), que vinha de uma excelente viagem à Escócia, onde foi quinto colocado no Scottish Boys Open (até 16 anos) e passou o corte no Junior British Open.

Pré-juvenil – Na categoria pré-juvenil, ninguém pode como Andrey Xavier Borges, do Belém Novo Golf Club, de Porto Alegre, que venceu de ponta a ponta e a despeito de ter feito sua pior exibição na volta final, ainda terminou cinco à frente dos adversários. Andrey somou 218 (73-70-75) tacadas, duas acima do par, para superar os principais favoritos da categoria: o paulista Thomas Choi, vice com 224 (75-75-74); João Vitor Toledo, do Clube de Golfe de Brasília, terceiro com 225 (77-74-74), e Matheus Park, do Paradise, de Mogi (SP), que perdeu seu lugar no pódio ao fazer um quádruplo bogey-9 no 18 e somar 226 (74-75-77). A seguir terminaram Arthur Locoman dos Santos, do vizinho Santa Mônica, com 236 (80-77-79) e Tomas Afonso Ribeiro, que mora no Terravista (BA), com 241 (82-84-75).

Houve ainda disputa em duas outras categorias de base masculinas. Na infanto-juvenil (13 e 14 anos), Gabriel Mercer Gallego, do Paraná, venceu com 243 (81-80-82) tacadas, seguido por Marcos Park, do Paradise, com 248 (82-79-87), e Nicholas Song, do São Fernando, com 255 (92-80-83). Na infantil (até 11 anos), Pedro Pelicioni (SP) venceu de ponta a ponta com 251 (85-83-83), seguido por Pedro Miyata (SP), com 270 (90-87-93), e por Lucas Medeiros (SP), com 292 (100-91-101).

Feminino – Entre as meninas, a bicampeã brasileira pré-juvenil e favorita absoluta ao título ao segundo título juvenil de sua carreira (venceu ambas as categorias em 2014) era Lauren Grinberg, do Lago Azul, que não jogou bem durante toda a semana, começou a volta final perdendo por quatro, mas conseguiu virar o jogo e, apesar de um duplo bogey no 18, levar o jogo para o playoff, que venceu com um bogey no primeiro buracos extra na disputa contra a líder da véspera, Ana Beatriz Cordeiro, que jogava em casa.

“Queria muito este título, mas joguei mal nos dois primeiros dias e só melhorei na volta final”, diz Lauren, que venceu com 227 (78-76-73), tacadas, mesmo total de Ana Beatriz (76-74-77), que permitiu que o jogo fosse para o playoff ao fazer bogey no 18, mas se firma como a maior revelação do golfe feminino brasileiro entre as novas gerações. Laura Caetano, de Brasília, ainda herdou um terceiro lugar com 233 (80-76-77), depois que sua irmã gêmea Luíza Caetano, líder do primeiro dia, fechou a rodada com três bogeys para somar 234 (74-79-81) e terminar em quarto lugar.

Para Ana Beatriz restou o consolo de ser campeã brasileira pré-juvenil com uma acachapante vantagem de 32 tacadas sobre a segunda colocada, Fernanda Silva (SP), que somou 228 (88-84-87). A carioca Beatriz Junqueira (RJ) ficou em terceiro, com 253 (91-89-86). Na categoria de até 13 anos, a campeã foi Maria Emilia Gomes Pereira (RJ), com 219 (90-76-78), seguida por Meilin Hoshino (SP), com 274 (96-95-100), e por Maria Julia Ribeiro (SC), com 290 (89-117-101).

Equipes – A Federação Riograndense de Golfe venceu de ponta a ponta da Copa Juventude de Golfe, que foi disputada por equipes mistas de três jogadores indicados pelas Federações, valendo os dois melhores resultados de cada dia. Os gaúchos que tiveram Boettcher, Andrey e Amanda Martins Kaercher somaram 423 tacadas, contra 430 dos paranaenses, vice-campeões com Ana Beatriz, Celestino e Ulisses.

São Paulo, defendido por Lauren Grinberg, Thomas Choi e Paulo Mattos ficou em terceiro, com 444, seguido por Brasília de Luíza Caetano, João Vitor Toledo e Huat Thart Chiang, com 453; e pelo Rio, de Rachel Ventriglia, Thomas Sampaio e Matheus Ventura, com 485.

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