PGA Tour LA: gaúcho Herik Machado fará sua estreia profissional nesta 5ª feira, no Chile

17/04/2019

Ele e Teodoro jogam esta etapa como convidados dos organizadores. Brasil terá mais 4 em campo

por | Ricardo Fonseca

Chegou a hora da verdade para o gaúcho Herik Machado, que foi, pelos últimos três anos, o melhor amador do país e disparado o melhor brasileiro do ranking mundial amador de golfe (WAGR). Ainda sem cartão para os circuitos internacionais, Herik fará sua estréia oficial nesta quinta-feira, jogando ao lado de outros cinco brasileiros, no Aberto do Chile, que integra o PGA Tour Latinoamérica, circuito de acesso ao Web.com Tour, pelo quarto ano consecutivo.

E não será uma estreia qualquer. Entre os 144 jogadores de 21 países estão dois dos maiores ícones do golfe do continente. O primeiro é o chileno Joaquín Niemann, que apesar de ter apenas 20 anos já é membro do PGA Tour e jogou em três majors: o Masters de 2018, por ter sido campeão do Latin America Amateur Championship, além do U.S. Open de 2017 e do British de 2018, eventos aonde ganhou vaga como número 1 do ranking mundial amador. O outro é o argentino Angel Cabrera, campeão de dois majors (U.S. Open 2007 e Masters 2009), que viajou direto do Augusta National, onde jogou pela 19ª vez.

Talento – Herik, na verdade, já estreara como profissional, no final de fevereiro, mas com uma vitória na etapa do Clube de Campo do Golf Pro Tour, torneio de um dia que não se compara ao PGA Tour LA. A estreia para valer é agora e será o momento em que ele colocará na balança seu imenso talento, de um lado, e a falta de ritmo de competição, do outro. Os profissionais do PGA Tour LA irão jogar seu terceiro torneio consecutivo em quatro semanas. Para Herik, este será o primeiro grande evento em muitos meses.

A estreia de Herik no PGA Tour LA estava prevista para o Molino Cañuelas, na Argentina, na semana passada, mas a Confederação Brasileira Golfe só conseguiu inscrevê-lo para esse, no Chile, num sistema de permuta de vagas com os dois torneios do PGA Tour LA que ela organiza, o Aberto do Brasil e São Paulo GC Open. Foi assim também, via permuta, que o paulista Gustavo Teodoro, que teve o cartão do PGA Tour LA no segundo semestre de 2018 e o perdeu, terá nova chance esta semana.

Do corte à vitória – Quem entra num torneio de golfe tem o objetivo de vencer, é claro. Mas Herik sabe escalonar as coisas e terá metas progressivas nesta semana, pela ordem: passar o corte; terminar entre os Top 20 que garantem vaga no torneio seguinte (Aberto do Centro, na Argentina); terminar entre os Top 6 que pontuam para o ranking mundial de golfe; e qualquer coisa melhor do que isso, até a vitória, esta sim o grande prêmio, pois além de tudo o que significa ganhar seu primeiro torneio profissional internacional, daria ao gaúcho isenção para jogar no PGA Tour LA até 2020 e o colocaria na corrida para os Jogos de Tóquio 2020.

Em 2018, Herik venceu os campeonatos amadores do Chile, Argentina e Brasil, além de ser campeão da etapa sul-americana e da final mundial da Faldo Series. Já mostrou que tem talento para estar lá e agora só precisa superar a pressão e jogar como sabe, atacando a bandeira o tempo todo, pois é isso que fazem hoje em qualquer circuito profissional do mundo, incluindo o PGA Tour LA, onde jogar abaixo do par nos dois primeiros dias não é mais sinônimo de passar o corte.

Brasileiros – Pela primeira vez em muito anos, o Brasil volta a ter seis jogadores num torneio do PGA Tour LA, o que aconteceu pela primeira vez no segundo semestre de 2012, quando o circuito foi criado o país teve direito a indicar seis jogadores. Além dos convidados Herik e Teodoro, estarão em campo mais quatro paulistas: Rafa Becker, que foi Top 6 nos dois primeiros torneios do ano, pontuando em ambos para o ranking mundial (OWGR), Alexandre Rocha, que vem de um Top 10 na Argentina, além de Rodrigo Lee e Felipe Navarro, que não passaram o corte na última semana.

O 93º Aberto do Chile vai ser jogado no único campo público do país, o Club de Golf Mapocho, em Santiago, de par 71 (35-36) e 7.424 jardas. A bolsa de prêmios é de US $ 175 mil, sendo US$ 31,5 mil para o campeão. Apenas os 55 primeiros e empatados passam o corte. Entre os ex-campeão do Aberto do Chile estão Roberto De Vicenzo (1961) e o sul-africano Gary Player (1980).

Outros destaques – O chileno Felipe Aguilar, quatro vezes campeão do Aberto de seu país, que joga no Tour Europeu e foi vice-campeão do torneio em 2018, não volta este ano. Mas o americano Jared Wolfe, número 1 do ranking do PGA Tour LA 2019, estará lá para defender o título e tentar voltar ao Web.com Tour, onde jogou em 2018, mas perdeu o cartão. Ele já venceu o primeiro torneio do ano, no Panamá. O colombiano Andrés Echavarría que vem de uma vitória no Molino Cañuelas é outro forte candidato ao título.

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