Volta de Woods no Masters é criticada pela imprensa

17/03/2010


Jornais de fora dos EUA não perdoam a ameaça do Masters se transformar num circo para Tiger


Tiger Woods no mieo do público, em Augusta
   Tiger Woods em Augusta: ameaça de transformar o Masters num circo

Enquanto a imprensa americana apregoava, em sua maioria, que a volta de Tiger Woods às competições será a salvação do golfe, a mídia européia preferiu ser bem mais crítica. A opinião, sobretudo da mídia da Grã Bretanha, é que o número 1 do mundo, por não ter jogado nenhuma vez antes de pisar em Augusta depois do escândalo sexual, deve transformar o Masters, o torneio criado por Bobby Jones, um símbolo do cavalheirismo no esporte, num grande circo.

Oliver Holt, colunista do Daily Mirror deu o tom: “Não se podia esperar outra coisa desse homem que não fosse sequestrar o torneio de golfe mais famoso do mundo”, escreveu Holt. “Como ele pode transformar Augusta num circo?”, indaga. “Será que sua vaidade não conhece limites”?

Perguntas – Douglas Lowe, comentarista do escocês The Herald, acompanhou. “Quando ele finalmente mostrar sua cabeça acima do parapeito para uma mídia faminta em Augusta, não se surpreenda se ele se recusar a falar qualquer coisa relativa aos assuntos que abordou em seu pronunciamento de 19 de fevereiro, na ingênua suposição de que ele já encerrou o assunto”, escreveu.

Mark Reason, do The Daily Telegraph, preferiu pegar Woods por suas próprias palavras. “Tudo o que ele falou sobre voltar ao golfe algum dia era apenas uma grande mentira”, disse, completando com um versinho em inglês, que ironiza o fato da mulher de Woods ter confirmado suas traições ao flagrar a troca de mensagens com uma de sua amantes em seu telefone: “Tiger, Tiger, pants on fire, nose as long as a telephone wire”.

Verdade – “Como as crianças poderão acreditar nele de novo?”, indagou Reason, cheio de razão. “Woods não reconheceria a verdade nem se ela viesse embrulhada em celofane com a marca Nike estampada”, brinca. “Tudo o que ele quer é saber o quanto vai ganhar”.

Dave Perkins, do Toronto Star, também brincou com os casos extraconjugais de Woods. “Agora sabemos o que Tiger quis dizer quando afirmou que lutava contra as tentações: decidiu voltar a competir num clube que não aceita mulheres”.

Suécia – Na Suécia, terra de sua mulher, Lasse Anrell, colunista do Aftonbladet, disse que Woods volta a jogar “depois de quatro meses de lamentação, quatro meses de desculpas, quatro meses de choro e quatro meses de cicatrização”. Mas adverte que ele vai precisar mostrar serviço. “Ele precisa vencer para justificar isso tudo, ou ficar entre os três primeiros”, avalia. “Um 27º lugar não vai servir.”

Derek Lawrenson, correspondente de golfe do britânico Daily Mail, diz que Woods escolheu o Masters por saber que o Augusta National irá manter a imprensa sob controle (todas as credenciais para o Masters deste ano foram enviadas um dia antes de Woods confirmar sua volta). “Os sites de celebridade tem mais chances de conseguir uma audiência na Casa Branca do que entrar em Augusta”.

Segurança – Segundo Lawrenson, nem o presidente Eisenhower, quando jogava por lá, nem Clinton, que também é sócio de Augusta, tiveram um segurança como a que Woods vai ter em campo. Ele só se esquece de uma coisa.

Apesar de tudo o que se fala sobre o elitismo do público do Masters, cujos ingressos passam de pai para filho, em qualquer esquina de Augusta pode-se encontrar pessoas comprando entradas para o Masters. E agora que eles vão valer milhares de dólares, não faltará quem os venda para os paparazzi da vida.

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