LAAC: Quatro brasileiros passam o corte na República Dominicana, mas perdem posições

16/01/2016

Kenji, Negrini, Herik e Boettcher continuam na disputa por vaga no Masters. Tourinho e Nagayama não

 

Kenji (acima): ainda o brasileiro mais bem colocado da competição; e Negrini (abaixo) perto da liderança até fazer um quíntuplo bogey

por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor

Apesar de quatro dos seis brasileiros terem passado o corte, o segundo dia de disputas do Latin America Amateur Championship (LAAC), nesta sexta-feira, no Teeth of the Dog, na Casa de Campo, na República Dominicana, não foi bom para o país. Três deles – Daniel Kenji Ishii (11º), Marcos Negrini (20º) e Herik Machado (34º) – perderam posições, enquanto Rohan Boettcher (34º) o único a subir no placar, teve reação modesta para sonhar com o título. Além disso, o favorito André Tourinho voltou a jogar mal e não passou o corte, mesmo destino de Pedro Nagayama, que esboçou reação, mas não chegou à final.

Marcos Negrini vertKenji, que fora líder no primeiro dia e começou o dia em terceiro, com três abaixo, teve um começo desastroso, com dois duplos bogeys, dois bogeys e apenas um birdie nos primeiros nove, para devolver cinco tacadas para o campo. Na segunda metade ele recuperou duas tacadas, com três birdies, para terminar no par do campo, em 11º lugar (69-75), sete atrás do líder, mas ainda se permitir sonhar com os incríveis prêmios oferecidos ao campeão do torneio organizado pelo Masters, R&A e USGA, as três principais entidades do golfe mundial: direito de jogar no Masters deste ano; entrar direto nas seletivas finais para o US Open e British Open, também majors do golfe profissional, e vaga para participar do US Amateur e British Amateur.

Mais tropeços – Negrini (71-74), por sua vez, depois de começar o dia em sétimo, com uma abaixo, fez três birdies nos primeiros 14 buracos para chegar a quatro abaixo e se aproximar do topo do placar. Mas um quíntuplo bogey-9 no buraco 17, de par 4, o derrubou para o 20º lugar, com uma acima do par. Sua situação e a de Kenji só não são piores porque apesar do colombiano Nicolas Echavarria liderar com -7, o segundo colocado, o argentino Alejandro Tosti, soma -4 e o terceiro, o boliviano José Luis Montaño, -3. Ou seja, restando 36 buracos eles ainda tem boas chances de uma reação se não tiverem buracos desastrosos em seu cartão.

Mais complicada é a situação de Herik (73-75) e de Boettcher (75-73), que dividem o 34º lugar com quatro acima. Herik que foi líder em boa parte do primeiro dia, antes de devolver cinco tacadas em dois buracos no final do jogo, abriu a sexta-feira com birdie no 11, seu segundo buraco do dia, mas depois fez cinco bogeys para despencar ainda mais no placar. Um birdie no penúltimo buraco não ajudou muito. Boettcher também começou bem, com dois birdies em cinco buracos, mas fez três bogeys até o final.

Corte – A decepção para a torcida brasileira foi André Tourinho, que liderou o torneio de 2015 e acabou em terceiro lugar, a duas tacadas da volta do Masters. O que deveria ser uma despedida em grande estilo do amadorismo, para iniciar a carreira profissional que adiava havia dois anos, atraído por promessas que só atrasaram sua vida, fez oito bogey e apenas um birdie para somar 10 acima (75-79) o dobro do necessário para passar o corte. Pedro Nagayama (80-74), começou o dia desenganado, mas reagiu até ficar a uma tacada da linha de corte, mas voltou a ceder terreno com quatro birdies e seis bogeys.

Echavarria, o líder, e Tosti, o vice, fizeram as melhores voltas do dia com sete abaixo, mas também sentiram a mordida do Teeth of the Dog (Dente de Cachorro) ao fazerem ambos duplo bogey no 17. O colombiano fez um eagle e sete birdies; o argentino nove birdies, recorde do torneio até agora. Ambos são a prova que uma boa volta não sói é possível, como pode mudar o destino dos brasileiros neste sábado, no terceiro dia de competição.

Irmãos – Para Echavarria, campeão amador mexicano de 2014, a ajuda do irmão, Nicolás Echavarría, do PGA Tour Latinoamérica, que é seu caddie no torneio, foi fundamental para elaborar a estratégia de jogo que lhe permitiu abrir três tacadas de vantagem na liderança, com sete abaixo (72-65). Tosti, vice-campeão do torneio inaugural do LAAC, em 2015, quando perdeu o título em casa, por uma, para o chileno Matías Domínguez, fez o que muita gente precisava: depois de jogar 75 na estreia melhorou dez tacadas para marcar 65 e ver renascer suas chances de vitória.

Já para os irmãos Ortiz, do México, o dia foi um pesadelo. O mais novo deles, Alvaro, começou a rodada líder do LAAC, mas jogou 79 para despencar para o 27º lugar, com três acima, agora a dez tacadas da liderança. Pouco depois, o mais velho Carlos, membro do PGA Tour, que joga o Sony Open no Havaí, não conseguiu passar o corte depois de jogar voltas de 72 e 71 tacadas.

Favoritos – Além de Tosti, outros favoritos ao título continuam na briga por uma vaga no Masters. Matías Domínguez, chileno que defende o título, vem em sexto lugar, com uma abaixo (71-72), empatado com o venezuelano Jorge Garcia (71-72). Juan José Guerra, o melhor jogador dominicano, vem em 24º (76-70). Já o uruguaio Juan Alvarez, o jogador mais bem ranqueado do torneio, apenas passou o corte raspando, na 49º colocação (73-77), empatado com o mexicano Luis Garza (70-79).

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