27/02/2017
Venezuelano Jhonattan Vegas faz melhor volta da semana para terminar em quarto
Fowler: sobrevivendo a reveses para vencer por quatro e encerrar jejum de 13 meses
por Ricardo Fonseca
Sem vencer havia mais de um ano qualquer torneio profissional e sem levantar um troféu do PGA Tour desde o Deutsche Bank Championship, em setembro de 2015, Rickie Fowler levou um susto, mas foi campeão do Honda Classic, neste domingo, no PGA National, em Palm Beach Gardens, na Flórida, para dar um salto de cinco posições e voltar aos Top 10 do ranking mundial de golfe, na nona colocação. Um título que quase lhe escapa nos buracos finais, mas que ele conquistou com dois putts longos e decisivos.
O título deste domingo promete ser um divisor de águas na carreira de Fowler que muitas vezes era lembrado mais como garoto-propaganda da Puma do que como um profissional vencedor. Fowler já teve esta oportunidade em 2015, quando venceu dois de seus quatro títulos do PGA Tour e foi Top 5 nos quatro majors, incluindo vices no US Open e British Open, para chegar o ser recorde de número 4 do mundo.
Reveses – No ano passado, depois de vencer o Abu Dhabi HSBC Golf Championship no começo do ano, os problemas começaram. O americano esteve perto de vencer novamente no Phoenix Open, mas perdeu para o japonês Hideki Matsuyama no playoff. Fowler veio ao Rio de Janeiro para os Jogos de 2016, mas a despeito de um 64 no sábado, terminou em 37º lugar. Fowler só voltaria a brilhar em setembro, no The Barclays, na abertura dos playoffs da FedEx Cup, mas apesar de começar a volta final vencendo por uma, fez um duplo bogey no 16 para terminar em sétimo e perder a vaga automática na Ryder Cup, onde só jogou por convite do capitão.
Esses insucessos de 2016 povoaram os pensamentos de Fowler depois que ele começou este domingo vencendo por quatro tacadas, mas depois de embocar um putt num buraco de irrigação e bater um drive para a água, sua vantagem havia minguado para apenas uma tacada sobre Gary Woodland antes da metade do jogo. Mas foi então que o talento de Fowler falou mais alto, embocando putts para birdie de 12 metros e de 8 metros, para jogar 71 (+1) e ainda assim vencer por quatro.
Finais difíceis – Woodland vinha tranquilo em segundo até dar três putts no 17 e mandar o sue layup no 18, de par 5, para pertinho da água. Fez outro bogey para empatar em segundo lugar com Morgan Hoffmann, que errou de perto no 18 para ser o vice isolado. O final de bogey-bogey custou US$ 128 mil de diferença para Woodland no cheque final. O mesmo com o putt de um metro que Hoffmann errou.
Fowler também errou feio, mas quando não mais importava. Foi na água no 17 para fazer bogey, e devolver mais uma tacada no 18 quando foi para a banca de wedge. Mas venceu com 268 (66-66-65-71), 12 abaixo, e lamentou apenas que os bogeys finais o impediram de bater o recorde para 72 buracos do PGA National.
Mais tropeços – O estreante inglês Tyrrell Hatton, que jogava seu primeiro torneio do PGA Tour na Flórida, também nunca esteve seriamente na disputa e ainda errou um putt de menos de um metro para birdie no 17 para empatar em quarto com a outra estrela do dia, o venezuelano Jhonattan Vegas, que fez a melhor volta do domingo para também terminar com 273 (67-73-69-64), sete abaixo, no único Top 10 do sul-americano desde que venceu o Canadian Open em meados de 2016.
Jimmy Walker foi outro com um final para esquecer. Ele vinha em segundo, pensando até em ameaçar o líder, quando jogou bolas na água no 17 e no 17 que lhe custaram cinco tacadas e um tombo para o 21º lugar. O argentino Emiliano Grillo, que jogou seis acima de ida, sem birdies, ficou em 43º, com 280 (68-70-65-77), o par do campo.
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