Felipe Navarro conquista cartão para a temporada 2019 do PGA Tour Latinoamérica

01/02/2019

Sexto colocado na seletiva do Campo Olímpico, ele se junta a outros três brasileiros

por Ricardo Fonseca

Felipe Navarro comemora birdie: ele será o terceiro brasileiro com direito a jogar no circuito de acesso ao Web.com Tour em 2019. Foto: Thais Pastor/F2 Comunicação

Depois do susto da véspera, quando subiu cinco tacadas em cinco buracos da segunda metade do campo, para deixar temporariamente a zona de classificação, o profissional paulista Felipe Navarro, fez uma volta conservadora na rodada final, nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, para terminar a seletiva do Campo Olímpico do Rio de Janeiro (RJ) para o PGA Tour Latinoamérica em sexto lugar e conquistar um dos 11 cartões para a temporada de 2019 do circuito de acesso ao Web.com Tour. Apenas o primeiro colocado da seletiva, o americano Patrick Flavin, que somou 273 (66-68-70-69) tacadas, 11 abaixo, recebeu um cartão integral. Os dez seguintes, incluindo Navarro estão isentos para todo o primeiro semestre.

Navarro, que nesta volta final fez um bogey no 7, seguido de birdies no 9 e no 10, somou 280 (67-69-74-70), quatro baixo do par, para terminar sozinho em sexto lugar. Ele irá se juntar agora aos também paulistas Alexandre Rocha, Rafa Becker e Rodrigo Lee, que haviam mantido o cartão para 2019 ao terminar a temporada passada entre os 60 primeiros colocados do ranking de prêmios do circuito. Os outros brasileiros em campo – o amador Pedro Nagayama e os profissionais Gustavo Teodoro e Axell Santos, não conseguiram sequer um cartão condicional, oferecido para os colocados do 12º ao 35º lugar e empatados.

Desafio – Para Navarro, bem como para Alexandre, Becker e Rodrigo, o desafio está só começando. O PGA Tour LA, embora uma benção para os profissionais do continente que estão em início de carreira, tentando galgar os degraus para o PGA Tour, a primeira divisão do golfe mundial, é um circuito caro e que exige ter muito bons resultados para pagar as despesas do dia a dia, além de oferecer apenas cinco cartões – condicionais – para o Web.com Tour, a segunda divisão. Cada etapa custa em média US$ 2 mil em passagens aéreas, hospedagem, alimentação, inscrição e despesas como caddie e transporte, dinheiro que só retorna para quem terminar entre os Top 20 de cada competição.

Tomando 2018 como exemplo, só quem ganhou mais de US$ 80 mil na temporada de 17 torneios – três americanos e dois colombianos – ganhou cartões para o Web.com Tour. O argentino Andres Gallegos, por exemplo, venceu um torneio, teve um vice-campeonato, um terceiro lugar e mais dois Top 10, terminou o ano em sexto e não passou para o Web.com Tour. Rocha  jogou apenas oito torneio, teve dois terceiros lugares, um quinto e um oitavo, ganhou US$ 36,2 mil e terminou em 23º do ranking. Becker, que jogou 12 torneios e teve dois Top 10, terminou o ano em 33º lugar, com US$ 27,5 mil ganhos, e só não teve prejuízo por ter jogado duas etapas no Brasil. O mesmo para Rodrigo, que com dois Top 10 em 13 torneios, terminou em 38º lugar do ranking, com US$ 24,8 mil.

Brasileiros – Para os demais brasileiros em campo, a maior decepção foi a de Gustavo Teodoro, que ganhou um cartão condicional para 2018, com um 30º lugar na seletiva da Argentina, e só conseguiu jogar um torneio no primeiro semestre por convite. Como passou o corte conseguiu entrar em cinco torneios na segunda metade do ano – dois no Brasil – mas não passou o corte em nenhum e sua chance de voltar ao circuito, em 2019, terminou hoje. Depois de um bom começo, quando foi o único brasileiro, além de Navarro, a ter uma rodada no par ou melhor, ele ficou em 46º lugar com 298 (71-75-78-74) tacadas, 14 acima.

Nagayama, que há anos ensaia se vira profissional ou não, vinha animado por uma boa fase nos torneios nacionais, terminou um pouco melhor, em 42º lugar, com 294 (74-73-74-73) tacadas, 10 acima. Fecha a lista Axell Silva, que vinha melhorando de resultado a cada rodada, mas voltou a tropeçar no final, terminando em 48º, com 299 (77-73-72-77), 15 acima.

Rio 40 graus – Todos os competidores, além do estresse de uma seletiva que valia o direito de exercer a profissão neste ano, ainda tiveram de enfrentar o verão mais quente do Rio de Janeiro em 76 anos, com temperaturas superando os 40º C todos os dias, e a sensação térmica beirando os 50º C, e isso num campo tipo links, quase se sombras para se abrigar e com a areia das áreas de transição refletindo o sol escaldante.

Os jogadores com carão do PGA Tour LA 2019 têm agora até a última semana de março para conseguir patrocinadores para jogar na primeira metade do ano, que terá oito torneios em seis países, sendo dois na Argentina, em abril, e dois no México, na virada de maio para junho, conforme o calendário parcial divulgado nesta quinta-feira. O primeiro torneio já é um dos mais caros para os brasileiros, o Buenaventura Classic, de 27 a 30 de março, no Panamá.

Temporada 2019 – A temporada vai exigir ainda um excelente preparo físico, com quatro torneios seguidos, em abril, uma semana de descanso e mais três seguidos na virada de maio para junho. Além dos dois na Argentina, haverá um torneio no Chile nesse primeiro semestre e dois confirmados no Brasil, no segundo, no São Paulo GC e Fazenda Boa Vista. Esta oitava temporada do PGA Tour LA, iniciado em 2012, terá uma novidade: o Bupa Match Play, de 27 de maio a 2 de junho, fechando o semestre e restrito aos Top 60 do ranking de prêmios e mais quatro convidados, em Playa Del Carmen, México, será um match play com chave eliminatória.

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