Profissionais: Eleições da PGA do Brasil racham entidade e acabam na Justiça

28/01/2019

Situação tenta impugnar chapa de oposição. Eleições serão nesta 3ª feira, no PL, em Arujá

por: Ricardo Fonseca

A chapa de oposição formada por Erik Anderson, head-pro do São Paulo Golf Club e novo coach da Confederação Brasileira de Golfe, e pelos vice-presidentes Rafael Barcellos (Técnico), André Conolly (Administrativo), Ronaldo Francisco (Financeiro) e Maurício Matsuo (Marketing), um grupo de “notáveis” que se reuniu pata tentar salvar a Associação Brasileira de Profissionais de Golfe (ABPG) – PGA do Brasil da irrelevância, foi “impugnada”, a poucos dias das eleições, pela atual diretoria, que se perpetua no comando da entidade há mais de uma década. A oposição não desistiu e promete comparecer à eleição, às 10 horas desta terça-feira, 29 de janeiro, com uma liminar.

A chapa de oposição, que tem ainda no Conselho Fiscal Efetivo os profissionais Rafael Navarro, Marco Ruberti e Antonio Lins, e como suplentes Marcelo Monteiro, Luiz Gonçalves Neto e Robson Cardoso, está sendo acusada pelos adversários de violar os estatutos da ABPG (PGA do Brasil é um nome fantasia), a começar pelo candidato a presidente Erik Anderson, sob a alegação de que ele “é inelegível a cargo diretivo da ABPG pelo fato de ter assumido cargo diretivo na Confederação Brasileira Golfe (CBG), entidade que concorre diretamente com a ABPG (sic)”.

Isso mesmo, a CBG, no entender de Heleno Andrade Junior, Vice-Presidente Administrativo da ABPG, que mandou uma carta – sem data – aos adversários, à qual o Portal Brasileiro do Golfe teve acesso – impugnando a chapa, é vista como “concorrente” da CBG, a entidade máxima do golfe brasileiro. Vale lembrar que o cargo de Erik na CBG – “coach nacional” não é eletivo nem diretivo – ele trabalha como contratado -, da mesma forma que Erik não faz parte da diretoria do São Paulo GC simplesmente por ser o head-pro do clube.

Situação A chapa da situação (pode ter havido alguma mudança de nomes em ambas as chapas após o registro), para termos de comparação, é formada por Guilherme Richers (presidente) e pelos vice-presidentes Antônio Nascimento,  Julio Azevedo e Luiz Martins. No Conselho Fiscal estão Ari da Silva, Claudio Oliveira e Luiz Pereira (efetivos) e Luiz Carlos Pinto, Bruno Moreira e José Vanderlei Dutra (suplentes). Luiz Martins e Antônio Nascimento revezaram-se no comando da ABPG, com breves passagens como vices ou diretores, nas duas últimas décadas.

A eleição da ABPG é decidida em voto direto dos profissionais de golfe a ela filiados – não se sabe exatamente quem e quantos – que deverão comparecer para votar nesta terça-feira 29 de janeiro, às 10 horas, no PL, ou se fazer representar por procurações. Os profissionais são senhores do destino de sua entidade, mas vale lembrar os motivos alegados pela situação para “impugnar” a chapa adversária e ser a concorrente única.

Alegações – Assim como no caso de Erik, André Conolly, profissional no São Fernando, com notável trabalho com os juvenis do clube e como vice-presidente do Brasil Kids Golf Tour, é declarado inelegível, no entender dos adversários, pelo mesmo motivo alegado no caso de Erik: “ter assumido cargo diretivo na Confederação Brasileira Golfe, entidade que concorre diretamente com a ABPG (sic, novamente)”. Cabe mais uma vez a ressalva: André Conolly não tem cargo eletivo ou diretivo na CBG, onde atua esporadicamente como representante dos atletas profissionais, com o objetivo de defender os interesses da categoria, inclusive de sócios da ABPG.

A situação também alega que Rafael Barcellos e Ronaldo Francisco, dois dos profissionais brasileiros mais importantes da história recente do golfe competitivo brasileiro, não podem ser vice-presidentes da chapa de oposição por terem “em 21 de março de 2012 … imposta penalidade por desrespeitar o regimento interno da ABPG, … em decorrência de não ter observado o disposto no artigo 18, item “e”, dos Estatutos Sociais da ABPG”. E que eles, como os demais, não teriam direito de estar entre os que “apresentam” a chapa – mais uma ilegibilidade, segundo os adversários.

Resposta – Sobre esses dois casos, a oposição – que reafirma que irá comparecer na eleição normalmente e exercer seu direito de votar e ser votada – solicitou à atual diretoria os documentos legais que comprovem essas punições; pediu explicações por a ABPG não ter divulgado, no ato da convocação da eleição, a lista de associados com direito ou sem direto a voto, lista que ainda cobra; e alega que ambos não poderiam ser condenados sem o devido processo legal e sem o direito de levar uma possível punição ao crivo do Tribunal de Justiça Desportiva da entidade, como reza o Artigo 65 do Estatuto da ABPG.

A oposição alega que a situação não só negou esses documentos à oposição, que inclui muitos membros que a entidade reconhece como sócios efetivos, como ainda vem negando acesso às informações que deveriam se públicas. E que também se nega a apresentar documentos que considera muito mais importantes, como balanços e atas das Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs), e a comprovação de entrega das obrigações federais, estaduais e municipal, para, com transparência, mostrar para onde está indo o dinheiro dos associados.

Cisão – Infelizmente, como já ocorreu em uma eleição passada da entidade máxima do golfe brasileiro, o esporte poderá ter mais uma votação decidida na Justiça ou pior uma cisão definitiva da entidade, como já acontece na prática, com o grupo que realiza o CBG Pro Tour, único circuito organizado que restou ao golfe profissional brasileiro, com apoio, como o nome diz, da CBG. Esse circuito, nascido no Paraná, de torneios de dois ou três dias, e o ProTour, paulista, com eventos de um dia, foi tudo o que restou ao profissionais do país depois que a ABPG ficou reduzida à organização de um único torneio por ano e à participação limitada, por convite, em outro.

“Insanity is doing the same thing over and over again, but expecting different results.”

Frase atribuída a Albert Einstein

Obs.: Reportagem editada às 9h37 para tirar, a pedido, o nome de Alex Fernandez, que não está mais na chapa da situação.

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