Rodrigo Lee pronto para seu segundo desafio no KFT, o circuito de acesso ao PGA Tour

16/01/2020

Brasileiro já está em Nassau, nas Bahamas, para o torneio que vai de domingo a 4ª feira

por | Ricardo Fonseca

O profissional brasileiro Rodrigo Lee não se abalou ao ficar no corte de seu torneio de estreia no Korn Ferry Tour (KFT), o circuito de acesso ao PGA Tour, encerrado nesta quarta-feira, 15, em Great Exuma, nas Bahamas. Como todos os que chegam pela primeira vez ao circuito, Rodrigo sabia que teria várias dificuldades a superar, como não conhecer os campos onde vai jogar, sair nos piores horários e ter que enfrentar problemas como o de pagar a viagem de seu próprio caddie, já que nos campos de resorts que abrem a temporada não há caddies locais para contratar. Lá se foram vão US$ 1 mil, fora despesas de viagem, por semana.

O vento forte e constante, de manhã até de noite, foi um dos desafios no The Bahamas Great Exuma Classic, no Sandals Emerald Bay GC, onde o brasileiro fez duas voltas de 76 tacadas (+4), domingo e segunda-feira, para perder o corte por três. Ele saiu no último grupo da manhã no primeiro dia e no último grupo da tarde no segundo. Mas como não estava fácil para ninguém, Rodrigo vinha passando o corte até seu 31º buraco, antes de fazer um duplo bogey e um bogey, nos buracos 14 e 15 do segundo dia, quando o jogo foi interrompido por já estar de noite. Na manhã seguinte ele teria que jogar três abaixo em três buracos. Não deu; fez três pares.

Nassau – Mas Rodrigo é um batalhador e mesmo fora das duas rodadas finais treinou forte ao lado do caddie argentino Juani Lebat, que mora nos EUA e já havia levado sua bolsa na segunda fase e na seletiva final em que se classificou para o KFT. Rodrigo tem hoje prioridade de inscrição no Categoria 8 (para quem ficou com 11º ao 40º lugar na Q-School), o suficiente para ter vaga nos oito primeiros dos 28 torneios do ano. Existem ao todo 35 categorias, sendo que os classificados via PGA Latinoamérica, China e Canadá, entram na Categoria 20.

Para jogar a partir do nono torneio do ano, Rodrigo dependerá de uma reclassificação dessas prioridades de inscrição, com base no dinheiro ganho até então. Na prática, basta passar um corte nesses primeiros oito eventos para jogar mais torneios… e espantar o primeiro grande fantasma nos iniciantes, que enfrentam jogadores muito mais experientes. Esse torneio de estreia foi vencido por Tommy Gainey, conhecido como “Two Gloves”, por jogar usando luvas nas duas mãos. Gainey, que já jogou vários anos no PGA Tour, onde tem até uma vitória, ganhou com 11 abaixo, meio fora da curva, por quatro de vantagem.

Desafio – Rodrigo terá a oportunidade de entrar no ranking de prêmios a partir de domingo, quando começa o The Bahamas Great Abaco Classic at Baha Mar, no Royal Blue Golf Club de Nassau. A bolsa, como no primeiro torneio, é de US$ 600 mil, com US$ 108 mil para o campeão. Os desafios serão mais uma vez o vento e o percurso de par 72 e 7.153 jardas, com um par cinco de 626 jardas (buraco 2) e um par 3 de 223 (12). No ano passado, só dez jogadores terminaram abaixo do par em Nassau, com o porto-riquenho Rafael Campo sendo campeão com sete abaixo. Ninguém quebrou 70 mais do que dois dias e voltas abaixo de 68 foram raridade.

Para quem joga sem um patrocinador como Rodrigo, também é difícil não pensar no dinheiro que se gasta em cada etapa de um circuito deste porte. Hoje, o brasileiro só pode contar com uma ajuda de custo de seu clube, o Guarapiranga, e da Marinha, onde é terceiro sargento e a quem defende em eventos militares. A Confederação Brasileira de Golfe deve começar a repassar e ele um dinheiro do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) nos próximos meses. Ainda assim a conta não fecha.

Crowdfunding – Enquanto um patrocínio não chega, o empresário Felipe Almeida, organizador do Brasil Kids Golf Tour, por inciativa própria, criou um crowdfunding, uma espécie de “vaquinha” coletiva, para ajudar Rodrigo a jogar nos primeiros 15 torneios do ano. São 60 cotas de US$ 500 cada, das quais dez já estão compradas. Para participar visite a página do crowdfunding Rodrigo Lee. Cada cota equivale a R$ 1.980 (já inclui as taxas) e pode ser paga em até 12 vezes de R$ 204,78). Mais do que ajudar Rodrigo Lee você estará ajudando o golfe brasileiro e motivando milhares de crianças e adolescentes a seguir os seus passos e no golfe.

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