Golfe 2016: Mirian Nagl opta pelo Brasil e coloca mulher na lista olímpica

07/07/2014

Nagl: opção pelo país onde nasceu esquenta disputa por vaga olímpica feminina para o Golfe 2016

Nagl: opção pelo país onde nasceu esquenta disputa por vaga olímpica feminina para o Golfe 2016

por: Ricardo Fonseca

Quando o primeiro ranking olímpico divulgado oficial foi divulgado pela Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) dia 15 de julho passado, o Portal Brasileiro do Golfe alertava em reportagem exclusiva que havia erros na lista, um deles por não mostrar os países pelos quais os jogadores de dupla nacionalidade prefeririam defender nos Jogos do Rio, em 2016 (clique aqui para ler a reportagem “Lista feita às pressas decepciona”) http://www.golfe.esp.br/?s=noticias&id=7527

Uma semana antes disso, o Portal Brasileiro do golfe, também com exclusividade, já havia adiantado em reportagem que o “Brasil pode ter jogadora-surpresa para os Jogos do Rio” (clique aqui para ler o texto “Mirian Nagl tem até domingo para decidir se decidir se defende Alemanha ou Brasil”). http://www.golfe.esp.br/?s=noticias&id=7512. Os erros do ranking masculino foram corrigidos pela IGF uma semana depois, quando colocou Rory McIlroy e Graeme McDowell defendendo a Irlanda, e não a Grã Bretanha, via Irlanda do Norte, como apareceu na primeira lista. Já a opção da Nagl de defender o Brasil só foi revelada no ranking desta semana, quando a alemã passou a aparecer tanto no ranking olímpico como no mundial com a bandeira verde e amarela justaposta a seu nome.

Golfe 2016 – Com a decisão de Nagl, como se vê pelos rankings olímpicos atualizados esta semana pela IGF, o Brasil não precisaria de convite como país sede para ter representantes do Rio 2016. Tanto o gaúcho Adilson da Silva, no masculino, como a paranaense Miriam Nagl, no feminino, teriam vaga garantida entre os 60 convocados, respeitada a ordem do ranking mundial, pelo qual entram todos os 15 primeiros, com limite de quatro jogadores por país, e os seguintes, até completar 60 jogadores, pela ordem de classificação, com limite de dois por país. Isso levaria hoje a zona de classificação para perto da 300ª colocação entre os homens e da 520ª entre as mulheres. Adilson é hoje o nº 284 do ranking mundial e 56º entre os 60 da lista olímpica, e Nagl a 491 do mundo e 58º do ranking para o Rio 2016.

Pode ter sido uma boa notícia para o Brasil, mas não para Victoria Lovelady, a única brasileira que joga o circuito mundial de golfe, fora Nagl. Lovelady estreou este no Tour Europeu Feminino (LET, na sigla em inglês), já passou o corte em um torneio, mas ainda não tem pontos para o ranking mundial. Sem Nagl, única com a bandeira do Brasil na lista, Lovelady seria escolhida como representante do país sede, mesmo que não estivesse classificada entre as 60 primeiras, ou mesmo não tivesse pontos no ranking. Em havendo uma brasileira classificada, a vaga para garantir ao menos um jogador do pais sede não é mais necessária.

Brasileiras – A decisão de Mirian Nagl afeta também a paulista Luciane Lee, que foi criada nos EUA, mas ao fala português bem melhor do que a alemã e sempre defendeu a bandeira verde e amarela no circuito mundial. Lee ainda é amadora, mas vai jogar as seletivas para o LPGA Tour dos EUA no final do ano pensando em virar profissional e ganhar uma vaga olímpica. A também paulista Luiza Altmann é outra que vai tentar o profissionalismo a tempo de ganhar pontos para o Golfe 2016. Agora vão ter que superar Nagl se quiserem a vaga.

Mirian Nagl nasceu em Curitiba dia 22 de janeiro de 1981 – está com 33 anos – e sempre manteve a dupla nacionalidade. Ela morou em Curitiba até os oito anos, tendo estudado na Swiss School da cidade. Em 1989, os pais de Nagl mudaram-se com ela para Schwaebisch Hall, na Alemanha, onde Nagl jogou futebol até os 12 anos.

Carreira – Miriam Nagl só teve sua primeira aula de golfe em 1991, aos 10 anos, e três anos depois já tinha handicap 7. Ela foi escolhida pela German Golf Association, em 1994 para integrar o time nacional juvenil e, no ano seguinte, já disputou o European Girls Championship e o European Young Masters, em Wentworth, na Inglaterra.

No final de 1995, Miriam defendeu a Europa na Junior Ryder Cup, em Oakhill, Nova York, sendo campeã com seu time. Depois disso, ela foi estudar nos EUA e treinar na Leadbetter Academy Bradenton, na Flórida. Graduada em 1999 ela entrou para o time da Arizona State University (ASU). Mas um ano depois virou profissional, estreando em fevereiro de 2001, no auge da Era Tiger Woods.

Profissionalismo – Através do Future Tour, onde terminou em terceiro do ranking, Mirian ganhou o cartão integral para estrear no LPGA Tour em 2003, tendo conseguido um 10º lugar no LPGA Williams Championship e um 11º no LPGA Shop Rite Classic. Ela perdeu parte da temporada de 2004 com dores nas costas e não manteve seu cartão para o LPGA de 2005. Foi então que ele optou por voltar à Europa e ganhou a seletiva que lhe deu o cartão do LET.

A temporada de 2005 no novo circuito acabou sendo sua melhor no golfe. Jogou 24 torneios e conquistou seu primeiro título, em Tenerife, e no final do ano se classificou para voltar ao LPGA Tour e para também permanecer no LET. Em 2006, ao lado de Anja Monke, defendeu a Alemanha na World Cup, terminando em nono lugar. Depois teve seu melhor resultado do ano, um sexto lugar no Havaí.

Acidente – Um acidente de ski no final de 2006 tirou Nagl de quase toda a temporada de 2007, voltando apenas em 2008, ano em que não jogou bem e perdeu o cartão. Em 2009 Mirian se dedicou a jogar mini-tours. Em 2010 ela voltou ao Futures Tour, onde ficou também em 2011. Desde 2012 joga novamente no LET, onde já tem três Top 10.

Mirian não vem tendo uma boa temporada em 2014, mas em sua carreira foi membro do LPGA Tour de 2002 a 2008, seja com cartão integral ou parcial, jogou em três U.S. Women`s Open (2003, 2005 e 2008) e venceu três torneios profissionais: a seletiva do LET de 2004; e dois torneios do Futures Tour, em 2002: o Grand Rapids Classic e o Capital Region Classic. Como amadora foi três vezes seguida vice-campeã do British Junior Girl`s Championship (1997 a 1999) e vice-campeã do Orange Bowl de 1999.

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